53. Amar só

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NOTA:

Essa atualização não está sendo tão feliz quanto eu pretendia.

Semana passada tivemos uma perda enorme em muitos sentidos. O cenário artístico, da comédia, LGBTQI+, humano, familiar, etc., está em luto.

Quem costuma ler as notas ou já viu algum filme do Paulo, sabe que já citei ele aqui. Eu realmente gostava muito do trabalho e de como a construção da família dele foi tão linda, singela e significativa para toda a sociedade. Paulo Gustavo foi e é uma pessoa iluminada. Mesmo que não valha muito, dedico esse capítulo a ele.

Eu realmente não fiquei bem com a notícia. Toda vez que vejo os sorrisos dele na tv, quero chorar. Não choro porque o pessoal aqui em casa provavelmente não entenderia.

Enfim, o desabafo kk

Espero que minha escrita aqui tenha ficado boa, apesar de tudo.

Mais uma vez, obrigada por serem tudo pra mim <3

Boa leitura!

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Tudo o que Taehyung queria era entender a própria cabeça.

Depois que saíram do cinema, eles foram comer. Era normal.

Jimin estava a fim de uns doces, então foram até a loja de mochi favorita dele.

As mãos de Tae e J-Hope não estavam mais juntas, porém o ruivo não parecia muito satisfeito com isso. O maior notou a decepção no rosto alheio minutos antes, quando rapidamente apartou o toque diante da iniciativa dos amigos em saírem da sala de cinema.

Nem soube porque fez isso, afinal já tinha andado de mãos dadas com Jimin várias vezes e isso não significava nada muito especial.

Amigos fazem esse tipo de coisas também. Pelo menos quando há muito carinho e liberdade para tanto.

Só que na hora, o que falou mais alto foi a certeza de que se o vissem assim com Hope, teria uma conotação completamente diferente. Por esse motivo, preferiu evitar.

— Tae, o seu é com sorvete? — Jimin gritou por cima do ombro, mesmo sabendo a resposta. Taehyung sempre fazia o mesmo pedido.

? — O olhar do distraído alcançou o do mais velho, entendendo a pergunta mesmo que ele não a tivesse repetido. — Uhum. Obrigado, hyung!

Apesar da confusão individual entre a vontade latente de cuidar de Hoseok e a explícita de agradá-lo, Tae estava adorando aquela noite. Era sempre perfeito conversar e ver pessoas que não fossem os pais. Não gostava mesmo de ficar preso nos problemas de casa.

Após alguns momentos observando o nada, começou a notar pela visão periférica, ainda que desligado disso, que Yoongi estava entregando os pedidos dos amigos, já que era o mais próximo do balcão. O atendimento ali era mais caseiro, sobretudo porque o casal de balconistas conheciam Jimin há anos. Tinham espaço para um pouco de informalidade.

Tae estava tão alheio a tudo, que não viu quando chegou sua vez de receber o pedido.

Ô Taehyung, acorda pra vida, meu filho! — Yoon chamou sua atenção e passou para ele o pequeno recipiente de papel cartonado com seis mochi pequenos e coloridos dentro.

Innocence | VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora