Capítulo 27

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-Toni!- berrou Cheryl entrando em casa, sozinha e bêbada. A mulher geralmente não bebia, porém aquela era uma ocasião especial, ela precisara comemorar da melhor forma possível. Logo que a de orbes verdes focou em Toni deitada no sofá, abraçada a uma ovelha de pelúcia, toda a raiva que sentia foi por água abaixo. Cheryl não era alguém fácil, Toni também não. As duas tinham formas completamente diferentes de levar a vida e isso foi o que ligou as duas. Elas precisavam uma da outra. Toni tinha a necessidade de Cheryl, era como seu ponto seguro.

Toni abriu os olhos e encontrou com os de Cheryl e sorriu, levantou parte do corpo e se sentou.

- Oi Cherry.- a voz rouca fez Blossom derreter em um mundo só dela, que incluía sua Baby girl deitada em seu colo em uma linda praia. Cheryl não aguentava existir sem Toni.

- Não faça mais isso, sim? - Marjorie também se sentou e então o rosto de Toni mudou, como se estivesse furiosa. A realidade é que a menina não se lembrava do que havia acontecido na mesma noite, até esse momento.

- Não, não chegue perto de mim. - gaguejou e colocou -se de pé em um pulo, e Cheryl ficara confusa. Olhando nos olhos da menina com certa dúvida. Talvez a bebida não lhe deixasse pensar direito.

- Vá lá, ficar com a Heather, Eu vou ir ficar sozinha em meu quarto. - disse Topaz com a voz ríspida e colocou um pé na frente do outro, pronta para caminhar escadas a cima e ir para seu quarto.

O que a menina de dezesseis anos não esperava era que a mão de Cheryl fizesse o que fez. A mulher puxou a menina pelos cabelos e a jogou no chão com força, fazendo a latina soltar um grito alto.

- Você sabe que não deve falar assim comigo, fique de joelhos. - Toni se encolheu no chão e começou a chorar, desesperadamente. Cheryl riu.

- Agora! Ou eu garanto que vai ser bem pior.- Toni se arrastou pelo chão e se colocou de joelhos em frente de Cheryl, com a cabeça baixa. A mulher segurou no rosto da menor, obrigando a mesma a olha -la nos olhos. Ela alisou o rosto delicado e bem desenhado de Toni, sorrindo. Cheryl podia facilmente se transformar em um anjo demoníaco quando queria. Seus olhos transmitiam isso.

A mão da maior foi até o rosto de Toni em forma de um tapa forte, tão forte que a menina caíra no chão, mais uma vez.

-Levante. - com dificuldade a garota obedeceu, chorando tanto que seria possível ouvir seus soluços da garagem da casa.

-Pare com essa estupidez. Agora suba para seu quarto.Não quero ouvir você chorando, uh? Se eu ouvir, garanto que isso aqui se transaformarar em um inferno. - Toni colocou-se de pé em um pulo e correu escadas a cima, como uma garotinha desesperada.

Entrou em seu quarto e trancou a porta, jogando a chave longe de si, e deitando na cama, colocando um travesseiro em seu rosto pronta para abafar os choros de uma noite toda.

(...)

Toni acordara as três horas da manhã em seu quarto escuro, ela odiava aquele quarto. Se sentia uma prisioneira e sem Cheryl ele era com certeza pior. Ela se levantou e colocou os pés no chão, tentando fazer seus olhos se acostumarem coma escuridão, A única luz vinha de uma fresta na cortina grossa, e essa fresta ia diretamente aos olhos verdes de Cheryl sentada na poltrona, em frente da cama da menor. Topaz se assustou ao ver a mulher Ali, parada.

- Bom que você acordou.- disse a mais velha com a voz roucamente conhecida, Toni revirou os olhos claramente para Marjorie.

- Como eu não vou acordar, Não é?- a ironia na voz de Toni era tão presente que Cheryl sentiu raiva, porém se controlou, Não existia mais a bebida correndo em seu organismo. Ela voltara a normal Cheryl controladora de sempre.

- Pare. - disse a mais velha, quando Toni colocou a mão na maçaneta pronta para sair do recinto.

- O que é? Você quer que eu fique de joelhos? Oh, okay. Eu fico. Quer que eu beije seus pés? Okay. Só me deixe em paz depois disso. - a menor se pôs sobre os joelhos, olhando nos fundos das orbes castanhos de Cheryl . A latina então viu lágrimas brotarem, e então, num súbito surto de loucura cheio de amor, ela abraçou Cheryl.

-Me desculpe Toni. Eu não, me desculpe.- agora a voz de Marjorie era embargada e ela enterrou o rosto no pescoço de Toni, chorando muito. A menina deixou um beijo na mais velha.

- Está tudo bem.- a voz de Toni era tão angelical que seria possível acalmar foi exércitos em guerra. Cheryl virou o rosto para a mais nova.

- Toni eu te amo.

Daddy lesbian •Choni•Onde histórias criam vida. Descubra agora