67. Perdas e passos

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Tenho dois capítulos prontos e um na metade, pra compensar pelo tempo sem postar.

Já vamos de 15k palavras :D então boa leitura!

Não esqueçam de votar ;)

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—... Fico pensando que se eu pendurar na sala lá de casa, vão achar que sou narcisista, hyung! — Hoseok falava e gesticulava como se não tivessem acabado de sair de um assunto um tanto dramático.

— Eu não acho, mas também, se não estiver com você, não faz nem sentido eu ter feito... — Tae maneou a cabeça, tentando imaginar uma alternativa. — Coloca no quarto! Todo mundo tem fotos de si mesmo espalhadas pela casa. Isso não quer dizer nada, meu solzinho lindo. — Ele disse, morrendo de vontade de beijar o outro por todo aquele rostinho só pra fazê-lo esquecer as dúvidas.

Eles tinham conversado sobre Taehyung voltar a ver Ji-Yeo, sobre a reação de Seokjin ao saber disso e já estavam falando sobre o quadro que o mais velho pintou com o rosto do amado.

Depois de assegurar que o apoiaria na decisão de rever a mulher e pedir apenas que ele não fosse sozinho nessas visitas, Hoseok agiu como se não fosse nada tão ruim. Nada demais.

Certamente a escolha bem pensada e até remoída por Tae, mas ainda dúbia, só teria um impacto forte em Jin, uma vez que o homem sempre lutou para manter uma distância segura entre o filho e Jang Ji-Yeo.

— É, no quarto até que é mais aceitável, — O sorriso empolgado do ruivinho não sumia, ainda que a timidez pelo apelido o fizesse sentir o rosto mais quente. — apesar de que minha decoração pode não ser tão legal a ponto de combinar com ele... — Soltou uma risadinha acanhada e até esfregou o olho como quem tenta se esconder um pouco. — Nem acredito que fez isso pra mim, hyung. Acho que é o presente mais lindo que já ganhei na vida! Sério...

— Você merece muito mais, meu solzinho. — Tae repetiu o apelido só pelo gosto de vê-lo corar e acariciava a mão dele sobre a mesa da lanchonete, enquanto Hoseok involuntariamente, porém discreto, avaliava o entorno, imaginando se ninguém os observava. — E acho que se não fosse por você, eu nem teria notado que pinto tão bem! Ou talvez seja porque você é tão bonito, que até uma pintura mediana fica perfeita. — Com o rosto escorado na outra mão, ele batia o indicador na bochecha e olhava o nada como quem enfrenta um dilema enorme, mas acabou apenas sorrindo ao dizer: — Acho que a segunda opção é mais realista.

Tão tímido quanto seria possível, Jung fez de tudo pra mudar de assunto, pois se negasse, Taehyung insistiria em elogiá-lo. Então resolveu falar de algo que ia comentar mais cedo, porém tinha se distraído e acabou esquecendo.

— Que legal que agora temos até apelidos fofos, . E eu posso te chamar de Taetae o tempo todo! Parecemos aqueles casais de dorama...

A citação da palavra "casal" era algo que deixava Taehyung confuso, com uma sensação estranha. Se sentiu da mesma maneira quando Jin o mandou levar o "namorado" pra procurar um boné inexistente.

Eles não namoravam.

Talvez até fossem um casal, mas não eram namorados. Ainda.

Não que isso fizesse muito sentido.

— Verdade. E eu até consigo imaginar vários apelidos fofos pra te chamar, mas vamos deixar a parte dramática dos doramas pra lá porque já tivemos muitas cenas disso, ok? — Sua voz veio embalada por um riso gracioso. — Agora eu quero só a parte em que os mocinhos finalmente se entendem, se beijam em lugares bonitos e são muito, muito felizes.

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