BLAME

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Cheryl POV

Toni corria sorridente pela casa enquanto Grace latia atrás dela. Aquele seria meu paraíso pessoal, era como está no céu. Eu tinha um cigarro em meus dedos e estava sentada no sofá enquanto as duas me rodeavam. Nem parecia que eu estava ali, e eu gostava disso pois eu podia ver a verdadeira Toni. Aquela que ela era junto de mim. Ouvi a campainha tocar, o que foi estranho. Eu não esperava visitas aos domingos. Toni se direcionou a porta e pareceu surpresa. Eu não entendi o motivo. Então me levantei e fui até lá. Coisa a qual eu nunca devia ter feito.

Avistei cabelos azuis em minha frente, corpo esbelto. Alta. Halsey. Respirei fundo.

- Toni, leve Grace lá pra cima. - ordenei e ela me olhou confusa, fiz uma cara de mau. Aquela que assustava ela. Me obedeceu.

Logo após ela subir as escadas, encarei a mulher na minha frente. Não tinha mais a cara de inocente que me fizera atrair por ela. Agora estava mais velha, a forma que me olhava também.

- O que você está fazendo aqui?- falei grosseira. Simplesmente por que tudo o que eu guardava dela era ódio, raiva e mágoa. Não consigo ter menos que isso por uma pessoa que me traiu.

- Vim te visitar ué.- senti repugnância quando ouvi sua voz. Ela me olhava com aquela cara de quem queria ser fodida. Senti pena, ela nunca mais me teria. Coitada.

Bati a porta na cara dela e tranquei, virei me e encontrei Camila na ponta superior da escada.

- Quem é?- a voz dela me soou meio culposa, como se desconfiasse de mim. Dei um sorriso desajeitado enganador. Porém eu sabia que ela não cairia. Me deixava irritada a forma que era curiosa com tudo. Cada mínima coisa. Puxei o ar mais forte, e passei a mão direita em meus cabelos, frustrada.

- Uma idiota.- me aproximei dela, subindo os degraus cautelosamente e Grace apareceu ao lado dela. Dei um beijo nos lábios carnudos. - Vamos tomar sorvete meu amor.- ela sorriu com a língua entre os dentes e não me fez mais perguntas. O que por hora foi um alívio pois, seria complicado e explicar tudo o que eu tivera com Halsey. Que ela foi a única baby girl (antes de Toni, claro) que eu me apaixonara. Eu era inexperiente e aquela mulher tomou parte de mim em proporções inexplicáveis. Porém o mais difícil seria falar a ela que eu estava recebendo mensagens dessa tal garota de cabelos azuis. E eu que eu não estava parando-a. Claro que em questões de sentimento, não existia mais nada. Eu não amava mais aquela garota. Mas todas as vezes que ela se aproximava de mim - essa sendo a terceira depois do meu término com ela - algo dentro de mim se ascendia. Como se o ódio e a repulsa que eu sentia por ela conseguisse alimentar meu lado controlador que Toni havia colocado na palma de sua mão e agora estava controlando. Eu queria meu poder de volta. E eu sabia que ver Halsey faria isso crescer.

O resto do dia foi tranquilo, vimos desenhos no sofá e tomamos sorvete. Quando anoiteceu pedi pizza e Toni parecia mais e mais feliz. Eu não queria que aquele momento acabasse nunca. Pois fora nossos momentos em puro sexo, eu e ela passávamos muito tempo brigando. E eu gostaria de mudar isso. Era impressionante a forma que aquela garota mudava cada parte de mim. Isso de fato me incomodava em algumas situações.

Eu estava nas mãos dela. E ela tinha total controle de mim.

Sempre tive tudo em minhas mãos e, agora ela estava tomando isso. Coisa que nem Halsey tinha feito de tal forma. É como se na verdade ela me dominasse. Com os sorrisos e com o afeto. Oh Deus, essa garota seria minha morte.

Eu sabia que precisaria acordar cedo no outro dia, então, direcionei a latina para seu quarto e eu fui para meu. Pronta para tentar dormir, pois eu já sabia do próximo dia e como ele seria complicado. Eu já estava pronta para dormir, quando uma garota vestindo meias 7/8 azuis e felpudas e um babydoll curto se exibiu em minha porta. Puxei o ar tentando me controlar a de fato não foder ela até que não sentisse mais suas pernas.

- Tem trovões daddy. Posso dormir com você?

Daddy lesbian •Choni•Onde histórias criam vida. Descubra agora