Brooklyn - Sally - Parte 1

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Nova Iorque. 1980. Ponte do Brooklyn.


Alguém: Mamãe? Eu posso abrir a janela do carro?

Mãe: Mas é claro minha esquilinha. Amor? Nós vamos conseguir comprar aquele sorvete que você tanto babou ovo em casa?

Amor: Eu vou ter que contar as moedas querida. Estamos com o dinheiro contado. Não sei nem se vai dar pra abastecer até a oficina.

Esquilinha: Mas você prometeu! Eu quelo o sorvete!

Amor: Calma filha! Vamos dar um jeito de comprar o seu sorvete. Eu prometo.

Mãe com voz de cochicho: Estamos tão pobres assim? A oficina não começou a dar lucro ainda?

Amor com voz de cochicho: Precisamos economizar o máximo possível pra nossa filha continuar na escola. As mensalidades só não levam o dinheiro da comida porquê você consegue um emprego bem no momento de maior aperto querida.

Querida: Eles não aceitam o meu currículo para me efetivar. Dizem que eu preciso modernizar e essas coisas. Eu sou caseira demais para entender os computadores de hoje em dia.

Amor: Eu sei amor. É por isso que eu comprei aquele que está na oficina, para eu te ensinar a usar as ferramentas.

Esquilinha: O que vocês estão falando baixinho aí? É do sabor do meu sorvete?

Mãe: É claro Sally. Qual você vai querer?

Sally: Cleme!

Mãe: Creme?

Sally: É! Com aquelas coisinhas por cima coloridas.

Amor: Pode deixar filha. E depois disso vamos brincar na oficina não é mesmo?

Sally: É! E usar a chave de fenda e a chave inglesa e consertar a tampa do cabeçote e trocar o óleo...

Mãe: Acho que sua filha quer ser mecânica quando crescer. Né Sally?

Pai de Sally: Aí meu Deus se segurem!!!...

Um Pontiac 65 GTO da cor branca que passava pela Ponte do Brooklyn levando três passageiros, às 15:43 da tarde, que acabara de ter as rodas trocadas depois que as mesmas furaram o último conjunto de pneu, bateu à 65 Km/h em um Chevelle SS ano 68 da cor vermelha que acabara de trocar o para-choque depois de bater em outro carro semanas antes.

O 65 GTO arrebentou o capô dianteiro levando as duas pessoas no assento da frente voarem pelo para-brisa e morrerem com o choque que o crânio sofreu ao bater no outro carro, a garotinha no banco de trás conseguiu se segurar e continuou no carro que capotou em direção a barreira da ponte do lado esquerdo, o carro bateu na barreira e caíu na água que cerca a cidade de Nova York.

Com a criança no banco de trás, o 65 GTO afundou rápido demais, a bolha de ar que impediu a garotinha de morrer afogada continuou a existir até que o caminhão de bombeiros chegassem à ponte e dois bombeiros saltassem para resgatar a criança que começou a emgolir água por não querer mais ficar alí, esperando sua morte e tentou abrir a porta completamente amassada, mas a garotinha perdeu a consciência quando a água encheu seus pulmões e a deixou sem ar.

Os dois bombeiros conseguiram tirar a garotinha de dentro do carro após abrirem a porta do outro lado do 65 GTO. Eles levaram a pequena criança para a superfície e um bote salva vidas o esperavam bem perto deles.

Um dos bombeiros começou a massagem cardíaca até conseguir expulsar toda a água dos pulmões da garotinha. Após chegarem ao solo, uma ambulância levou a criança para o hospital, sem pulso cardíaco, o bombeiro ainda fazia a massagem no peito da pequena até que.

Scourge & Os Freedom Fighters - Anos 80Onde histórias criam vida. Descubra agora