Brooklyn - Sally - Mais Um Dia. Mais Problemas

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05:00 da manhã. Casa de Sally. O alarme toca durante dois minutos inteiros até Sally despertar de seu maravilhoso sonho com Maria Robotnik e sua redoma cheia de incríveis flores.

- Mmm. Hmm. Ahm. Já é de manhã. Meu despertador nunca me engana. Desligo ele bem do lado da minha cama, o que me poupa de já pular dela, e volto a me cobrir com o lençol. Mas já acordada, o cabelo coça um pouquinho e o tiro de minhas costas onde sempre vai parar em todas as noites que o deixo solto. Coloco ele enrolado por cima de mim e ele alcança minhas pernas com seu grande volume. A cor anda meio desbotada por eu não estar cuidando muito bem dele. Para falar a verdade, tudo em mim anda meio desbotado, não me lembrei de que tinha tanto apego pela minha vaidade quando Scourge sumiu da minha vida. Faz dias que o telefone não toca e ainda mais dias que eu não o vejo passar nem perto da oficina. Eu não deveria me preocupar e seguir em frente.

- Deveria.

- Fico alisando o cabelo com meus dedos até o relógio marcar 05:15 da manhã, quando me levanto vagarosamente, colocando meus pés descalços no chão de madeira limpo e gelado. Meu pijama diz na estampa do busto "Bom dia!" E eu digo Bom dia para ele. Vou ao banheiro e começo minha higiene padrão da semana sem muita atenção aos pequenos detalhes, dentes, olhos, nariz, cabelo, axilas, mãos, pés e os meus dez minutos de prazer durante o banho de banheira.

- Logo em seguida, vou para meu quarto de toalha e escolho a calcinha e o sutiã de tamanho grande para não me incomodar durante o longo dia de trabalho, antes da calcinha, o absorvente, e depois uma roupa comum só para descer e ir à cozinha preparar meu café. Saio do quarto e vejo minha avó em seu quarto, ela ainda está dormindo, encosto a porta com muito cuidado para não acordá-la e ando de fininho até as escadas agora calçando minha sandália de casa. Desço as escadas e vou para a cozinha, observo na dispensa o que eu posso comer hoje, cereais? Não. Pão integral? Não. Biscoitos com leite? Não. Um belo ovo frito com bacon cairá bem no meu estomago hoje.

Flashback on.

Scourge - Você come essas coisas e ainda tem esse corpo extravagante? É abençoada certeza! Mas amo essa sua gordurinha na barriguinha.

Sally - Obrigada. Você quer manteiga? Ou à óleo?

Scourge - Manteiga. Muita manteiga. E mortadela pra ferrar de vez nosso estômago hehe.

Sally - Do jeito que eu vivo. Não me surpreenderia ter um ataque cardíaco um dia desses.

Scourge - Não diz assim! Eu morreria no seu lugar! Ainda tem a vida toda pela frente.

Sally - Sim. Enquanto você usar camisinha e não me dar uma barriga. Sim.

Scourge - Sally?

Flashback off.

- Mentiras. Mentiras. Falsas verdades. Nada era importante para ele.

- Eu tenho que me esquecer de uma vez dele.

- Droga! Queimei meu bacon! Ah... Que droga! Era o último da casa. Agora vou ter que ir no supermercado mais cedo do que pensava.

Avó - Minha neta? Está tudo bem?

Sally - Está. Eu terei de ir ao supermercado mais cedo. A vó pode esperar até eu chegar com as compras? Vou atrasar hoje o café da manhã.

Avó - Tudo bem. Mas pelo menos coma algo antes de sair. Barriga vazia não conhece alegria.

Sally - Vou comer sim. Até daqui a pouco.

- Passei pela fruteira e peguei uma maçã verde para comer no caminho. Peguei minhas chaves e abri a porta sentindo o clima agradável do nascer do Sol em NYC, voltei para pegar minha pequena bolsa com a carteira e vestir um agasalho grande de mangas compridas. Dei um tchau com um beijo na mão para minha avó sentada no sofá e fechei a porta. Peguei um pompom na bolsa e prendi meu cabelo antes de começar a andar até o supermercado pela calçada onde operários levantam um piano até o terceiro andar de um prédio vermelho da cor do meu cabelo. A placa de aviso me faz atravessar a rua para tomar cuidado com os trabalhadores empenhados em deixar o instrumento musical pesado em ótimo estado até o seu destino final.

Scourge & Os Freedom Fighters - Anos 80Onde histórias criam vida. Descubra agora