La Dama

Capitulo 21

Zabdiel

Sem precauções ou planejamento, tínhamos pressa, muita pressa. Em cima da grande mesa do meu escritório Hena se contorce de prazer enquanto a penetro com força. Entre mãos em seus seios e mordidas em meu pescoço, meu corpo procura saciar a falta de Natasha.

Com gemidos baixos e suores em nossos rostos chegamos ao clímax. Não hesito em olhar em seus olhos ganhando um sorriso em troca, procuro algo que torne esse momento especial mas não encontro, foi apenas sexo, frio e cru, sem amor ou qualquer outro tipo de sentimento que não fosse o desejo.

-Esse foi o meu presente de boas vindas?-ela questiona enquanto se levanta.

-Talvez, foi do seu agrado senhorita?-a puxo pela cintura nos deixando próximos.

-Digamos que eu precise de mais para ter certeza.-sorrio e assinto tocando os seus lábios.

Hena é linda e muito intensa, ao beija-la uma onda de nostalgia me leva a anos atrás, onde vivemos um romance adolescente. Éramos imaturos demais para dar certo, mas nunca tivemos ressentimentos.

-Zabdiel, filho?-arregalo os olhos ao reconhecer a voz da minha mãe e me afasto.-Por que a porta está trancada?

-Droga.-digo antes de começar a vestir minhas roupas rapidamente.-Só um minuto, mama!

-Os anos se passam e nada muda, continua sendo o filhinho da mamãe.-Hena ri fechando o zíper de sua saia.

Reviro os olhos ignorando totalmente o seu comentário. Checo minha roupa uma última vez e respiro fundo. A passos rápido vou até a porta e a abro dando de cara não só com a minha mãe, o que me fez desejar que Hena desaparecesse num passe de mágica.

-Entrem, por favor.

-Vejo que está com visita.-meu pai encara Hena totalmente descontente e logo me olha.

Durante a faculdade Hena costumava ser do tipo popular, festeira e irresponsável. Meus pais não apoiavam nossa relação por perceberem o peso de sua influência sobre mim, as notas caindo e as constantes farras estavam me levando a uma possível reprovação, por sorte não aconteceu.

-Ahn...sim, se lembram da Hena? Ela chegou recentemente e...

-Sim, me lembro.-mamãe me interrompe.-Como está Senhorita Camacho?

-Muito bem Senhora Noemi, é bom revê-los.

-Pode nos dar licença um minuto, menina?-ela assente pegando sua bolsa e sussurra um "até logo".

-Explique isso.-minha mãe exige se sentando.

-Explicar o que?

-É assim que comanda os negócios da família? Trazendo garotas para o seu escritório?-a voz alta de meu pai me fez sentir pequeno, um verdadeiro tolo.

-Nós só...

-Eu não quero saber o que vocês estavam fazendo, apenas quero que haja como um verdadeiro homem, e não como um moleque com os hormônios atiçados!

-Se acalme cariño, ele já entendeu.-mamãe diz amena e agradeço que ela esteja aqui.

-Não vai voltar a acontecer.-falo abaixando a cabeça.

-Viemos falar sobre um assunto delicado, filho.-sua voz doce me fez sentir mais calmo.-A mãe de Natasha nos procurou essa manhã.

Ao ouvir o nome de Nath minhas pernas bambearam, senti as vistas escurecerem e o coração apertar. Ela me envenenou com a mentira e com o falso amor, agora sinto as sequelas de tudo isso.