39. Apaixonante

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NOTA:
Eu sei que vocês não esperavam, de novo.
Aproveitem minha inspiração, mas não se acostumem porque a doida aqui pode sumir do nada kkk
Mais 10k e quero saber se é ok pra vocês.

Também quero saber se vocês ficam entediadas com esse ritmo dia a dia, mesmo que eu pretenda adiantar um pouco em determinada fase do enredo.

É isto.

Boa leitura!


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Lee Taemin

Ele apontou e eu apenas segui sua indicação, juntando as sobrancelhas quando vi uma silhueta, no mesmo momento em que a pessoa decidiu sair de nosso campo de visão.

Hoseok correu até lá e o acompanhei apressado com a senhora gentil ao meu lado. Nos distanciamos dele porque eu não quis correr em respeito à mulher, mas quando o vi voltar, fiquei preocupado pelas suas feições frustradas.

— O que foi?

— Não tenho certeza, mas acho que vi alguém da nossa escola aqui. — Hoseok disse para a mulher, não para mim.

Ele parecia perplexo com a possibilidade, mas não entendi, já que não faço ideia de quem ele achou que viu. Eu apenas tive o vislumbre de um rapaz com um casaco verde e o capuz estava levantado, então nem deu pra ver o cabelo.

— Não é impossível. Temos alguns voluntários e um deles e bem jovem, mas não tão novinho quanto você. — Ela disse sorrindo para ele.

É claro que Seokkie gostou quando ela falou assim. Sempre achava legal quando alguém falava que ele era fofo ou que parecia ter pouca idade, afinal sempre foi esse o seu desejo.

— Se ele trabalha aqui, então acho que vamos nos encontrar de novo! — Respondeu animado, já superando o desencontro.

A senhora confirmou com um aceno e voltamos a entrar na casa. Nós, meros visitantes, vimos aqueles detalhes da construção que eram corriqueiros para os demais, como algo interessante, digno de uma observação minuciosa e admiração.

Parecia uma casa comum, só que num modelo mais antigo, semelhante às antigas mansões japonesas. Todo o piso era de madeira envernizada e muitos tapetes estavam se espalhando por ali. As paredes eram claras e quadros redondos com pinturas de paisagens bonitas e pássaros salpicavam os espaços, sem carregar o visual. Os móveis ficavam pelos cantos dos cômodos, enquanto o meio estava sempre livre para a passagem. Provavelmente organizaram tudo de modo a facilitar a caminhada das pessoas mais velhas. Sem escadas ou pisos muito lisos.

Na área de convivência, Hoseok logo foi se sentar perto de uma idosa que jogava Go, um jogo de tabuleiro muito popular e tradicional no Japão. É claro que ele ia querer jogar com ela, substituindo uma das funcionárias que esteve na cadeira diante da moradora. Jogos de tabuleiro são um tipo de paixão para ele.

Enquanto sua partida acontecia, notei várias referências de decoração asiática naquele lugar. Até mesmo os jogos típicos dos países mais conhecidos estavam nas mesas onde alguns idosos conversavam sem muita animação.

As televisões espalhadas pelo cômodo grande eram os únicos pontos onde se podia fazer um contraste entre a modernidade e eras passadas.

Ficamos por pouco mais de uma hora e durante esse tempo, vi Seokkie jogar, conversar, gargalhar e olhar admirado para aquelas pessoas que lhe contavam histórias incansáveis de juventudes distantes. Era notável como a simples companhia dele pareceu dar vida a todo o lugar. As mesas ganhavam cor à medida que ele fazia perguntas e contava sobre suas pequenas aventuras de não muito tempo atrás. Muitas pessoas acabaram vindo se sentar em torno dele e quando vi, Seokkie estava sentado no chão, cercado por pessoas mais velhas e sorrindo feliz como se tivesse recebido um grande presente.

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