Obsession - Chris Evans

40 | be strong and brave

Chris

Eu dirigia desesperado pelas ruas de Los Angeles. O telefonema da Melanie me fez ficar louco. Eu não pensei duas vezes antes de mudar de caminho e ir direto pro apartamento. Torci pra não ser o Marco. Mas Melanie foi clara... era a voz dele. E Emma pediu ajuda.

Pedi pra Melanie mandar a polícia pra casa da Emma. E eu ultrapassava todos os sinais vermelhos pela minha frente, eu só queria chegar o quanto antes. Estava com medo.

Parei o carro bruscamente na frente do prédio e entrei ali correndo.

— Senhor Evans, tudo bem? — ouvi o senhor Ray falar enquanto eu corria direto para as escadas.

— A Emma tá em perigo! A polícia está vindo, mande eles subirem imediatamente! — gritei enquanto subia as escadas.

Eu fui o mais rápido que pude. Não estava pensando em nada além de torcer pra Emma estar bem. Quando cheguei na porta do apartamento eu a abri com força.

A primeira visão que tive foi a Emma no chão, desacordada. E vi Marco sentado ao lado dela. E a minha primeira reação foi ir em direção à ele e o puxar pela camisa. Desferi diversos socos em seu rosto. Eu estava descontrolado. Eu queria matá-lo. Só assim nós teríamos paz.

Senti alguém me puxando com força, me afastando do Marco que agora estava no chão com o rosto ensanguentado. Era um policial.

— Calma! — o homem dizia.

— EU VOU MATAR ELE! — tentei me soltar mas agora dois homens me seguravam. E então eu pensei em Emma. Ela ainda estava desacordada. — Emma. — falei baixinho. Os policiais me soltaram e eu caminhei até ela. — Ei... eu tô aqui. — percebi que ela respirava.

Toquei seu rosto.

— Emma. Acorda... fala comigo por favor. — ela abriu os olhos lentamente. Tentou se mover, assustada. — Sou eu, Chris. Estou aqui.

— O Marco. — ela disse agora chorando.

— Eu cuidei disso. — falei. — O que você está sentindo?

— Dor. Está doendo muito... — ela soluçava.

— Onde?

— Minha barriga. Estou com medo...

— Vai ficar tudo bem.

A peguei no colo e caminhei rapidamente pra fora do apartamento.

— Prendam este homem! — gritei para os policiais. — Minha mulher tem uma ordem restritiva contra ele!

Emma segurava em meu pescoço e chorava baixinho. Entramos no elevador.

— Desculpa... a culpa é minha. — ela dizia.

— Não é culpa sua. — falei.

Chegamos ao térreo. Pedi para o porteiro me ajudar a abrir a porta do carro. Mas Scott chegou ali no mesmo momento. Eu dei graças à Deus porque não achava que teria condições de dirigir. Entrei com Emma no banco de trás do carro dele.

— A Melanie me ligou. Meu Deus, o que aconteceu? — meu irmão perguntou.

— O Marco. — falei simplesmente.

A Emma chorava ainda.

Scott dirigiu o mais rápido que pôde. Chegamos ao hospital, Scott saiu do carro rapidamente indo buscar ajuda, pouco depois ele apareceu com alguns enfermeiros e uma maca. Levamos Emma até uma sala dentro do hospital. Scott teve que ficar na sala de espera.

— Temos que ligar pro Dr. Foster. — falei ao me lembrar do obstetra.

— Dr. Foster? Ele está aí. — um enfermeiro disse.