Sedução e entrega

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Naruto observou o subir e descer da garganta de Hinata, quando a lady engoliu em seco. Ótimo, ela estava nervosa, exatamente como ele queria. De fato, o jovem lorde nunca tinha feito amor, mas não era leigo quanto às artimanhas sexuais. Na verdade, a falta de penetração peniana só fez com que ele aprimorasse os demais sentidos. Graças aos céus, ele sabia como levar uma dama ao paraíso usando somente dois ou três dedos e a língua, de diversas formas diferentes.
Hoje, ele queria que sua noiva inocente deixasse de ser... hum… inocente, ao menos um pouco. Hinata parecia ser do tipo que incendiaria a sua cama e ele estava pronto para queimar com ela. Tocou-a na base da coluna para conduzi-la até a pequena mesa de carteado de dois lugares; era pequena o suficiente para os seus propósitos. Sob o seu toque, o loiro percebeu que ela tremia. Era um cretino, mas estava se deliciando com as reações dela.
— Se quiser desistir, a hora é agora. —  Ele sussurrou ao pé do ouvido, sentindo prazer ao vê-la estremecer.
— Que disparate!  — Ela exclamou, no auge da sua fingida arrogância. Ali estava mais uma faceta de Hinata: Ela adorava ter a última palavra. — Eu não sou o tipo de mulher que volta atrás.
Entretanto, antes de começarem o jogo, o Uzumaki precisava deixar as coisas claras.
— Hina, se você não quiser ou, se em algum momento não se sentir confortável, você pode pedir para parar. O importante é que você sabia que eu nunca te obrigaria a fazer nada que não queira. — Ela empertigou a coluna  e adotou a adorável postura altiva.
— Eu só faço o que eu quero. — Ela rebateu, erguendo o nariz no ar.
— Ótimo! — O loiro sorriu com malícia. — Então sente-se, por favor.
O Uzumaki puxou a cadeira, observando a jovem se sentar sobre ela. Quando Hinata estava bem acomodada sobre o assento, o lorde se ajoelhou aos seus pés, colocando um deles sobre o seu colo.
— O que você está fazendo?! — Hinata protestou, ao sentir os dedos firmes e cálidos subirem pela sua perna, até chegar à coxa.
Naruto não respondeu nada, muitíssimo concentrado em remover a liga que prendia a meia dela ali, tão próxima ao lugar que desejava enterrar-se por completo. Somente por estar tão perto dela, ele sentia o membro latejar em suas calças.
— Quero te deixar à vontade, coisa que você não vai conseguir usando esses sapatos de boneca. — Ele mal reconheceu a própria voz por estar extremamente rouca.
Vagarosamente, em uma tortura mútua, o loiro arrastou a meia de seda pela perna macia dela. Propositalmente, ele deixou que um de seus dedos deslizasse diretamente sobre a tez aveludada da Hyuuga. Escutou-a ofegar, mas pouco se importou, afinal estava hipnotizado pelo misto de sensações que perpassava o próprio corpo.
Quando finalmente já não existia a barreira da meia entre eles, Naruto ergueu a barra do vestido até os joelhos dela, se deleitando com a visão. Talvez, apenas talvez, ele fosse morrer ali mesmo, por seu coração estar totalmente descompassado no peito.
-— Naruto?! I-isso não estava no nosso acordo! — Ela se remexeu, tentando se desprender das mãos do Uzumaki.
Ouvir seu nome saindo dos lábios de Hinata era como uma carícia muito, muito aprazível, ao ponto de fazê-lo arrepiar-se. Sem perceber, o lorde estava trêmulo diante daquela mulher que parecia ter nascido para desconcertar-lo.
— Considere isso como um bônus, noivinha.
Para ilustrar em que consistia o tal "bônus", Naruto elevou o pé dela à altura do seu rosto, ele cheirava a talco de rosas e era muito bonito, por sinal. Céus, desde quando ele reparava nos pés de alguém? Com a respiração ofegante, ele iniciou a suave tortura para ambos.
— Lembra quando eu te disse que beijaria até mesmo os seus dedos do pé?
Sem esperar uma resposta, ele mordiscou a almofada do dedão, fazendo-a se sobressaltar com a surpresa. Cadenciadamente, o loiro envolveu o dedo com a língua, chupando-o de leve. Hinata se remexia na cadeira, sem saber exatamente como se sentir com uma carícia tão… inusitada? Deus, aquilo era tão estranhamente bom.
Entretanto, aquele parecia ser só o começo, pois Naruto logo libertou o pequeno dedo, beijando suavemente os demais, abrindo uma pequena trilha pelo peito do pé. Então, quando chegou à altura do tornozelo, ele decidiu fazer diferente, ao invés dos beijos, ele fez sua língua dançar lentamente sobre a pele leitosa.
— Na-Naruto? — Ele interrompeu o que estava fazendo e encarou-a com um olhar lascivo, sorrindo ladino.
— "Sim, Naruto", "pare, Naruto" ou "mais, Naruto"? — Ele indagou, fingindo ponderar.
O rosto de Hinata estava completamente rubro e seu colo subia em uma velocidade alarmante. O Uzumaki esperou com expectativa e um pouco de medo, sabia que estava fazendo as coisas bem, mas a dama à sua frente era imprevisível. Foi um alívio quando ela murmurou:
— Mais, Naruto. Muito mais!
