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Toni estava ligada a alguns tubos que eram conectados a uma máquina. Ela passara por uma cirurgia e ficaria bem. Cheryl estava sentada em uma poltrona ao lado da cama, esperando que a garota acordasse. A mais velha não sabia como se sentir, a preocupação tomou conta da mulher.

Algumas horas se passaram até que Ton abriu os olhos, Blossom dormia então a mais nova chamou levemente pelo nome da mesma.

Cheryl acordou um pouco assustada, olhando a menina e examinando cada parte dela. Toni  pareceria muito bem se não fosse pelo respirador em seu rosto, e os hematomas roxos pelo corpo.

Marjorie sabia o que poderia acontecer a partir dali, pois Toni não tinha roxos apenas pelo acidente, também tinha nas nádegas e coxas e isso poderia chamar a atenção dos médicos.

- Senhora... Blossom?- chamou a doutora, e Cheryl levantou em um pulo, atenta. Ela sabia que os machucados da Toni chamariam atenção. Ela os fizera a uma noite atrás, estavam recentes. - Como sabe, sua filha vai ficar bem. Ela poderá voltar para casa na manhã, desde que você possa lhe dar um acompanhamento médico em casa.- a de orbes castanhos concordou com a cabeça. Ela não queria conversar com ninguém, apenas levar sua baby girl para um lugar seguro. Bem longe de Halsey. Ela sabia o quão venenosa aquela garota podia ser. E não acreditava em uma palavra que ela dissesse, não depois que a vida de Toni ficou em risco.

Cheryl  pretendia levar Toni a Londres assim que ela já pudesse viajar. E ela ficariam por lá até que a ameaça de cabelos azuis sumisse. Cheryl gostaria de nunca ter tido nada com Halsey, pois ela sabia que não conseguiria fazer nada a respeito sobre a garota. Não que o sentimento de amor tenha voltado, mas um dia ele existiu. Cheryl  respirou fundo, encarou o médico sair e estranhou o fato de ele não ter dito mais nada. Porém estava nervosa demais para questionar qualquer coisa em sua própria cabeça. Toni voltou a dormir, o rosto virado para o lado. Marjorie tocou a apele delicada com a ponta dos dedos. Aquele era o paraíso pessoal dela, aquela menina era tudo o que ela poderia pedir. Ela não deixaria ninguém tirar dela.

Já era a terceira vez que algo acontecia para que Toni de alguma forma se fosse. A mais velha já estava cansada de ter algo sempre entre as duas. E decidiu que isso ficaria para trás. Junto a Halsey.

(...)

Toni cantarolava ao lado de Cheryl no carro, enquanto faziam o caminho para casa. Nem parecia que a mais nova havia sofrido algum tipo de acidente, parecia bem. Cheryl hora o outra olhava para o lado e via a mais nova encarando a estrada.

Cheryl POV

Ela voltava a me olhar e me entregava um sorrisinho meu cabisbaixo.

- Não se preocupe sweetheart. Não vou deixar nada mais acontecer com você.- toquei sua mão e ela sorriu mais sincera. Era horrível ver ela assim, mesmo que parecesse bem, não estava.

- Ela disse que você era dela. E te chamou de Cherry. - virou o rosto completamente para mim, vi lágrimas brotar nos olhos castanhos.

- E ela disse que eu não era nada. Que você precisava de algum como ela. E está correta. Não sou boa para você lo. - parei a BMW na beirada da estrada, sentindo a raiva emanar de mim.

- Toni olhe pra mim!- falei quase gritando, e ela chorou mais. Me arrependi de tal atitude, mas senti que fosse necessária.

- Olhe pra mim! Ela não sabe de nada. A única coisa que preciso é você. É em você que eu estou sempre pensando. É você quem eu amo. - segurei seu rosto delicadamente para não machuca-la. A encarei com meus olhos. - Você tem que entender que só tenho olhos para você.- beijei seus lábios, devagar, para que ela sentisse todo o meu amor. Eu não deixaria aquela idiota estragar tudo o que eu tinha construído com essa garota.

Soltei ela e voltei a dirigir, coloquei Lana del Rey para tocar, e ela voltou a cantar. A voz angelical ecoando por todo o carro. Eu gostava de ouvir a voz dela, era doce.

- Goin off to the races, crazy...- cantava baixinho, eu sorri ao ver que ela sabia a letra. Estacionei o carro e sai do mesmo, indo de encontro ao lado ajudá-la. que ela estava para

Subimos as escadas e ela estavam em minha cama quando alguém tocou a campainha. Bufei irritada, esperando não ver a cara daquela idiota de cabelos azuis. Ela já havia tramado problemas suficientes para um dia.

Desci correndo as escadas enquanto a pessoa atrás da porta continuava a tocar a campainha, parecia um pouco desesperada.

- Sim?- era uma pessoa completamente desconhecida. De fato nunca tinha visto na minha vida.

- Dayane MCall, assistente social. Você é Cheryl Marjorie Blossom ?- xinguei mentalmente. Eu sabia que os machucados não passariam ilesos.

- Eu mesma. Como posso ajudar?- dei lhe um sorriso meio ignorante, quase expulsando ela da minha casa.

- Eu posso entrar?- eu odiava isso nesse pessoal do governo. Eles eram tão intrometidos, em algumas situações isso seria mesmo necessário. Mas porra, eu estava mais afim de cuidar de Toni. Não maltratar ela.

Dei espaço para que ela entrasse, e não disse mais nada. Não me desculpei pelo meu estado. Se ela sabia dos machucados de Toni, sabia o motivo para ela estar no hospital. Isso era óbvio.

Ela olhou bem a casa, talvez maravilhada. Sim, vadia. Essa menina vive muito bem comigo, não vai ser você quem vai tirá-la de mim.

- Você gosta de crianças, Senhora Blossom?- ela perguntou se sentando em meu sofá. Encarei ela com uma breve cara de indagação. Ela era bem petulante.

- Não, não gosto.- ela pareceu surpresa. Tô mentalmente.

- Então por que adotar uma?- soltei um risinho leve, bem leve. Talvez para soar debochado.

- Minha filha tem dezessete anos, senhora. - sorri e ela pareceu nervosa.

- Certo. Ela está em casa?- concordei com a cabeça.

- Sim, sim. Mas como deve saber, ela sofreu um acidente recentemente. Está na cama.

- Eu gostaria de vê-la.- De fato aquela mulher já estava me irritando.

Daddy lesbian •Choni•Onde histórias criam vida. Descubra agora