RISE part2

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Toni POV

- Você é realmente muito corajosa, para vir até aqui e dizer isso.- gargalhei da cara dela, sarcástica. - E mesmo assim, é mais corajosa ainda por pensar que Cheryl iria querer você, denovo. Você é patética.- soltei tudo e ela me olhou surpresa. E depois bateu palmas, como se eu fosse parte de algum show. Senti minha raiva aumentar.

- Você é realmente muito boa com discursos, Antoniette. Mas me diz, o que exatamente minha Cherry vê em você? Fora o seu corpo, claro. O que mais você tem a oferecer a ela? Que eu saiba você só tenha dezessete anos, tem uma família de merda. O papai de abandonou, não é? E sua mãe é uma bêbada, certo? Você não é nada. Cheryl  merece algo melhor que você. Eu sou a alma gêmea dela, somos parecidas. Gostamos da mesmas coisas. E eu sei mais submissa que você, sem precisar ser uma pirralhinha. - me afastei dela. Eu odiava me sentir assim, mas a maioria das coisas que ela disse eram verdade. Eu não era nada perto de Lo, ela era inteligente, bem sucedida e linda. E eu era apenas eu. Cheia de fodidos defeitos parar de lutar por isso. que me faziam querer

- Haha eu estou certa, não é? Oh, vamos Toni. Seja um pouco inteligente, esse tipo de vida não é pra você. Cheryl é minha. - senti o ódio invadir meu peito. Todas as vezes que ela falava de Cheryl como se ela fosse um objeto, como se simplesmente pudesse colocar no bolso. Não gostasse que falasse assim dela. Mas o ódio maior era por ela ter razão de tudo isso.

- Vamos, seja mais esperta. Eu lhe dou até às três de meia de hoje. Suma da vida dela. Deixe minha Cherry em paz. Ela não merece ter que suportar uma pirralha mimada como você.- não esperei ela terminar de falar para virar minhas costas e correr floresta dentro, continuava escuro, meu celular iluminava parte do chão, mas não era suficiente. Corri rápido suficiente para em menos de cinco minutos sentir o ar queimar meus pulmões quando eu respirava. Parei e tentei me recuperar, encostada em uma árvore.

Voltei a correr, e avisei a rua já conhecida, e continuei a correr, depressa demais para ver o carro que minha seguindo a rua, era veloz e eu só percebi o choque quando ele aconteceu entre o meu corpo e o automóvel. Senti uma dor invadir meu corpo, como se milhares de pregos furassem minha pele. A dor de cabeça era insuportável, principalmente em minha cabeça, coloquei a mão, senti algo quente nela. Olhei para cima, vendo a casa a qual era meu ponto de encontro.

Cheryl POV

Acordei com um barulho alto na rua, me assustando. Levantei e olhei pela janela, não vi nada por conta da escuridão. Me levantei e segui para o corredor, indo procurar Toni. Não era normal que ela saísse do meu quarto no meio da noite, mas talvez tenha ido procurar algo para comer, ou algo do tipo.

Fui até seu quarto mas ela não estava lá, o que me fez estranhar ainda mais. Ela não gostava de ficar na sala durante a noite, dava-lhe medo. Desci as escadas a procura de uma luz ligada, porém todas estavam devidamente apagadas. Nada fora de seu lugar. Menos por minha garota, que deveria estar na cama. Voltei ao seu quarto e vi que seu pijama estava jogado ao chão.

Uma fagulha de desespero apontou em meu peito, com medo de que ela tivesse fugido denovo. Eu não aguentaria isso denovo, não conseguiria.

Desci as escadas denovo e liguei a luz da sala, procurando por algo que me indicasse onde ela estava. Nada, porém quando fui até a porta, estava destrancada.

Sai de dentro da residência e senti o vento em meu rosto. Eu estava com uma camisola de seda branca. Os pelos do meu corpo se arrepiaram, era uma noite fria pós chuva. Não via motivo para que Toni saísse de casa. Olhei ao redor e, senti cada parte de mim ficar dormente por um momento. Eu vi Karla estirada ao chão, e Halsey abaixada ao seu lado, enquanto segurava seu pulso.

Corri até lá, não seriam mais de vinte passos.

-O que você fez com ela?- gritei, desesperada. Porra, não. O sangue saia da cabeça dela de uma forma que me desesperava mais, era claro que ela fora atropelada. A forma que seu corpo estava no chão. Estava inconsequente, o que me fez perder a linha de vez.

- Não fiz Nada, Cheryl. E já chamei a ambulância pra ela. - olhei em seus olhos, senti a dor ir de encontro ao meu peito. Dessa vez não seriam algumas milhas de distância. Seria eu viva, ela morta. Não poderia deixar acontecer. Todo o controle que eu de fato tinha foi por terra ao ver ela assim. Minha garota. Sangrava tanto que era possível sentir o cheiro de ferro e sal por todo o recinto. Me senti um pouco enjoada.

Não havia muito o que eu poderia fazer, a não ser vê-la daquela forma.

- É tudo culpa sua!- gritei, fazendo a de cabelos azuis saltar a minha frente. - Que porra você e ela estavam fazendo na rua uma hora dessas. Halsey, ela tem dezessete anos!- não consegui parar de gritar, as lágrimas começaram a brotar em meus olhos, as luzes da ambulância se aproximaram.

- Você sempre tem que estragar tudo! Porra.

Daddy lesbian •Choni•Onde histórias criam vida. Descubra agora