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Quatro meses depois...
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Madu

Hoje finalmente férias!

Sai da escola com Amanda toda boba com meu boletim em mãos, passei direto com ótimas notas, a menor delas foi 7,8.

– Onde você vai agora ?

— Acho que na loja do Bruno, quero mostrar meu boletim a ele, e você ?

– Pra casa, combinei com minha mãe de ver umas coisas pra nossa viajem.

— Vamo sair a noite ?

– Pode ser -sorriu- Que lugar?

— Não sei, onde tu acha melhor ?

Entramos no Uber e ele deixaria Amanda primeiro.

– Vai chamar mais alguém ?

— Sem os meninos, acho que Vic vai está na casa de um dos macho dela, finalmente ela parou de sofrer por mulher e por homem vejo com ela em casa e te aviso.

– Graças a Deus, ninguém merece sofrer por ninguém.

— Tem razão amiga, jamais vou sofrer por homem, anote!

– De lápis porque vai que né.

— Vadia.

– Também te amo!

— Te amo puta, te vejo mais tarde.

Ela desceu e o Uber seguiu pra loja do Bruno, a gente está bem muito bem aliás, contrato acabou!

Achei que depois dele ele terminaria comigo, mas foi o contrário, seu Eduardo foi reeleito novamente, tempo de política é só festa na cidade, amo que amo.

Paguei o moço do Uber e fui entrando no shopping, tô muito animada pra contar ao Bruno, terceirão me aguarda!

Entrei na loja e o cara que fica no balcão me olhou sorrindo, gosto de pessoas simpáticas assim mesmo.

– Bom dia, no que posso ajudar a senhorita ?

— Bom dia, eu vim falar com o Bruno sou a namorada dele, Maria Eduarda.

– A sim claro, ele já falou sobre a senhorita, pode entrar ali -apontou pra porta branca- é onde ele fica.

— Ok, obrigada!

– De nada.

Andei até a porta, respirei fundo antes de entrar sentindo uma leve dor de cabeça chegando e entrei.

A cena a minha frente foi como um tiro no meu peito, tudo, tudo que a gente não queria era traição!

– Madu ? Madu eu posso explicar!

Eu via as coisas em câmera lenta, meu ar sumiu, meu olhos encheram de lágrimas. Eu finalmente consegui respirar e foi um tapa na cara onde as coisas voltaram ao normal.

Rapidamente dei as costas e sai pra fora da loja correndo.

Eu não merecia!

Peguei meu celular ainda com as mãos tremendo e chamei um Uber.
Bruno surgiu fora do shopping me procurando, andei rapidamente e me misturei entre as pessoas, onde ele não conseguiu me ver.

Assim que o Uber chegou eu entrei no mesmo e deixei que todas as lágrimas caíssem.

A cena do Bruno beijando aquela mulher, sem blusa somente com uma saia levantada e sutiã, me dá enjôo.

Eu fiz tudo pela gente, eu realmente achei que a gente daria certo junto!

A quanto tempo ele faz isso ? Quem é ela ? Eu não fui suficiente pra ele ? O que faltou em casa pra ele procurar na rua ?

Era pra ser um contrato... Onde histórias criam vida. Descubra agora