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Madu

Nervosismo.

É tudo o que eu estou sentindo, puta que me pariu, eu estou prestes a assinar a porra de um contrato, onde eu vou namorar com outra pessoa que nem fede e nem cheira pra mim.

ONDE EU ENFIEI MINHA CABEÇA ?

Ai meu cu, ai meu cu o meu deus, me ajuda.

- Vem Duds. -segurou minha mão e entrou na sala do pai-

- Olá, boa tarde -levantou e pegou minha mão- Maria Eduarda não é isso ?

- É sim, boa tarde senhor.

- Pode me chamar de Eduardo, oi Bruno, sentem- se por favor.

Ele voltou a sentar em seu lugar eu estou suando gelado, toda minha ressaca sumiu assim que pisei nesse lugar.

- Eae pai, tá com os papéis ai ?

- Claro, me fala um pouco sobre você Madu, como conheceu o Bruno ? tudo bem te chamar de Madu ?

- Pode chamar sim, eu conheci o Bruno, através do Kauã Barreto e da minha melhor amiga Amanda.

- A, entendi tudo, você é a melhor amiga da Amanda ?

- Sim senhor.

- Não me chamar de senhor, é muito formal e eu nem sou tão velho.

- Pai tem como pular pro contrato, eu tenho compromisso pai.

- Madu, você vai ler o contrato ver se concordar com os termos, assinar e ai, vocês se assumem, já começaram de antes a dar pistas ?

- Sim, a gente postou algumas coisas que dão a entender que estamos ficando. -respondi com o cu na mão-

- Ótimo. -me olhou sorrindo-

Ele me entregou o contrato, e eu comecei a ler, atentamente cada parte.

Achei justo tudo que tinha ali eu estava nervosa, imagina quando a bomba estourar, Bruno percebeu meu nervosismo e segurou minha mão, tentando me passar tranquilidade e aquilo de alguma forma me ajudou, seu toque me ajuda e isso me dá medo.

- Me dá uma caneta por favor.

- Toma. -Bruno me entregou-

Coloquei o papel sobre a mesa e assinei.

Já era.

Agora eu estou oficialmente namorando.

- Fico feliz com sua decisão Madu, vocês tem um evento beneficiário daqui uns dias, vocês precisam de roupas compostas, vai ser um leilão de artes, com pinturas e etc, o dinheiro arrecadado vai para o hospital do câncer em Salvador.

- Ok, entendemos.

- Okay pai, a gente pode ir ?

- Claro Bruno, sempre apressado garoto meu Deus.

Ele riu de leve, e Bruno sorriu, eu dei um leve sorriso de lado.

- Nós vemos novamente norinha -me abraçou rápido- até mais filho.

- Tchau Eduardo, até a próxima.

- Tchau pai.

- Já podem começar daqui, essa gente é toda fofoqueira ja vai espalhar a notícia.

Assetimos, Bruno entrelaçou nossas mãos e saímos sorrindo do escritório, ok, isso está estranho pra um caralho, meu deus.

Beuno parou na porta do carro, que está estacionado, na frente da prefeitura de dentro você vê tudo aqui fora.

Ele me encostou no carro e colocou a mão na minha cintura e a outra no pescoço.

- Você dirige, amor. - sorriu de canto e me deu um beijo rápido

AAAAA MEU CU CARALHO, AJA CU PRA ESSA VIDA.

Sorri, olhei a chave em minhas mãos e olhei pra frente, povo de dentro tudo olhando, meu cu doeu de vergonha, desativei o alarme do carro, e entrei, Bruno entrou logo em seguida.

- Eu vou dirigir mesmo ou era teatro ?

- Você que dirige hoje, vamos pra casa da Amanda, ela já mandou mensagem que sua mãe está te querendo em casa, e você precisa pegar suas roupas lá.

- Ok vossa senhoria.

Eu odeio trânsito, puta merda.

Demorei um caralho pra chegar na casa da Amanda que com muita insistência veio dormir comigo, não estou pronta pra encarar minha mãe, não ainda e sozinha.

Bruno está no meu quarto, intimidade surgiu rápida pra caralho, ele deitou e foi jogar aquele jogo filha da puta do fogaréu gratis.

Eu estou na cozinha com Amanda, preparando a janta, hoje teremos, macarronada de panela de pressão.

Muito fácil e gostosa.

Depois de colocar no fogo, lavei os pratos, e Amanda ia secando e guardando enquanto a gente fofocava.

Amanda foi buscar o refrigerante no mercado e agora eu estou saindo do banho, a macarronada já estava pronta, ja havia colocado-a em uma travessa de vidro enrolada com papel filme e pra manter quente com papel alumínio por cima.

Entrei no meu quarto peguei uma roupa e fui me vestir no banheiro, botei uma calça moletom cinza, e uma camisa preta com o nome da Nirvana, essa camisa é tudo pra mim.

Voltei pro quarto, penteando meu cabelo, assim que terminei passei desodorante, a gente é linda e cheirosa, passei perfume, e logo Bruno me abraçou por trás, isso meio que me surpreende e me incomoda, afinal a gente não namora de verdade.

- Eu amo esse seu perfume.

Respirou fundo no meu pescoço sentindo meu cheiro, minhas pernas ficaram até fracas.

- Que bom, você me deve um dele.

- Me passa o nome e a loja, amanhã eu compro.

- Que lindo bancando o responsável, agora vaza, não te dei essas intimidade.

- Somos namorados Maduzinha. - enfatizou a palavra "namorados"-

- Pra pessoas sim, pra gente você sabe bem que não.

- Pra sua mãe a gente namora, só não pra meu pai, o advogado, Amanda e Kauã.

- E tu vai ter que ficar me agarrando o tempo todo ? não então shiu, daqui a pouco Amanda chega e fica pensando merda aí.

- Amanda saiu ?

- Foi comprar refrigerante.

- E que tal a gente treinar, a parte que a gente se pega, até por quê né, o evento está próximo, a gente precisa treinar ser um casal.

Ele virou lentamente meu corpo, ainda com as mãos em minha cintura foi subindo uma das até meu pescoço, porra pescoço é jogo sujo, ele me olhava no olhos com o sorrisinho de lado vagabundo.

Coloquei minhas mãos em seu pescoço e fiquei na ponta do pé, próximo ao seu ouvido sussurrei.

- Vai se foder.

Me afastei do mesmo, sorri falso e o empurrei pra fora do meu quarto, indo pra sala, sentamos no sofá mexendo no celular.

Logo Amanda chegou com minha mãe.

Ai meu cu.


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Contínua.

Espero que estejam gostando.

Bebam água e se alimentem.

Sai de casa não caralho.

Era pra ser um contrato... Onde histórias criam vida. Descubra agora