Scourge & Os Freedom Fighters - Anos 80

Brooklyn High School - Scourge - Parte 3

- E agora vocês devem estar se perguntando: Mas Scourge? Você não disse que está namorando com a Sally até neste momento? Então vocês tiveram um tempo quando tinha dezesseis anos? Explica isso melhor!

- Calma gurizada! Está tudo numa nice com Sally, é esse tempo do enredo que vai e volta toda hora, até eu fico confuso as vezes, tipo, onde você quer chegar contando esse monte de historinha solta?

É assim que se conta uma boa história de origem, com várias pontas e conexões que você precisa fazer por conta própria, porque, vai por mim, eu poderia chegar aqui e escrever tudo detalhado com datas e endereços de onde você está na história, mas assim como colocar a porcaria de um narrador na história, colocar um mapa com uma linha linear é igual a chamar você de burro! É muito mais interessante escrever uma história sem uma linha reta dos acontecimentos, você mesmo tem que descobrir.

- Bom. E onde você quer levar a gente nessa? Já escreveu vinte e cinco capítulos nessa bagaça! Eu quero é saber onde vou parar! O que vai ser da minha vida! Vou conseguir me tornar tatuador?

Espera aí! Vamos tocar esse enredo antes. As coisas vão se explicar com o tempo.

- Tá. E onde é que eu estou nesse exato momento?

Knuckles - Você não me disse antes de tocar o sinal que iriamos passar pela rua que a profa disse?

Scourge - Antes eu quero passar na minha casa pra pegar mais grana. Já que você vai poder ficar o dia inteiro comigo, vamos nos divertir cara!

Knuckles - Precisa não. Eu tô com uma bufunfa do meu último salário que ganhei semana passada.

Scourge - Tá trabalhando? Mas já?

Knuckles - Claro. E você não? Já tá na hora de ajudar sua mãe com as contas mané.

Scourge - Ouh ouh. Eu trabalho sim truta. Mas fazendo bicos por aí. Do que você trabalha?

Knuckles - Sou um excelente atendente de supermercado. Que tipo de bico você faz?

Scourge - Do tipo que me faz ter uma boa graninha no final do mês. Se você for se achar a última tampinha da garrafa só por que tem um trampo de carteira assinada, vá pra porra hein.

Knuckles - Não, calma cara. Tá tudo certo. O que importa é você ter uma grana no final do mês. Assim podemos nos encontrar mais vezes não acha?

Scourge - Não. Você é aquele tipo de pessoa que só é legal ver uma vez por mês.

Knuckles - Sério?

Scourge - Não. He he... Mas ir do Brooklyn até a puta que pariu só pra te ver não é uma coisa muito legal pra minha reputação.

Knuckles - E qual reputação seria essa?

Scourge - Ih caralho. Olha o ônibus alí. Corre muleque!

- O motô nos viu correr que nem dois malucos fugindo de uma surra de uns valentões e deixou a porta aberta, mas pisou no acelerador assim que pulamos dentro e quase nos fez cair.

Scourge - Qualé! Toda vez é isso? Se a gente caí aqui?

Knuckles - Vai logo Scourge. Passa pra trás aí. Foi mal motorista.

- E é a gente que tem que pedir desculpas?! Tudo errado aqui! Achamos um lugar para sentarmos os dois juntos... Qualeeeee... um do lado do outro, e fui logo puxando meu Walkman e procurando minha fita do Van Halen.

Knuckles - Vai me deixar falando sozinho aqui?

Scourge - Quer atenção? Então arrume uma mina pra tu.