Sammy conseguiu, ele realmente conseguiu. Mal posso acreditar. Mas, em questão de segundos, fico sem saber se devo sentir alívio ou preocupação. Eu estava no mercado quando ele me mandou uma mensagem avisando que estava com Dean no bunker.
Abandonei as compras às pressas e dirigi o mais rápido que pude. Precisava ver com meus próprios olhos. Ainda estava fresco em minha memória o dia em que o vi morrer. Eu pensei que já havia sofrido o suficiente com a morte dos meus pais quando eu era criança. Mas, de certa forma, superei e segui em frente apesar da dor.
Quase três anos atrás, foi meu tio. E eu consegui seguir em frente com a ajuda dos irmãos e de Castiel. Mas ver Dean Winchester morrer foi devastador. Ninguém espera testemunhar a morte da pessoa por quem é apaixonada. Naquele dia, eu quebrei. Minha cota de perdas estava esgotada.
Metatron, aquele desgraçado, fugiu ileso. Castiel ficou possuído pela fúria e matou cada anjo que encontrou pelo caminho que tinha qualquer vínculo com Metatron, o maldito escriba de Deus. Eu não o julgo. Se tivesse poderes, faria o mesmo.
Sam ficou tão devastado quanto eu e acabou com o estoque de bebidas. Ele tentou invocar qualquer demônio para fazer um pacto, mas foi em vão. Ninguém apareceu. Ele se trancou no próprio quarto, e eu só conseguia ouvir, assustada e devastada, os barulhos de coisas se quebrando. Fiquei sentada no corredor em frente ao quarto dele, ouvindo-o chorar desesperadamente. Eu chorei também. Por ele, por mim, por Castiel e principalmente por Dean, o cara que mantém essa família disfuncional unida.
Outra recordação atravessa minha mente: o dia em que nos conhecemos. Era meu aniversário de 23 anos. Meu tio Rick prometeu que estaria lá, mas fazia uma semana que ele estava em uma caçada e dois dias que não mantinha contato.
Eu tinha um número de emergência para caso algo assim acontecesse: Sam e Dean Winchester, caçadores amigos do meu tio. Mas nunca tinha precisado usá-lo. Naquele dia, tive certeza de que precisava.
Quem atendeu foi Sam. Expliquei a ele o que tinha acontecido e as instruções que meu tio havia deixado caso ele sumisse. E eles vieram. Quase sete horas depois, estavam sentados no sofá da sala, enquanto eu explicava o que tinha acontecido. Eu não era uma caçadora. Era uma regra imposta pelo meu tio, que não me queria nessa vida. E eu nunca reclamei.
Fala sério, quem quer ficar arriscando a vida atrás de criaturas sobrenaturais? Bom, eu não queria. Eu estava bem com a minha vida quase normal, sendo criada por um caçador, fazendo faculdade de Artes Cênicas. Eu queria ser atriz. Mas não me entendam mal, meu tio me treinou para caso um dia eu precisasse entrar nessa vida. Eu não era inútil. E era isso que eu estava tentando explicar a eles quando estavam saindo para procurar meu tio. No entanto, fui completamente ignorada. Dean foi categórico em não permitir que eu o acompanhasse. Ele havia feito uma promessa ao meu tio anos atrás, pelo que parecia. Eu deveria ficar de fora caso algo acontecesse. E eu esperei, com o coração apertado, que eles voltassem.
Mas o problema foi que eles voltaram com meu tio morto. A criatura que ele estava caçando o matou. Foi nesse dia que eu decretei que odeio meu aniversário. Por ironia do destino, meus pais morreram nesse dia, e agora meu tio. Dia de merda.
Fizemos um funeral de caçador. Eu mal conseguia respirar de tanto chorar. Sam tentou me consolar como pôde, mas não havia palavras. Depois disso, tivemos uma pequena discussão.
Aparentemente, Dean havia feito outra promessa ao meu tio: me proteger. A criatura que matou meu tio viria atrás de mim, pelo que parecia, e ele não conseguiria me proteger morando a sete horas de distância. Perdi a discussão. Larguei a faculdade e minha vida quase normal. Fui morar no bunker com eles.
