Capítulo 16

295 31 6
                                    




Narrando Sn*

    Acordo e me levanto sonolenta, fico uns quinze minutos sentada na cama olhando pro nada. Saio do quarto ainda de pijama e descabelada e vou até a cozinha. Hoje é domingo, Jenna provavelmente deve ter ido a igreja. Como um pedaço de bolo e um suco de laranja. Subo de volta pro meu quarto, tomo um banho, escovo os dentes, meu cabelo, e resolvo vestir um vestido de alcinha branco, ele é bem soltinho. Como não tenho nada de interessante pra fazer resolvo adiantar umas tarefas no jardim. 

... : estudar no domingo ? sério ? - diz uma voz que eu conheço muito bem.

: tem alguma coisa melhor pra eu fazer ? - me viro pra trás vendo ele se aproximar.

Chris: sair comigo - sorri.

: hum... Essa é uma proposta interessante - digo fechando meus livros - pra onde vamos ?

Chris: podemos almoçar e depois ir no cinema - diz e me dá um selinho - mas se você preferir podemos acabar o que começamos ontem...

: ai meu Deus - viro minha cara pro lado envergonhada e ele ri. E que risada...

Chris: e então, o que me diz ? - volto a olhar pra ele.

: vou pegar minha bolsa - digo me levantando.

Então subo até o meu quarto, guardo os meus livros e pego minha bolsa. Escrevo um bilhete para Jenna avisando que iria voltar a noite e colo na porta. Saio de casa e encontro Christopher encostado em sua moto com as mãos em seu bolso. Ele já não estava mais com o terno do trabalho. Vestia um tênis, uma blusa preta com a calça também preta e um boné branco. Perfeito.

Chris: vamos ? - diz sorrindo e me entrega um capacete.

Ele me levou em um restaurante mais afastado, em um lugar bem calmo e com poucas pessoas. Simples mais bem confortável. Sentamos em uma mesa perto da janela, de frente um pro outro. 

Garçom: boa tarde ! O que vão pedir ?

Chris: uma lasanha e uma coca, por favor.

Garçom: e a senhorita ? 

: eh... uma lasanha e um suco de laranja, por favor.

Garçom: ok, já já o pedido de vocês chega - diz anotando o pedido em seu bloco e se retira.

Chris: e então - diz puxando assunto - já sabe o que quer fazer depois do colégio ? É seu último ano - sorri.

: bem... meu pai quer que eu continue com os negócios da família - sorrio fraco.

Chris: mas... não é isso que você quer, pelo visto.

: na verdade eu... não sei bem o que eu quero. Eu só... não me vejo igual a ele sabe ? Eu queria uma coisa mais calma. Ele vive pra trabalhar, e eu não quero isso. Eu não quero chegar tarde em casa, não quero viver viajando. Eu quero ter tempo para ficar com os meus filhos.... acho que abrir um restaurante seria uma boa idéia, ter uma casa não tão grande em um bairro calmo, um cachorro... mas esquece - rio sem graça - estou falando de uma vida que eu não posso ter.

Chris: e porque não ? - diz confuso.

: meu pai jamais permitiria, ele quer que eu seja uma grande empresária de sucesso... Como ele.

Chris: olha... - pega em minha mão sobre a mesa - eu não estou falando pra você brigar com seu pai nem nada disso - diz e nós rimos - mas... Eu acho que você tem que impor sua opinião, ele escolheu a vida que ele queria ter, agora é a sua vez, você tem que fazer o que você tiver vontade.

: se fosse tão fácil assim... mas chega de falar sobre mim e assuntos tristes, estamos estragando o clima - rimos - E você ? Eu não sei de quase nada sobre você.

Chris: bem... Eu moro com minha mãe, Yenny, meu pai mora no Canadá com sua outra família. Eu ajudo minha mãe a sustentar a casa e no futuro... quem sabe abrir algum negócio, um restaurante talvez ?  poderíamos fazer parceria - rimos.

: seria perfeito - sorrio.

Chris: e tenho dois melhores amigos, Erick, que você já conheceu e Lexi. Nos conhecemos desde que me entendo por gente - sorri.

: entendo, eu e Katherine somos a mesma coisa - rimos.

Chris: ela com certeza tem um parafuso a menos porque não é possível.

: aquela é doida doida - rio. Ficamos conversando mais um pouco até que a comida chegou. Comemos e assim que acabamos fomos pro cinema. Assistimos os vingadores. Eu e Christopher saímos da sala de cinema e estávamos a caminho do estacionamento.
Estávamos andando de mãos dadas.

: o filme foi melhor do que eu esperava.

Chris: realmente é muito bom - diz animado - eu só tenho uma pergunta.

: e qual seria ?

Chris: se a guerra é infinita porque o filme acaba ?

: - coloco uma mão em minha cara - eu não acredito que eu ouvi isso - digo e começo a rir.

Chris: estou falando sério !

: não sei Christopher, pergunta pra pessoa que fez o filme.

Chris: ah para, você não se perguntou isso em nenhum instante ?

: não.

Chris: não ?

: não.

Chris: sim.

: sim... argh ! Que idiota ! - digo e ele ri. Subimos na moto saímos. Ele me deixou em casa, nos despedimos e depois fui tomar um banho. Fui dar boa noite pra Jenna e depois me deitei. 



Continua...


Separated By Fate - Christopher Vélez [ concluída ]Onde histórias criam vida. Descubra agora