69. O veneno das memórias

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Todo mundo ok pra mais de 19k?

Sentiram minha falta? Eu tava morrendo de vontade de atualizar e queria entregar um ótimo capítulo. Espero que gostem porque eu revisei várias vezes pra ver se estava tudo como está na minha mente doida kkkkk

Não julguem mal o Tae, tá? A mulher era mãe biológica dele e ele tinha ilusões sobre ela. Além disso, ele é só um jovem e quando se é jovem, parece que tudo é mais intenso.
Às vezes eu narro muuuito as coisas, principalmente as emoções, pra que vocês consigam se colocar no lugar do outro, ainda que não entendam.

Não se esqueçam de votar no capítulo, viu? ;)

Boa leitura!

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Namjoon correu numa fração de segundo para tirar Taehyung do chão, carregando-o nos braços sem muita dificuldade, no entanto cheio de medo.

Seokjin, de pé em frente ao sofá, cobria a boca com as mãos, sem acreditar que de fato o filho perdeu os sentidos.

E tudo por causa daquela mulher.

Jin nunca quis que Ji-Yeo voltasse para a vida deles, entretanto não podia julgar Tae por querer, tampouco pela forte e involuntária reação, considerando que ele mesmo chorou bastante nas últimas duas horas.

Horas em que seu coração passou impregnado por sentimentos diferentes, desde os melhores, até os piores. E por azar, não tinha jeito. Não podia impedir. Havia um passado que não poderia ser apagado, sentimentos mortos e outros vivos, do mesmo modo que Ji-Yeo estava viva, e no entanto, morreu.

Contraditório? Talvez. E confuso também. Mas era Jin; o que se podia fazer?

Por outro lado, sendo prático e racional, mesmo que com lágrimas nos olhos, Nam ergueu as pernas do filho após deitá-lo no sofá oposto ao que Seokjin estava, ainda de pé e ainda chocado.

Depois de socorrer Taehyung com o pouco que sabia sobre desmaios, o de cabelos castanhos caminhava de um lado para o outro no tapete vermelho queimado da sala, ligando e depois falando com um médico ao celular. Seus gestos eram agitados e as sobrancelhas ficavam mais juntas a cada minuto passado.

Ele parecia ter isolado o lado "amigo de Ji-Yeo", que estava desolado e aborrecido, e permitiu que o lado pai assumisse, pois Tae precisava dele. Também não pôde dizer nada ao marido, afinal havia um assunto um pouco mais urgente para tratar.

No fim das contas, com os cuidados indicados pelo médico e seguidos à risca por um Namjoon trêmulo, porém lúcido, Taehyung recobrou a consciência, mas não como era o esperado.

Ele conseguiu se sentar com a ajuda do pai mais novo e nada mais que isso.

Os pais começaram a chamá-lo, tentando conversar, entretanto não tinham resposta alguma e o mais velho ficava mais desesperado a cada minuto.

— Tae! Fala comigo, favor! — Jin o chamava, mas os olhos do mais novo estavam vidrados, fitando o piso limpo do cômodo, onde não havia tapete, sem realmente vê-lo.

Parecia um robô desligado. Uma casca sem alma. Como a tal fera mitológica, perdida num labirinto. No entanto, o dele era pior, mais enredado por ser uma armadilha mental, algo difícil de sair. Principalmente se não tivesse ajuda.

E rápido.

— Tae, pelo amor de Deus! — O mais velho seguia tentando, se alterando mais.

— Isso não vai resolver. Quanto mais você pressionar, pior fica. Jinnie, dê um tempo pra ele. — Namjoon se curvou ligeiramente, tocou e depois massageou de leve o ombro do marido, que estava de joelhos diante de Taehyung.

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