Dirigindo a toda velocidade, desesperada para chegar ao bunker, as lembranças se misturam em minha mente. As lágrimas param, e eu já não consigo chorar mais.
Estava parada, olhando fixamente para a porta de Sam. O corpo de Dean ainda está no quarto, mas quando tenho coragem de entrar, não há nada. Não há corpo. Dean desapareceu. Porém, encontro um bilhete, escrito em uma letra que reconheceria em qualquer lugar.
"Dean Winchester se foi e não vai voltar."
Depois disso, tudo ficou confuso. Os dias se arrastavam. Sam parou de caçar e começou a procurar pistas de que Dean pudesse estar vivo.
Há três dias, ele encontrou notícias em um jornal local. Um maníaco massacrou cinco homens em uma loja de conveniência em um posto de gasolina.
Era Dean, mas não era ele mesmo. Ele tinha olhos pretos. Um demônio maldito o havia possuído, pelo menos era o que pensávamos. Mas a verdade era outra.
Descobrimos que ele havia se tornado um demônio por causa da Marca de Caim. E os homens que ele matou? Também eram demônios. Como descobrimos? Crowley. O trapaceiro, o rei do inferno, que está sempre nos ferrando de alguma forma.
A Marca de Caim em Dean era uma das coisas pelas quais ele era responsável. Crowley ofereceu ajuda a Sam para pegar Dean, alegando que ele daquele jeito era ruim para os negócios. Fala sério, quem se importa com os negócios do rei do inferno? Eu não. O importante agora é que estamos com Dean, e ele vai voltar a ser humano, custe o que custar.
Quando adentrei o bunker, chamei imediatamente por Sam enquanto descia a escada. Uma ansiedade misturada a uma pequena centelha de animação tomavam conta de mim, mesmo depois de tanto tempo vivendo em um estado deplorável. - Sam... Sammy. _ gritei, estranhando o silêncio que me recebia. O som de algo se movendo na cozinha despertou minha pressa, e me encaminhei para lá, meu coração falhando uma batida ao presenciar a cena diante de meus olhos.
Sam estava jogado no chão, envolto em uma poça de sangue, um ferimento recente no abdômen. Assustada, corri em sua direção. - Meu Deus..._ sussurrei alto, ofegante e trêmula, sem saber o que fazer. Ajoelhei-me ao seu lado, e peguei algumas toalhas de louça dobradas no balcão mais próximo, tentando desesperadamente estancar o sangue. Gemendo de dor, ele pronunciou com a voz entrecortada, entre um ofegar e outro.- Dean... Foi o Dean. Ele se soltou. - Um desespero avassalador tomou conta de mim, e a única coisa que me restou foi orar por Castiel. Um chute na porta de um dos quartos fez-me dar um pulo assustada, o ar escapando de meus pulmões. Ele sabia que eu estava aqui? Esse pensamento perturbador ecoava em minha mente. Sam segurou minha mão com firmeza e puxou o pano que eu havia colocado sobre sua ferida, chamando minha atenção para si, e disse: - Cuidado, Helena... Acho que. .. que ele te ouviu chegar. Fuja... ele está descontrolado.
Com medo, acenei com a cabeça duas vezes, concordando com suas palavras, engolindo em seco enquanto buscava coragem. Peguei a faca coberta de sangue que estava ao lado de Sam, minhas mãos trêmulas, e ergui-me lentamente, caminhando em direção ao corredor. Não poderia simplesmente fugir, era óbvio. Jamais deixaria Sam para trás. Tudo o que eu precisava fazer era ganhar tempo até Castiel chegar. E ele viria. Eu tinha fé.
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È isso gente primeiro capítulo da minha primeira história 🤩🥰 Obrigado pelos incentivos.
Essa fic è dedicada ao meu marido que incentiva todas essas loucuras 🥰😘 Te amo.
Foi por causa desse vídeo que decidi fazer a fic. 💙💙💙

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Supernatural / Epic Love
Fanfic# 2 friendship # 1 sammy # 2 amaldiçoados # 2 tvduniverse Fanon: Dean e Helena Imagino que tudo o que uma garota quer da vida são aventuras, mistérios e até um pouco de perigo e então... Um amor verdadeiramente épico. Eu tenho tudo iss...