Décimo

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Lana se levantou do sofá e caminhou até a cozinha, onde Iori estava sentada junto ao balcão, abraçou sua cintura e começou a beijar seu pescoço, ouvindo seu riso. Mordiscou sua pele e passou a língua sobre o local, subiu até sua orelha e voltou a pressionar os dentes, chupando a parte inferior, dessa vez sentindo sua respiração travar. Iori fechou os olhos e pousou a mão sobre a dela, deixando que continuasse a marcar seu pescoço, ignorando por completo a ligação.

—Pare de fugir de mim. — Lana falou contra sua pele, movendo uma mão abaixo da sua blusa e subindo até seu seio, acariciando com suavidade enquanto deixava mais uma marca no seu pescoço. — É melhor quando está em meus braços não acha?

Iori desligou o telefone e inclinou o pescoço, rendendo-se aos toques de Lana, que não parou, movendo-se ao outro lado do pescoço e continuando a deixar marcas. Aproveitou seu gosto e seu cheiro, sentindo o bico do seu seio enrijecer sob seus dedos, sua respiração se tornando mais pesada. Lana a virou, Iori envolveu as pernas em sua cintura, segurando seu rosto enquanto apoiava a testa na sua, compartilhando o mesmo ar.

—Forma muito sutil de ter minha atenção. — Falou num sussurro, sorrindo em seguida.

—Não me faça implorar por isso. — Lana manteve os olhos nos seus. — Diga o que tenho que fazer para te fazer esquecer o fim que tivemos.

—Lana...

—Eu faço qualquer coisa. Mas você precisa deixar para trás. — Ela selou seus lábios, ouvindo os passos descerem as escadas, definindo ser Laura. — Diga, e eu faço.

—Você não tem que fazer nada.

—Juro por Deus que se você pedir tempo eu vou roubar todo o saquê da casa e levar embora. — Sorriu, afastando-se sutilmente para a olhar melhor nos olhos.

—Chegamos as ameaças agora, sinal que avançamos um passo. — Laura falou enquanto continuava a se aproximar, olhando entre ambas. — Algo errado?

—Não. — Iori acariciou o rosto de Lana, beijando seus lábios. — Eu já tenho tudo o que preciso. Eu preciso de tempo, mas não longe de você. Vamos continuar como estamos.

—Se a tatuagem realmente te incomoda, posso pensar em alguma coisa.

—Que tatuagem vocês estão discutindo? — Laura parou ao lado delas, movendo um dedo sobre o pescoço de Iori, sorrindo para as marcas que encontrou ali.

—Ômega. — Iori explicou, levantando a blusa de Lana e mostrando a figura. — A última letra do alfabeto grego.

—O que tem ela?

—Eu fiz como uma marca de várias coisas que estava terminando nesses meses. — Lana explicou. — A morte de minha mãe, o término do meu casamento, o fim do incômodo da minha perna, e sim, já fazia mais de um mês que vocês não me procuraram, então considerei um fim também.

—Oh. — Laura pressionou o dedo sobre a figura, não maior que a ponta do seu dedo, usando os próximos segundos para absorver as informações. — Sinto muito por sua mãe.

—Eu também. — Iori buscou seus olhos. — Eu escutei Madson falando sobre sua mãe, mas eu não sabia como te perguntar sobre isso.

—Está tudo bem, não é um assunto que eu queira falar sobre por enquanto. — Lana olhou entre ambas, desconfortável, mas sorriu para amenizar o clima. — O fato é que eu não quero que você olhe meu corpo e faça esse olhar outra vez. Nenhuma de vocês. Se a história sobre esse símbolo incomoda ou muda a forma que me olham, eu posso modificar isso.

—Não, não. Não faça isso por minha causa. — Iori voltou a segurar seu rosto. — Desculpa se te fiz achar isso. Não foi minha intenção, e eu não vou olhar diferente seu corpo. Acredite em mim.

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