|| My Siren ||-Sirius Black

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Harry e Sirius estavam na sala conversando. Rose ainda estava dormindo, então os dois aproveitaram para se aproximar mais.

— Sirius, posso te perguntar uma coisa?

— Pode sim, Harry.

— Por que você chama a tia Rose de sereia?

Sirius se encosta no sofá e ao revirar as lembranças, acaba rindo um pouco.

— Eu a chamo assim, Harry, porque ela possui o mesmo poder que uma.

— De fato, ela é bem bonita.

— Não, não é isso.— Sirius se perde nos seus pensamentos ao se lembrar de sua mulher.— Quer dizer, além da beleza dela, ela de fato tem o poder de uma.

O cérebro de Harry deu um leve pane ao ouvir isso, ficou se perguntando que poder era esse.

— Espera, como assim o mesmo poder?

— A voz, Harry. Ela tem a mesma voz de uma sereia. Eu me lembro até hoje, fomos pregar uma peça no Snape, ela utilizou desse poder para atrair ele, foi algo surreal de se ver.

— E como é o transe?

— É bem... lúdico.— Sirius amarra seu cabelo em um coque samurai frouxo.— É como se as cores do mundo ficassem completamente saturadas, tudo ganhasse um brilho enorme e o único som que ecoa é a voz dela.

— Você já caiu no transe dela?— Harry ri.

— Sim sim, já cai. Mas foi apenas para mostrar a Dumbledore como esse poder funcionava, mas tem um pequeno efeito colateral. Quando ela termina de cantar, ela fica muda por algum tempo, mas depois a voz dela volta.

— Ah sim, entendi. Que bacana.

— É bem legal mesmo, mas ela nunca mais usou ele pelo visto.— Sirius deita sua cabeça no encosto do sofá e boceja, estava morrendo de sono. Harry se ajeitou no colo de Sirius e dormiu ali junto com ele.

=/=

Rose e o trio de ouro haviam retornado a Hogwarts, mas não era mais como antes. A escola detinha um ar mais sombrio, como se algo estivesse prestes a acontecer.

As boas-vindas aos novatos tinha terminado e Rose foi para seu dormitório com uma sensação estranha. Ela sentia que algo estava para acontecer, mas não sabia ao certo o que poderia acontecer.

Ela sentou em sua escrivaninha e começou a escrever uma carta a Sirius.

" Olá, pulguento.

Estou morrendo de saudades suas, bem que eu queria estar ai contigo. A energia aqui na escola está estranha, mais pesada, sinto que alguma coisa vai acontecer e não parece ser nada boa. Como estão as coisas ai, tá tudo certo? Espero que esteja. Não se preocupe comigo ou com Harry, estarei aqui cuidando dele.

Beijos, Rose."

Rose então chama sua coruja e envia a carta até Sirius. Ela deu um longo suspiro e olhou para a janela, desejando que esta sensação e esse pressentimento seja apenas coisa da cabeça dela. Quando ela se levantou para se arrumar, alguém bate na porta.

— Pode entrar.— Dumbledore entra no cômodo.— Professor Dumbledore?

— Desculpe a vinda repentina. Como está, Sra.Black?

— Sra.Black? Mas ainda não sou casada.— Ela ri e ele ri junto.

— Perdão, mas eu tinha de lhe chamar assim. Sei que sentiu o ar da escola mais pesado, não sentiu?