Innocence | Vhope

73. Casulo hoje, borboleta amanhã

Quase não conseguia postar hoje ><
Leiam com calma.
Não se esqueçam que a fic tá terminando (dessa vez de verdade), então nada de me ameaçar kkkkkk
Prometo que o final será feliz.

Tenham em mente essa citação:

"Todo sopro que apaga uma chama, reacende o que for pra ficar..."
(O Teatro Mágico - Ana e o Mar)

═════════ ❃ ═════════

Os olhos de Taehyung se abriram amplamente em surpresa e agonia, e comoveu-se no íntimo de seu ser, logo sendo atingido por um arrepio gélido, que o deixou apavorado.

Ver Hoseok de joelhos, com as bochechas bastante vermelhas e os olhos vertendo lágrimas abundantes sem pausas, lhe pedindo para não deixá-lo, era justamente o que mais temia, como se fosse um sacrilégio causar isso. A pior imagem que poderia ver.

Não que tivesse sequer imaginado algo assim antes.

Que ambos chorariam, era quase um fato, mas aquilo... Aquilo era doloroso demais.

Estar de joelhos diante de alguém é um ato de humildade e devoção que não se faz para qualquer um.

No entanto, Taehyung não sentia prazer nenhum com isso. Não sentia orgulho de si mesmo ou qualquer coisa positiva. Sabia que aquilo não estava certo.

Tudo o que sentia era dor, vontade de acabar com o sofrimento do outro e medo de tê-lo perdido de novo por quebrá-lo dessa maneira.

E o pior foi que não tinha essa intenção. Sabia desde o começo que a ideia iria magoá-lo, porém não contou com a imaginação tão fértil e raciocínio rápido do Jung. Esperava que ele fosse ouvir tudo, antes de tirar qualquer conclusão.

Incapaz de suportar vê-lo assim, Tae caiu de joelhos também, abraçando Hoseok com tanto amor, que depois temeu machucá-lo pela força utilizada para demonstrar.

Todavia, o ruivo não conseguia pensar ou sentir incômodo, apenas chorar, ao mesmo tempo em que implorava.

- Não me deixe, Tae! - Repetia sem pausas. - Eu te amo. Por favor, não faça isso comigo. Eu te amo tanto...

O coração de Taehyung se esticava, queimava, apertava, virava um caco. Mil cacos. Um milhão de espinhos.

E sangrava. A cada nuance de mágoa na voz do amado, sangrava.

- Não diz isso, Hobi... - Tentava dizer, mas Hoseok não deixava.

- Eu imploro! Não me deixe sozinho. Eu faço o que você quiser... Só não me deixe. Por favor, você não, Taetae...

- Para! Por favor, para com isso. Eu não quero isso! - Tentava falar outra vez, aos prantos também, mas não sabia explicar de maneira assertiva.

O nervosismo fazia um trabalho perfeito em tirá-lo do eixo. E quanto mais Hoseok chorava, mais esgotado Taehyung ficava.

- Então não faz! Você não precisa me deixar! Por que quer me deixar, Tae?! - O ruivo chorava tanto, que a garganta doía e o corpo sacudia entre os braços do maior. O medo tomava uma proporção absurda. - Você não me ama mais? É isso?! Você gosta de outra pessoa? Enjoou de mim, Tae? É isso?!

Nem o abraço do amado estava resolvendo o seu descontrole.

Por pouco não começou a falar de si mesmo em terceira pessoa.

Sentia-se tão desprotegido! Tão abandonado!

- Eu amo sim! Não estou deixando, Hobi. Não. Não tô deixando você, amor. Por favor, não chore assim...