Capítulo 23

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Baby POV

Cheryl chegou as 19:00 horas e parou entre a porta e o quarto, Mas não cruzou aquele pequeno espaço. O olhar esverdeado dela me deixava extremamente nervosa e o sentimento dentro de mim crescia mais e mais. O fato era que: Eu não era suficiente para Blossom. Nem um pouco. Eu, Nada além de uma adolescente imatura e idiota e ela já uma mulher. Não era justo ela ter uma garota tão fraca e tão pouca. Ela merecia mais.

-Baby?- chamou com a voz rouca e colocou a mão em meu ombro direito, eu não respondi, Nem me virei para ela. Apenas me mantive estática olhando para a ovelha de pelúcia que ela havia me dado.

-O que está acontecendo, Antoniette? Não me ouviu te chamar?- agora o tom de voz estava grosso e me irritou, de tal forma que eu retirei sua mão de meu ombro com grosseria, fazendo com que ela me olhasse de forma irritada.

- Não está acontecendo nada. Posso voltar para minha casa agora?- minha voz se mantia seca enquanto meu olhar dizia algo completamente diferente. Cheryl se sentou na poltrona em frente a cama.

-Sua casa é aqui. Não tem outro lugar para Você que não seja comigo.- eu revirei os olhos com raiva e me levantei, indo em direção a porta.

- Onde você acha que vai? Toni, eu tenho sua guarda. - continuei andando e logo ela já havia me alcançado no corredor, Cheryl segurou em meu braço e me puxou para perto.

- Não Toni. Eu não posso te deixar ir. - inconscientemente ela acabarade responder uma pergunta que eu repetia em minha cabeça. Eu esperava uma explosão, o apocalipse, qualquer coisa que me fizesse sumir naquele exato momento. Eu não aguentaria mais me manter longe dela. Mas eu precisava. Por ela. Eu amava ela. Amava a mulher dominante, a empresária, a única. Meu sentimento por ela só cresceria mais se eu não fizesse nada para impedi-lo. Eu não podia deixar ele crescer. Ela não me amava.

- Cheryl, vamos só ignorar tudo que aconteceu durante esse tempo. Vamos fingir que eu nunca existi para você. Okay? - e uma de suas mãos levou um tapa ao meu rosto, forte suficiente para me fazer cair.

- Eu não posso ignorar o fato de que preciso de você. Toni, você não vai a lugar algum.- a voz dela começara a ficar mais alta. E mais alta. Me encolhi ao chão e comecei a chorar.

- Tee-Tee, desculpe. Desculpe, desculpe. - sua voz soou quando eu comecei a chorar ainda mais alto, ela me abraçou ao chão. Me senti segura, Não convencida.

-Eu, Toni, Você é minha baby. Preciso cuidar de você. Não posso te deixar sozinha nesse mundo imundo e perigoso. - levantei minha cabeça e olhei no fundo dos olhos castanhos. Eles começaram a transbordar.

- Não posso viver se Você, daddy.- falei em meio aos soluços.

- Não posso viver sem você Baby Tee. - seus lábios foram até os meus e lá ela deixou um beijo simples, e salgado.

A verdade é que nada mudaria. Eu sairia da vida de Cheryl naquele mesmo dia, e nada mudaria isso. O sentimento de insuficiência não mudaria com nada que ela dissesse.

Ficamos na mesma posição por alguns minutos, Até que ela segurou em minhas pernas e me puxou para o colo, me erguendo no ar e indo até o quarto. Me colocando deitada lá. Eu estava com um pijama curto, Mas realmente não me importaria de sair daquela forma. Eu teria sorte de alguém me matasse.

-Baby? Eu irei ao banho. Pode me esperar? - Eu sorri e minha cabeça fez um "sim" silencioso. Logo ela começara retirar suas roupas em minha frente, me exibindo o corpo incrível que ninguém poderia negar que ela tinha. Era perfeita. Os detalhes, cada detalhe. Era perfeita. Logo ela caminhou até seu banheiro e lá ouvi o barulho do chuveiro.

Logo eu me levantei da cama, saindo do quarto de fininho e caminhando até o corredor tentando não fazer barulho algum. Desci as escadas e logo estava na porta de entrada. Olhei para trás, vendo o lugar ao qual provavelmente eu sentiria falta e, abri a porta. Saindo por entre ela. Sentindo a brisa fria da noite.

Daddy lesbian •Choni•Onde histórias criam vida. Descubra agora