Prólogo

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*Deem play na música*

Uma fortuna baseada em propinas e sujeiras jogadas embaixo do tapete, um mundo onde você vale o que tem, é nessa vida em que me encaixo, é nessa vida em que eu vivo.
Me chamo Judith Evans, ou melhor, Senhorita Evans, sou presidente e dona de uma das empresas mais inovadoras e ricas do país.
Desde a morte do meu pai adotivo tenho controlado esse poderoso império sozinha, digamos que eu tenha sido preparada para esse dia, e sinceramente, farei o que for preciso para não falhar.

-Senhorita Evans, estamos com problemas.-Patrick diz adentrando o meu escritório.

-Saia.

-Senhorita, é importante...

-Está com algum problema de audição?-pergunto com o cenho franzido.

-Fomos roubados!-o olho incrédula.-As margens de lucro estão sendo calculadas de forma fraudulenta pelo nosso contador.

-E você deixou que isso acontecesse?-sinto o ódio me corroer.

-Os números estavam muito bem disfarçados e...

-Cale a boca, apenas diga o necessário, quanto foi desviado?

-Aproximadamente 1 milhão de dólares.-sorrio arqueando a sobrancelha e a confusão em seu rosto se torna perceptível.

-É muito dinheiro, hum? Eu poderia descontar cada centavo do seu salário, pelo resto dos seus dias.

-Eu farei o que for possível, te dou minha palavra.

-Eu mesma cuido disso, você não tem servido de muita coisa ultimamente.-me aproximo e o vejo engolir seco.

-Então posso agendar uma reunião de urgência com o Sr. Camacho?

-Não será necessário, farei uma visitinha surpresa ao nosso querido Richard.-falo.-Agora suma da minha frente.

Admiro a coragem de quem ousou encostar no meu dinheiro, não deixarei barato, 1 milhão de dólares equivale a quase cinco meses de furto em baixo do meu nariz.
Mantenho alguns trâmites ilegais fora do país, mas estou tentando a todo custo desvincular a Evans Construction de toda essa bagunça.

-Bom dia Senhorita Evans.-o motorista me cumprimenta abrindo a porta do carro.

-Para a empresa dos Camacho, já.-entro batendo a porta e ajeito meu óculos escuro.

A simpatia não é o meu forte, cada ser humano possui o seu lugar no mundo, e espero que todos a minha volta entendam que o meu é no topo.

Em alguns minutos avisto o enorme prédio e seu letreiro faz meu estômago embrulhar, como um de meus colaboradores mais fiéis nunca imaginei que Richard permitiria tal ato vindo de seus funcionários.
A expressão de poucos amigos permanece até depois de adentrar o estabelecimento, a secretaria de Rich se levanta imediatamente ao notar que eu ao menos pediria permissão para passar.

-Senhorita Evans, o senhor Camacho está...

-Não me interessa.-sou curta em minhas palavras.-Vai me dar licença ou não?-ela se afasta de cabeça baixa e sigo até a sala de portas perfeitamente envernizadas.

Sem mais delongas empurro a porta, o encontrando aos beijos com uma de suas funcionárias. Richard se mantinha entre as pernas da mesma que estava sentada na mesa.

-Preciso pagar para ver isso ou...-começo e ele se vira rapidamente.

-Judith?-suas mãos começam a procurar os botões abertos de sua camisa.-Pode nos dar licença, Alicia?-a moça assente e passa por mim ajeitando a saia justa.

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