Era pra ser um contrato...

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Maratona 2/3
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Madu

Minhas malas estavam todas no quarto do Bruno, meu Deus e agora ? Eu não posso ficar aqui, era pra ser só um contrato e hoje estou perdida, sem casa, sem trabalho, sem ter pra onde ir, e sem a certeza se Bruno vai continuar comigo depois do fim do contrato!

Eu estava sentada  no meio da cama, perdida em tantos pensamentos, tantas coisas passavam em minha cabeça, e eu não posso chorar, continuar chorando não vai resolver minha vida, Bruno foi buscar a empregada daqui que estava de férias, as meninas estão na escola, e o Eduardo provavelmente em alguma reunião!

Levantei e fui pro banheiro, tirei a roupa, tomei banho, lavei meu cabelo com meu shampoo e condicionador de morango, amo de paixão esse cheiro, assim que sai fui pro closet do Bruno, escovei meu cabelo, deixando o mesmo solto, passei hidratante no corpo, me vesti com uma short jeans preto, uma camisa, calcei meu hall star de todos os momentos, passei desodorante e perfume, lip tint na boca pra dar uma cor, e pronto, estou ótima, peguei uma bolsa, coloquei umas roupas minhas, produtos de higiene e etc.

Desci e fiquei lá embaixo esperando o Bruno que logo entrou dando risada, com uma mulher branca, cabelos castanhos escuros, aparentava ter uns, 47 anos, e bonita.

– Madu, essa é a Helena, Lena essa é a Madu minha namorada!

— Você está namorando ? Meu Deus, tiro umas férias e tudo mudou jesus. Oi Madu pode me chamar de Lena.

Levantei e fui até a mesma, colocando meu melhor sorriso!

— Oi dona Lena, prazer conhecer a senhora.

– Que isso menina, sem formalidades. Eu vou arrumar as coisas que tenho certeza que tá tudo fora de ordem.

– Madu deu uma arrumada em umas coisas ai, não deixou bagunça!

Sorri pra ela que conversou mais um pouco e logo saiu pra arrumar as coisas dela, e eu conversar com o Bruno!

Ele subiu pro quarto e foi mexer em uns papéis em cima da sua mesa.

— Amor, eu vou pra Juazeiro conversar com meu pai!

Ele virou devagar pra mim, e me analisou por um tempo.

– Sabia que você ia querer ir lá, temos três dias, saímos em 2 horas.

Olhei com o maior deboche que eu tenho em meu corpo.

— A gente ?

– Não vou te deixar sozinha meu bem.

Assenti ainda processando essa informação.

             °• Quebra de tempo•°

Conversei com Amanda e Vitória sobre, Mandi vai contar a Kauã, eu estou quase chegando em Juazeiro!

Eu agora estava dirigindo enquanto Bruno tirava um cochilo.

Uma hora depois...

Acabamos de chegar na casa do meu pai, e tem luzes acesas, ele está em casa, amém irmãos!

Eu vim sem avisar, foi uma puta sorte achar ele em casa.

Acordei Bruno e desci do carro, pegando as bolsas no banco de trás, Bruno pegou as bolsas de meu braço, ativei o alarme do carro, e toquei o interfone da casa.

– Quem é?
—Sou eu pai.
– Madu ?
— Isso.

O portão foi aberto e logo ele apareceu na sala, fui até ele e o abracei, eu só quero saber da verdade, e saber o por quê de me esconderem isso, ele me criou, sempre me tratou como filha, e ele não vai deixar de ser meu pai, independente de qualquer coisa!