62. Inside: Kim Seokjin

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NOTA:

Bom dia!

Não sei se digo parabéns pra minha irmã ou se dou uma chinelada na cara dela pelo 5° filho que nasceu anteontem kkkk
Isaac, titia já ama💙

Pessoal, vocês já se acostumaram com o fato de eu escrever capítulos de 17k?
Depois de 62 f*cking capítulos, acho que sim kkkk
Já vi que muita gente gosta, mas tanto pra essas, quando pra quem não gosta, por favor, façam pausas.

Eu começo narrando em terceira pessoa, depois Jin, depois terceira pessoa de novo.

Boa leitura!

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Dizer a verdade nunca foi tão difícil.

Diante de toda a jornada de batalhas que era sua vida, de todo o esforço que fez para criar o filho e superar o abandono, Kim Seokjin era o homem que precisava tirar forças do fundo do âmago para enfrentar seu destino.

Ele sabia que o filho podia perdoá-lo pelos erros cometidos. Taehyung era um menino tolerante, tinha bons sentimentos. No entanto, diante de tudo o que vinha acontecendo nos últimos meses e da gravidade do assunto, não tinha tanta certeza sobre merecer o perdão. Não estava seguro de que os bons sentimentos do filho seriam o suficiente para compensar. Também estava preocupado em relação ao tempo que levaria para tal perdão chegar — considerando que fosse mesmo chegar —, já que não se podia lidar com algo tão delicado do dia pra noite.

Dias pareceriam anos em sua perspectiva, caso Taehyung o rejeitasse.

Ao ver o filho cair de joelhos na calçada, Jin pensou que seus sonhos tinham sido destruídos por completo, que Taehyung o odiaria daquele exato momento em diante, mesmo sem saber de toda a história, contudo, correu para socorrê-lo do mesmo jeito.

— Tae! Tae, meu filho, o que você tem? Filho? — Segurou as mãos geladas dele e fitou Taemin, pedindo socorro sem precisar falar.

— Vamos levar ele pra dentro. — Lee tentou ser racional, pois Namjoon tinha ido embora e Seokjin parecia abalado demais para decidir.

Juntos eles levantaram Taehyung, que não tentava evitar ou fazia escândalo. Ele estava parado, em choque. As lágrimas desciam, mas sua expressão neutra era assustadora, os olhos fitando o nada e a boca rígida numa linha fina. A pele sempre brilhando em tons saudáveis, dessa vez estava pálida como a de um doente.

Mesmo que o estômago estivesse vazio, sentia-se enjoado. A cabeça automaticamente começou a doer.

O jovem andou até a sala de casa com a ajuda dos outros dois, que naquele momento eram apenas um borrão ao fundo de seu olhar cinzento. Sentou-se, mas não se importou com o copo de água que lhe foi oferecido.

Em sua mente, o loop de Namjoon entrando no táxi não parava de machucar. Um filme cruel rodando incontáveis vezes num cinema antigo e grotesco.

Mais alguém o havia deixado?

Isso era mesmo verdade?

E como Namjoon teve a coragem de dizer que era por ele?

Como poderia ser, se doía tanto?

E ainda, como podiam dizer que era uma boa pessoa, se ninguém o amava a ponto de ficar ao lado dele?

Ao mesmo tempo, imaginava o que fez de tão grave a ponto de ser deixado de lado dessa maneira, de não ser profundamente amado.

No entanto, seus pensamentos voltaram para tudo o que vinha acontecendo nos últimos meses. As conversas com o advogado, as brigas, o afastamento — que não era constante, mas existia —, o choro recorrente de Seokjin...

Innocence | VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora