20. Cítrico ll

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NOTA:
Venham com a mente aberta. Esse é um lemon diferente.
Inclusive, nunca fiz um tão grande! Estou cho-ca-da!

Boa leitura!

🐯
Kim Taehyung


Quando entramos em meu quarto, as luzes ainda estavam apagadas, visto que eu havia descido antes para ligar a TV e ver algo aleatório para matar o tédio.

É claro que não vou mentir e dizer que não estive frustrado com o passar da tarde sem sinal do Hope.

Fiquei por horas esperando como nunca esperei antes. Meu coração não acelerou e eu não suava de ansiedade, mas minha mente ficou quase que focada nisso. Do meu próprio jeito, é claro.

Bilhões de pensamentos se passaram, mas a cada um ou dois, eu imaginava se ele realmente viria.

Durante esse tempo, esteve mais fácil resolver o cubo mágico, então soube que minha mente estava trabalhando várias vezes mais rápido. Tanto que consegui ter diversas ideias boas para minha vida escolar e mesmo assim, nenhuma explicação para que ele me evitasse.

Mesmo depois do convite que lhe fiz antes do jogo, vi Hope fugir de mim após a aula e aquilo não era normal.

Por que pareceu ter ciúmes antes, se depois ia sair correndo daquele jeito?

J-Hope era um vai e vem, uma incógnita, planeta desconhecido, cubo insolúvel.

E mistérios sempre me atraíram.

Me atraiu ainda mais finalmente tê-lo ali naquele instante, no meu espaço, em meu quarto, que é como meu território selvagem.

Desde o começo me sinto sim como uma fera, tendo ele como minha presa. E meu território agora também tem o cheiro dele, assim como o meu, misturados de forma harmônica e determinando que ninguém mais pode se aproximar.

Talvez pareça que estou romantizando, mas não há mesmo sentimento — é uma garantia. Minhas descrições falam de tudo o que sinto no corpo, nas nossas energias e talvez no meu cérebro, se isso for possível.

De qualquer maneira, também não quis racionalizar e apenas segui meus instintos ao levá-lo escadaria acima. Só que Hope não deixava de me pegar de surpresa, então quando o deitei em minha cama, após acender as luzes e trancar a porta atrás de nós, ouvi uma pergunta engraçada:

— Hyung, não vamos cair se... Fizermos aqui?

E é claro que entendi o que quis dizer, no entanto sua reticência em falar as palavras “sexo” e “transar” era bastante interessante.

O observei por um momento, apenas para ter certeza de que não estava brincando. Ao notar que era mesmo sério, me certifiquei de lhe mostrar um sorriso reconfortante, que não fosse de quem estava achando graça. Ele podia achar que se tratava de deboche pela sua insegurança e inocência, quando na verdade não era, por isso quis evitar o mal-entendido.

— Você gostaria de algo mais seguro? — Perguntei, mas já notava a resposta em sua clara expressão hesitante, olhando para os lados de minha cama de solteiro.

Hope era aquela dualidade exuberante do transparente e do nebuloso. Me deixava fascinado.

— Uhum... Acho que sim... — Foi sua resposta tímida e incerta.

— Espera aqui. — Então tentei me afastar para resolver o problema, mas ele segurou em meu pulso. — O que foi? — Me voltei para ele sem saber o que mais queria, mas então outro estrondo lá fora me fez entender rapidamente que o ruivinho estava com medo de que eu o deixasse sozinho no quarto, quando o mundo lá fora parecia cair e os trovões não davam trégua.

Innocence | VhopeOnde histórias criam vida. Descubra agora