Capítulo 46

267 24 0
                                    




Chris narrando*

Acordo com o meu celular tocando em cima do criado. Tiro as mãos da Sn do meu braço e pego o celular cuidadosamente para ela não acordar.

Pego o aparelho e vejo que é um número desconhecido. Eu não atendo nem as pessoas que eu conheço quem dirá as outras.

Desligo a ligação e deixo o celular no criado novamente. Até que dois minutos depois, ele começa a tocar de novo. O pego, e vejo que é o mesmo número.

: que merda - murmuro - alô ?

...: alô, esse número é de Christopher Vélez ? - diz a voz de uma mulher.

: sim... quem é ?

...: me chamo Mônica, sou mulher de Leonardo Vélez - diz e então eu congelo. Faz anos que não ouço falar dele. Idiota.

: prossiga - digo e me sento na beira da cama.

Mônica: infelizmente seu pai está com câncer Christopher. E o estado é grave... não tem cura. Descobrimos alguns meses atrás, e desde então estamos fazendo tratamento, mas como é na cabeça o assunto é mais sério. O médico disse que ele tem pouco tempo... - diz, e pela sua voz, percebo que está chorando.

: ótimo, e oque eu tenho haver com isso ? - digo frio.

Mônica: ele quer te ver Christopher. Faz dias que está falando de você.

: - rio sem humor - ótimo, bastou estar morrendo para querer me ver.

Mônica: ele está arrependido, vive falando de você e de como se sente culpado.

: bom, o mínimo né ?

Mônica: ele quer o seu perdão Christopher. Ele quer se despedir de você... para poder ir em paz - não acredito que estou escutando isso.

: oh que lindo - debocho - me faz um favor ? Mande ele ir pra  merda, e boa estadia no inferno - falo e desligo o celular, o jogando longe.

Saio do quarto e me sento na bancada da cozinha.

Meu pai foi embora de casa quando eu tinha seis anos. A única coisa de que me lembro dele, era de quando chegava bêbado em casa e brigava com a minha mãe.

Flashback on

Estava no sofá assistindo televisão. Até que a porta se abre bruscamente. Mostrando a imagem de meu pai, bêbado, como sempre.

Ele trabalhava em uma loja de sapatos. Saia de casa de manhã cedo e voltava somente a noite. Com um cheiro de bebida insuportável.

As únicas coisas que ele fazia: fumar e beber.

Ele fecha a porta com brutalidade e caminha até o sofá.

Leonardo: me a porcaria desse controle - diz, arrancando o controle de minhas mãos - você não sabe fazer outra coisa ? Imprestável ! - diz com o tom de voz elevado e logo a minha mãe aparece.

Separated By Fate - Christopher Vélez [ concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora