Maratona 1/3
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MaduAcordei sentindo meu corpo pesado, uma dor de cabeça infernal, eu estava abraçada ao Bruno e ele dormia tranquilamente.
Respirei bem fundo, procurando força pra começar esse dia!
Levantei devagar pra não acordar o neném, que não tem nada de neném, mas essa parte nem eu, nem a Globo mostra, peguei meu celular mandando mensagem de boa dia pra Amanda e fui me rastejando até o banheiro!
Tomei um banho quente, vesti uma calça jeans preta de cós alto, um top faixa branco, roubei uma camisa de botão florida do Bruno, e um sapato branco, só faltei miar aqui de tão gata que eu estou, passei um corretivo, um urso panda está perdendo para as minhas olheiras, passei a base, rímel e gloss, penteei o cabelo, passei perfume e desodorante, pronta.
Sentei na cama de volta pra acordar o Bruno.
— Bruno hora de acordar, vamos levanta!
– Espera ai, só um pouquinho a mais.
— Você precisa trabalhar Bruno!
– Peguei folga hoje pra ir com você na sua mãe!
Ele espreguiçou o corpo e levantou, me deu um beijo na testa e foi pro banheiro, desci pra fazer o café.
°•Quebra de tempo•°
A gente já tinha tomado café, e agora Bruno estava indo me levar na minha casa, preciso conversar com minha mãe, talvez o que a gente tenha seja só falta de conversar, ela nunca conversou muito comigo, nunca fez o papel de mãe que conversa, ensina as coisas de mulheres, sempre aprendi sobre tudo sozinha, passei por tudo sozinha.
Bruno estava estranho, desde hoje de manhã, e eu não sei se pergunto o que ele tem ou não, posso estar invadindo muito o momento dele, e eu respeito o espaço dele!
— Bruno por que você está estranho desde quando acordou ?
– Eu te fiz alguma coisa ? Ou falei algo errado ?
— Não, por quê?
– Você tá me chamando pelo nome desde que acordou!
O meu deus do céu, só me resta rir. Me acabei de dar risada!
– Já acabou a crise de riso ?
Respirei fundo pra me recuperar cem por cento.
— Amor, não é por que eu te chamei pelo nome que você fez merda, entendeu ?
– Não gosto quando você me chama de Bruno!
— Tá bom meu príncipe, só te chamo pelo nome quando tiver puta.
– Acho bom, eu esqueci de te avisar a gente tem uma festa, nesse fim de semana, estou comprando uma parte da empresa do meu tio, a loja que eu trabalho, preciso de você lá comigo!
Ai meu Deus!
— Como assim ? Por quê não me disse antes ? Meu Deus amor, parabéns!
– Eu queria ter certeza que ia dar certo antes de te contar, obrigada minha princesa!
— Eu tô muito feliz por você, que tudo dê certo amor!
– Obrigada meu bem, fico muito feliz com seu apoio!
Chegamos na minha casa, e eu desci acompanhada de Bruno.
— Amor, eu vou conversar com ela na sala e você vai pro meu quarto, ok ?
– Vai conversar com ela sozinha ?
— Amor ela não nem um monstro, ou uma assassina!
Ele suspirou e assentiu, abri a porta e minha mãe estava sentada na sala mechendo em algo no seu computador, seu olhar mortal a mim foi digamos que, intimidador.
– Resolveu dar as caras Maria Eduarda ?
— Oi mãe!
– Eu te deixo passar um fim de semana lá na casa desse aí e tu praticamente vai morar lá ? O que eu te falei da última vez ?
— Esse ai que você se refere tem nome, Bruno caso a senhora não saiba, e eu tinha autorização sua, eu te liguei pra pedir, você já se perguntou o por quê vim aqui nessa casa ? A é você nunca pensou em mim né ? Como você mesma disse, você me quer morta, e olha ai, eu sou a culpada de você está aqui não é ? Sabia que aborto evitaria ? Por que não me deixou com meu pai ?
Ela me olhava com fogo nos olhos, a qualquer momento ela vai pular em cima de mim, meu Deus o que eu fiz.
– POR QUE É SUA CULPA EU SER QUEM EU SOU HOJE, EU DESISTI DA MINHA VIDA PRA CUIDAR DE VOCÊ SUA DESGRAÇADA EU DEVERIA TER TE ABORTADO MESMO EVITARIA ESSE LIXO NO MUNDO E QUER SABER POR QUE EU NÃO TE DEI AO SEU PAI ? PRA FAZER DA SUA VIDA UM INFERNO COMO A MINHA VIDA FOI ENQUANTO VOCÊ ESTAVA NA MINHA BARRIGA, E POR QUE AQUELE DESGRAÇADO NÃO É A PORRA DO SEU PAI!
Eu senti como um buraco tivesse sido aberto dentro do meu peito, eu senti meu coração se quebrando, como assim ele não é meu pai ? Eu vivi todos esses anos da minha vida uma mentira ? Que culpa eu tenho se ela engravidou ? Eu não pedi pra ter nascido.
Bruno me abraçou por trás e eu consegui sentir seu corpo extremamente quente, vi seus olhos transbordando ódio, meu Deus me ajuda!
— Eu vou embora!
Segurei a mão do Bruno e fui ao cômodo que era meu quarto, peguei malas em no canto do quarto e comecei a colocar as minhas coisas dentro Bruno estava na porta do quarto em pé.
Já com o todas as minhas coisas nas malas, olhei tudo de novo, não quero esquecer nada aqui, não quero pisar meu pé nessa casa de novo, não que eu esteja sendo ingrata, ela me odeia quer fazer da minha vida um inferno, eu não posso continuar aqui!
Bruno levou minhas malas pro carro e eu levei as outra bolsa, ao passar pela sala ela puxou meu cabelo pra trás e meu deu tapa no rosto!
– Você é uma puta, uma vagabunda, eu tenho nojo de você, eu não quero que você pise seu pé na minha casa, eu te odeio!
Virei as costas de e sai de lá, eu não vou chorar na frente dela, é muita coisa pra um dia só, pra uma única manhã.
Assim que entrei no carro, eu chorei horrores, meu pai não é meu pai de verdade, minha mãe me odeia e eu não tenho mais ninguém!
Bruno saiu com o carro provavelmente pra casa dele, eu só conseguia chorar.
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Contínua.
Espero que estejam gostando.
Bebam água e se alimentem.
A maratona vem meu amores.
Beijo na rabaa.
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Era pra ser um contrato...
RomanceEra pra ser apenas um contrato. Maria Eduarda uma garota de 16 anos, problemas psicológicos, tipicos traumas de infância, problemas com a mãe, brigas e mais brigas, uma adolescência fodida. Bruno Rios de 18 anos, querendo porra nenhuma com a vida, f...