Innocence | Vhope

21. Mantenha-me

Kim Taehyung

Eu poderia dizer milhões de coisas que de nada valeriam para mim. No fim, tudo o que desejo, como todo mundo, é ser aceito. Não importa por quem ou em que sentido. Aceitação é a grande busca de muitos e não seria eu o enorme ponto branco em meio a toda escuridão.

Isso eu deixaria pro Hope.

E por que?

Porque ele sim é totalmente diferente.

°°°

Ajoelhar e agradecer seria legal.

Principalmente se tal agradecimento tivesse alguns gemidos como resposta...

As pontas de meus dedos sentiam como a pele das costas do Hope estava quente.

Ele ainda encontrava-se abraçado a mim e sentado em meu colo. Nossos corpos se recuperando dos tremores posteriores ao orgasmo.

— Isso foi… Wow. — Comentei com ele.

Fiquei satisfeito com a sensação. Minha voz até mesmo parecia feliz, leve e plena.

— Muito 'wow', hyung… — Concordou, parecendo satisfeito também, mas logo se lembrou do que eu disse antes. — Hum, quer dizer, TaeTae. — Muito rapidamente se corrigiu.

Soltei um risinho compreensivo.

Eu ainda estava dentro dele. Obviamente já flácido e seria estranho quando fosse tirar, mas honestamente eu estava me importando muito pouco ou nada.

Além disso, era quentinho ali dentro e eu estava gostando de o meu pau ter uma casinha quentinha e apertadinha pra ficar. Eu sabia que se ele pudesse pensar e tivesse sentimentos, estaria feliz. Porém, como posso sentir por ele, podia dizer que estava contente.

Era bom gozar, porém era melhor ainda sentir a ereção se esvair dentro do parceiro. Talvez outros caras ficassem incomodados, mas eu não.

— É complicado pra você conseguir tratar alguém pelo nome? Ou no meu caso, por um apelido?

— É que o Minnie hyung sempre diz que eu tenho que ser um menino educado. — Respondeu calmo, com a cabeça ainda deitada em meu ombro, sem separarmos o abraço.

Hope parecia confortável em meu colo, mesmo daquele jeito.

— O Taemin hyung parece uma omma, às vezes. — Comentei sem nenhuma acidez na voz. Meu espírito estava tranquilo naquele momento, não desejava alfinetar ninguém. No entanto, essa foi uma observação que fiz desde o primeiro dia. Taemin se comportava de maneira extremamente protetora em relação ao Hope.

— É que ele está acostumado a cuidar de mim. Desde pequenos vamos juntos pra todo canto e sendo mais velho, ele se sente responsável.

— E você não se sente sufocado?

— Não. Eu detesto ficar sozinho. Ele sempre me fazia companhia quando o Yoongi hyung estava fora.

— Ué, mas e seus pais? — Indaguei despretensioso. No entanto, os dedos de Hope se firmaram mais em minhas escápulas, além ter apertado mais o abraço. Foi algo suave. Eu não teria notado se não estivesse muito atento às suas reações desde que pisou no tapete caro do meu quarto. Então me dei conta de que o assunto "pais" era sensível para ele. — Não diz nada, se não quiser. — Sussurrei, me apressando em desmanchar sua tensão. Até mesmo deixei alguns beijinhos em sua clavícula e ombro perto de minha boca, além de deslizar meus dedos carinhosamente em suas costas, passando pelas costelas e voltando a subir pela coluna.