Obsession - Chris Evans

16 | dream

Emma

Eu não sabia o que iria acontecer depois dessa noite... eu não me importava mais com o que me trouxe a Los Angeles. Eu estava vivendo um sonho. É... essa era a palavra. Sonho. Aquele homem na minha frente disse que me ama. E mais do que isso... eu podia ver em seus olhos o quanto era verdadeiro.

Depois daquele momento incrível na área da piscina enquanto admiravamos a vista de LA - eu admirei tão pouco pois não conseguia prestar atenção em mais nada além do homem que estava na minha frente - nós entramos na casa e nos juntamos aos outros na sala. Foi uma noite agradável, eu me sentia em casa, a família de Chris fez com que eu me sentisse em casa e aquilo foi tão importante pra mim.

Já era tarde, as crianças já tinham ido dormir, a Lisa já havia ido para o quarto. Só restava Chris, Scott, Shanna, Carly, Zac e eu. Estávamos conversando e tomando algumas cervejas.

Chris insistiu pra que eu dormisse em sua casa argumentando que estava muito tarde pra que eu voltasse sozinha. Eu aceitei dizendo que teria que sair muito cedo pois tinha que me arrumar e ir para o trabalho.

Quando passava pouco mais de meia noite todos resolveram dormir. Restou apenas Chris e eu na sala.

— Me conta mais sobre a sua família... — Chris pediu enquanto virava a garrafa de cerveja na boca.

— O que quer saber? — eu perguntei

— Como foi sua infância... como seus pais reagiram quando você decidiu vir pra LA... sua relação com eles, com seus irmãos...

— Bom... eu nasci em Fairbanks no Alasca. Meus pais sempre quiseram ter uma livraria... e eles pensavam grande. Por isso nos mudamos pra Nova York... eu não me lembro de quase nada do Alasca. Nunca voltamos lá... minha mãe não tem um bom relacionamento com sua família de lá... e o meu pai é da Alemanha. Enfim... — tomei um gole da cerveja e percebi que Chris me escutava atentamente. — eu tive uma infância boa. Sempre gostei de livros e esse era o meu passatempo preferido... mas não pense que eu fazia apenas isso... Não... eu adorava correr nas ruas de Staten Island. Quando eu tinha 7 anos nós fomos pra Manhattan e lá eles conseguiram construir a livraria. Eu adorava ler, andar de bicicleta no Central Park com os meus irmãos. Essas coisas... O Henry, meu irmão, sempre foi do tipo protetor, não deixava nenhum garoto chegar perto de mim no ensino médio. — eu ri me lembrando do meu irmão mais velho. — E Amelia protegia nós dois... já que ela é a mais velha. E quando Henry ou eu fazíamos alguma besteira ela assumia a culpa pra que nossos pais não brigassem com seus irmãozinhos. Mas Henry se tornou um puta de um irresponsável... ele nunca quis ajudar na livraria, só queria o dinheiro que ela nos dava. Amelia conheceu um cara e foi morar na Espanha... e bem... sobrou pra mim. Eu não reclamo, sério. Adorava aquele lugar. Mas eu me sentia presa ali. Definitivamente não era onde eu queria passar longos anos da minha vida. Foi aí que surgiu a ideia de me mudar... eu tinha acabado de me formar e então chamei meus pais pra uma conversa séria. Não pedi dinheiro à eles pois tinha minhas economias, mesmo assim eles quiseram me ajudar mesmo detestando a ideia de ficar longe de mim. Não contei pra Amelia sobre a minha vinda pra LA... Henry disse que eu estava fugindo do trabalho como se ele tivesse passado sua vida cuidando da livraria. Enfim... eles tiveram que aceitar. — depois de falar eu tomei um longo gole da cerveja esvaziando a garrafa.

— Aparentemente não será fácil conhecer seu irmão. — Chris riu.

— Bom... ele adora o Capitão América então...

— Opa... ponto pra mim.

Nós rimos.

— E como surgiu o interesse em dar aulas para crianças?