Brooklyn - Sally - O Começo de um Ataque Nervoso!

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Zeta - Não há de que! Sempre que precisar de ajuda conte comigo! Ah! Quer dizer algo? Pode escrever na minha mão aqui.

- Até nisso ela pensou. Pego a sua caneta e sua mão com a palma virada e escrevo algo bem bonito e simples.

Zeta - "Obrigada. Adorei te conhecer. Até o nosso próximo encontro!" En... Encontro? Você e eu... Podemos ser amigas?

- Sim.

Zeta - Sério?

- Sim.

Zeta - Obrigada!!!!!!!!!

- Ela me abraçou bem forte colocando seu rosto em meu busto e esfregando suas mãos em minhas costas como se o mundo fosse acabar. Fiquei parada se reação como sempre.

Letícia - Eu também adorei te conhecer!!! Não parece mas eu tenho vinte e cinco anos! E você me parece ter uns vinte e um certo?!

- Sim. Bela visão para essas coisas.

Zeta - Acertei! Que ótimo ter uma nova amiga! Podemos fazer muitas coisas juntas! Nós duas temos um bom emprego e podemos sair pra ir pra vários lugares! Vai ser incrível ter uma parceira para me acompanhar nas casas de show pela primeira vez! Que dia incrível esse! E nem são seis da manhã ainda!

- Tive que tirá-la à força de mim e colocar seu corpo longe do meu. Se eu pudesse falar, eu diria o seguinte: De qual manicômio você escapou? Está dizendo todas essas coisas sem ao menos saber quem sou direito! Vá procurar outra para te aguentar! Já não basta a minha vida confusa e insuportável!

Zeta - Ouh... Eu acho que falei demais. Me desculpe, me desculpe mesmo... Eu preciso é de uma psicóloga. Vou deixar você em paz mas não precisa deixar de ir no mercado só por causa de mim. Eu sei me colocar no meu lugar e com certeza deixei você assustada. Eu sinto muito mesmo! Eh... Tchau.

- Ela se virou e saíu correndo balançando todo seu corpo com seus passos desajeitados e inseguros. Pelo que percebi logo antes dela sumir no horizonte de concreto, levou suas mãos à nuca e começou a chorar sozinha.

- Eu hein. Povo doido dessa cidade. Nunca vou me acostumar com essa gente. Nem vou conseguir me socializar com ninguém desse jeito. Zeta ou Letícia está riscada da minha lista assim como ele.

- Entrei em casa tirando as sandálias e fui direto para a cozinha lavar minhas mãos e meu rosto, mas este cheiro vai ficar empregado em mim até meu próximo banho! Minha avózinha está no mesmo lugar em que estava antes deu sair, mas agora tirando uma soneca. Peguei as compras e higienizei com água e detergente, logo depois coloquei mais dois ovos e um pedaço que eu cortei de bacon para fritar no óleo desta vez. O cheiro subiu e assim que achei meus chinelos para parar de sujar a casa com meus pés, corri para tirar do fogo meu enfim café da manhã. Peguei o bule de café que minha avó supostamente fez e pela temperatura da tampa sinto que acabou de ser feito.

Avó - Que cheirinho bom minha neta.

Sally largando o bule na mesa - Avó! Você sempre me assusta acordando tão rápida assim. Quer tomar seu café agora?

Avó - Estou morrendo de fome.

- Foi o café da manhã mais delicioso que já provei. Isso se deve ao fato de que eu nem ao menos comi a maçã que guardei na bolsa com a ocasião que me ocorreu mais cedo. Depois de lavar a louça do café e de varrer a cozinha e o chão onde pisei descalça, me apresentei à oficina para começar meu dia de trabalho. Coloquei um macacão longo jeans com puídos e muitos bolsos para as ferramentas e também as luvas dedicadas para cada situação, com a bateria do carro, com o tanque de gasolina, com o óleo do motor...

Scourge & Os Freedom Fighters - Anos 80Onde histórias criam vida. Descubra agora