Prisioneiros Do Tempo

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O Dodge Durango de Hank atravessava à longa e perigosa rota 491 no início da noite rumo ao Colorado. Hank não queria desistir da viagem para o cassino hotel, apesar de Amanda e Zelda estarem muito tristes com o desaparecimento de Abigail. Zelda quase não parava de chorar. Hank apesar de não demostrar, não estava muito bem com isso, mas tentava esquecer e seguir em frente.

Hank olhou para o mapa e depois ficava olhando para as placas  ficando com uma cara confusa. Amanda percebendo que seu namorado estava preocupado com alguma coisa, perguntou: - Tudo bem com você amor? Parece preocupado.

-Estou bem, mas não estou entendendo o que está acontecendo. Olhei no mapa várias vezes e já deveríamos ter passado desse ponto, mas parece que não saímos do lugar.

- Tem certeza que o mapa está certo e você não confundiu nada? – perguntava Amanda com um pouco de preocupação.

- Tenho plena certeza que estou fazendo tudo certo, mas há algo de errado nesse lugar. –disse Hank depois de parar o carro e sair com o mapa na mão. Deu uma olhada na estrada e coçava a cabeça mostrando preocupação.

Zelda que tinha dormido no banco de trás do carro acabou acordando e viu Hank que estava lá fora e logo depois Amanda saiu do carro e foi até ele. Eles começaram a conversar gesticulando. Hank colocava as mãos na cabeça e Amanda estava com a mão no seu ombro e tentava acalmar Hank.   Zelda não conseguia ouvir o que eles falavam e começou a olhar pela janela e pensar em sua amiga. Olhava através do horizonte escuro e depois começou a olhar algumas estrelas e tentava imaginar como estaria Abigail. Já tinham se passado dois dias e os três esperavam que o investigador Wilson descobrisse alguma coisa, mas por enquanto não tinha entrado em contato com eles ainda, o que só aumentava a preocupação deles.

Hank estava com o mapa na mão e tentava decifrar olhando a sua volta. Não se via nenhum carro passar em nenhum dos sentidos da estrada. Eles achavam cada vez mais estranho e depois de alguns minutos os dois resolveram entrar no carro e seguir viagem.

Zelda ao ver que os dois entraram no carro fingiu que estava dormindo e Hank guardou o mapa e seguiu pela estrada.

-Vamos seguir mais alguns quilômetros e quem sabe encontramos algum lugar para passarmos a noite. – disse o rapaz.

-Quanto tempo faz que passamos pelo último posto de gasolina Hank? – perguntava Amanda com uma expressão de preocupação já prevendo que a resposta não seria algo animador.

-Não tenho certeza Amanda, mas acho que faz mais de três horas. Meu relógio parou em sete horas da noite.

Amanda olhou seu relógio e para seu espanto, também estava parado e na mesma hora do relógio de Hank. Talvez não fosse boa ideia falar para ele, pensou Amanda.  Hank  já estava muito tenso e não precisa se preocupar com mais coisas e isso era só uma incrível coincidência. 

-Que horas são Amanda? –perguntou Hank para Amanda que não sabia o que dizer.

-São nove horas Hank. – respondia Amanda sem ter certeza e com medo de Hank perceber que ela estava mentindo.

Hank começou a olhar para Amanda e percebeu algo errado na maneira como Amanda se expressava com muita incerteza e tentando esconder algo.

-O que há de errado com você Amanda? Parece tensa.

-Estou bem, só um pouco cansada. – disse Amanda tentando acalmar Hank e depois que ele olhou para o outro lado, Amanda olhou mais uma vez para seu relógio e ficou tentando entender o que estava acontecendo.

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