A Estrada

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Depois de abrir os olhos, via apavorado, pequenos focos de chamas tomarem conta do seu veículo. Seu amigo Anthony, estava com os olhos arregalados e sem vida, encharcado de sangue com um pedaço de metal atravessado em seu corpo. Wilson sentia uma forte dor em seu ombro e também em sua perna direita que estava presa. Tentava se soltar desesperadamente antes que o carro explodisse. Olhava pela estrada e não via ninguém para ajudar, mas mesmo assim gritava socorro sem parar. Suas forças começavam a ir embora e se sentia cada vez mais cansado até que fecha os olhos, mas ouvi uma voz muito longe o chamando.

-Wilson, Wilson, acorde, vamos tirar você daí. Lucius, pegue aquele pedaço de madeira para me ajudar a abrir a porta. - gritava alguém que ele não conseguia enxergar direito no meio da fumaça.

-Fique tranquilo, uma ambulância já está vindo. - gritava o homem até que Wilson olhando novamente para ele, consegue reconhecer.

-Bruce Fring...você aqui...como me achou...? - dizia Wilson quase sem forças.

-Por acaso, eu estava passando por aqui com meu assistente Lucius. Mas você sabe que acasos não existem, não é? - disse sorrindo Bruce Fring para Wilson que ouvia a voz de Bruce Fring que parecia vir de muito longe. Wilson sorriu, mas olhou para seu amigo Anthony que tinha morrido e depois disso, acabou perdendo os sentidos.

Duas horas depois, Wilson abre os olhos e se vê em uma grande sala com uma janela que estava semi-aberta. Era final de tarde e Wilson não ouvia nenhum barulho. Depois de dar uma olhada a sua volta, viu que estava em um hospital e usava uma roupa de paciente. O policial se levanta lentamente com dificuldade de sua cama e vai até a porta. Ele sai do seu quarto e começa a caminhar por um longo corredor. Não ouvia nenhuma voz ou qualquer barulho.

Wilson abriu as portas de algumas salas e todas estavam vazias, até que ouviu um barulho vindo dos andares de baixo através das escadas que ficava no final do corredor. O quarto que Wilson estava, ficava no meio do corredor e ele já tinha caminhado apenas alguns passos para o lado contrário de onde estava a escadaria.

Os passos na escadaria pareciam ser de três ou dois andares abaixo, sendo lentos e pesados e cada vez mais o barulho era mais alto e ecoava por todo o local. Wilson começou a ir em direção do barulho se apoiando na parede para manter o equilíbrio. Ele pensou que talvez fosse um médico ou outro funcionário do hospital que poderia o ajudar. Os passos começavam a aumentar a velocidade cada vez mais e seus pés com violência, ampliavam seu barulho como de um trovão que cada vez se aproxima junto com a tempestade. Wilson começou a sentir uma sensação ruim e as luzes do corredor começavam a piscar. Algo estava errado e o rapaz resolveu voltar para seu quarto, mas estava um pouco distante, talvez cinco ou seis passos. Ainda se sentia muito fraco e caminhava com dificuldades e quando estava a três passos de entrar no quarto, acabou caindo e soltando um grito de dor. Depois do grito de Wilson, os passos silenciaram e as luzes pararam de piscar. Alguns segundos de silêncio que pareceram horas enquanto Wilson tentava se levantar. Os passos recomeçaram com mais velocidade e as luzes voltaram a piscar ainda com mais intensidade.

Wilson se levantava com muito esforço e recomeçava sua dura caminhada até seu quarto e pelo barulho, sente que a pessoa que se aproxima pela escadaria estava quase em seu andar, talvez apenas 6 degraus ou menos de chegar no andar que Wilson estava. E quando parecia ter chegado ao andar, as luzes do fim do corredor se apagam enquanto alguém entra no corredor. Wilson não consegue ver quem vai em sua direção, mas seu coração começa a bater mais acelerado com forme os passos se aproximam e um suor frio toma conta de todo seu corpo. A cada passo que dava em sua direção, uma luz se apagava no corredor e Wilson sentia que o perigo se aproximava. Wilson gritava perguntando quem era, mas ninguém respondia, então o policial se apressa para entrar em seu quarto enquanto a escuridão do corredor está quase o alcançando.

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