Central Park - Sally - Parte 3 (+16)

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- Fica muito mais vergonhoso com ele me olhando de baixo para cima. É um ouriço verde bem baixinho, precisou levantar o rosto para olhar no meu. Eu fiz o que pude para ele entender mas no automático fiz os sinais dizendo 'Sou eu' e ele me deixou muito feliz quando me respondeu com a linguagem de sinais 'Ah que legal! Então vamos!'. Nós dois entramos no vagão, ele me deixou eu me sentar primeiro no lugar que eu quisesse e depois começou a falar em libras comigo, estou super feliz dele entender a minha língua!

Ouriço verde: Meu nome é Scourge. Muito prazer em conhecer você.

Sally: O prazer é todo meu. Meu nome é Sally Acorn. E estou muito feliz de saber que você entende libras.

O vagão começa a subir com o giro da roda gigante, mas os dois simplesmente se perdem na conversa enquanto um olha para as mãos do outro.

Scourge: Eu que fico feliz em saber que você ficou sem acompanhante e me deixou ser o seu... quer dizer... Não que eu esteja feliz em saber que você chegou aqui sozinha e precisou de alguém para poder conversar... Quer dizer...

Sally: Tudo bem Scourge. Hehe. Eu entendi o que quis dizer. Estou feliz que você chegou aqui sem acompanhante. Assim podemos aproveitar essa noite juntos.

- Meu Deus! O que eu acabei de dizer?! Eu dei em cima dele assim de graça? Dois segundos se passaram e eu já esqueci que ele tem QUATORZE ANOS?!

Scourge: É mesmo?! Que maneiro! Você já foi no trem bate-bate? Já comeu algodão doce?

Sally: Já. Mas podemos ir juntos se você quiser.

- Isso está indo rápido demais!

Sally: E você pode conversar comigo com sua voz, eu consigo ouvir se lembra? Eu apenas não tenho mais a fala.

Scourge agora falando com a voz: É verdade. Mas... Por quê você não pode mais falar?

Sally (Não se esqueça!): É complicado. Eu sofri um acidente quando era menor. Desde então tenho que usar as libras para me comunicar.

Scourge: Entendo. Deve ser uma longa história. Você se sente triste quando perguntam sobre isso?

Sally: Não muito. Já faz muitos anos. Mas... As pessoas não costumam perguntar.

Scourge: E por quê?

Sally: Porque... Eu Não costumo conversar com as pessoas. Você foi muito simpático em querer conversar com alguém como eu.

Scourge: Como assim? Alguém como você? O que você tem de de errado? Pra mim é uma mulher muito linda e gentil em ter deixado eu subir no vagão com você. Você não tem nada de errado.

Sally corou forte e olhou para o lado rápido demais, talvez Scourge tenha ficado com vergonha depois de dizer tudo isso também.

Scourge: Ei. Estamos parados no topo faz alguns minutos e nem notamos.

Sally olhou de volta.

Sally: Me desculpe. Acho que fui um pouco grosseira com você.

Scourge: De modo algum. Eu apenas quis fazer você sorrir.

- E funcionou. Ele ficou olhando para mim e eu para ele durante um bom tempo. Não faço ideia do que esteja acontecendo nesse exato momento. Ele é mais novo... Mas sinto meu coração pulsar forte quando ele volta a falar.

Scourge: Você quer comer algo comigo quando voltarmos ao chão? Eu adoro cachorro quente!

Sally: Claro. Eu também gosto muito de cachorro quente.

Scourge & Os Freedom Fighters - Anos 80Onde histórias criam vida. Descubra agora