Excitado, o lorde retomou de onde parou, distribuindo uma infinidade de pequenas mordidas sobre a pele dela. Ele estava ciente da sensibilidade que a morena sentia naquele local, sempre arqueando o corpo quando os dentes do cavalheiro tocavam-lhe a perna. Ele estava mais duro que pedra, muito mais ereto do que jamais se sentira algum dia.
Quando sua língua resvalou no início da coxa pálida, a Hyuuga pulou na cadeira. Naruto estaria mentindo se dissesse que não havia apreciado a reação da noiva. Ele estava tão perto… podia sentir o cheiro agridoce de sua intimidade, supunha que ela deveria estar molhada, apesar de não poder enxergar com clareza, por causa da infinidade de babados provenientes das malditas anáguas.
— Naruto! — Ela gemeu, jogando a cabeça para trás.
O pênis do lorde pulsou, dolorido. Era incrível que em algumas ocasiões no passado ele nem ao menos dava sinais de que existia, contudo, agora que não existia a mínima possibilidade de deflorar Hinata, ele estava mais aceso que uma lareira.
Deliberadamente, ele transferiu a atenção para a outra perna. Contrapondo a sua ação anterior, nesta, Naruto iniciou o processo de cima para baixo, rasgando a liga que prendia a meia dela à coxa. Para provocar – a ela ou a si próprio –, ele começou a retirar a peça com os próprios dentes, resvalando "sem querer" na tez macia, à medida que essa surgia por baixo da seda fina.
Para aplacar um pouco do desejo que sentia, o Uzumaki colocou o outro pé da Hyuuga, já desnudo, sobre o próprio membro ereto. Aquela parte era perigosa e ele poderia sair muitíssimo machucado caso a morena fizesse algum movimento brusco, entretanto ele precisava de qualquer contato com Hinata, senão perderia o autocontrole e a jogaria sobre a mesa de carteado, fodendo com ela de mil maneiras diferentes.
Devagar, ele esfregou o pé da moça sobre a superfície sensível. De início, a lady se espantou pelo ato, mas, quando percebeu que tinha rendido o loiro literalmente sob o seu pé, ela tomou o controle do movimento. Naruto queria parecer másculo e viril, contudo não conseguiu evitar que os gemidos roucos e desejosos escapassem de sua garganta.
— O quão bom isso é para você? — A diabinha indagou com a sua costumeira curiosidade, enquanto exercia uma pressão deliciosa sobre o membro do Uzumaki.
— Como você se sente com isso? — Rebateu o loiro, arfante.
Que fosse ao inferno a miríade de sensações que ele sentia, queria saber como a experiência estava sendo para ela. Hinata meneou a cabeça e pareceu ponderar por alguns instantes, antes de falar o que lhe passava pela cabeça.
— Poderosa. Muito poderosa.
Naruto queria poder continuar ali infinitamente, porém sabia que poderia explodir a qualquer segundo, e isso seria constrangedor para ambos em esferas diferentes. Assim, ele decidiu fazer o que tinha em mente desde que propusera a aposta de mais cedo: jogar e tê-la nua.
Então, com o cérebro implorando para fazer o contrário, ele se levantou do chão, abandonando a calidez que o pé de Hinata exalava. Seu corpo inteiro protestou, assim como a própria dama pareceu insatisfeita.
Usando a força bruta, o Uzumaki girou-a na cadeira, deixando-a de frente para a mesa pequena. Cada molécula implorava para que ele terminasse o que começou, mas o loiro optou por ser prudente, que fazer as coisas direito e aquele momento não estava reservado para o próprio prazer, queria que Hinata o sentisse.
— P-por que você parou?! — Ela sibilou, indignada.
— Porque se eu continuasse, você não ia ter a opção de não se casar comigo, pois eu iria me enterrar bem fundo em você, noivinha. — Ele se alinhou ao pé do ouvido, por trás, com a voz em um sussurro perigoso. — E eu não quero que você se case comigo por obrigação.
Observou-a engolir em seco e adorou ser o motivo de tal inquietação. Vagarosamente, Naruto se dirigiu ao outro lado da mesa, sentando-se na cadeira idêntica à que ela se acomodava, retirando os sapatos e meias também. Apesar de ter perdido o domínio de seus atos, ele realmente queria que a noiva se sentisse relaxada.
— Bom, como você já conhece as regras, eu vou pular a explicação. — Disse o loiro, abrindo um baralho lacrado para que eles pudessem jogar. — Quem conseguir formar vinte e um primeiro ou um número próximo a ele, ganha.
Pelas safiras azuis, o lorde notou que a mente dela estava bem mais agitada do que a dama pretendia mostrar-se. Ela mordia os lábios de leve, a sua respiração estava desritmada, remexia as pernas por baixo da mesa… Se não conhecesse a Hyuuga muito bem, Naruto poderia jurar que ela estava com medo.
Sorriu, divertido. Não que quisesse que ela tivesse medo dele, pelo contrário, ainda que não nutrissem amor um pelo outro, Naruto queria que a relação entre eles fosse de companheirismo e confiança. Mas não podia negar que naquele preciso momento, o nervosismo de Hinata era benéfico para seus propósitos.
Como ela somente assentiu, ele começou a distribuir as cartas vermelhas; três para cada um e as demais ele virou sobre a mesa, formando um monte. Sete, três, dois. Droga! Eram numerações muito baixas.
— Primeiro as damas. — Ele incentivou, tentando sondar o que ela tinha em mãos.
Ao que parecia, agora Hinata voltara a possuir algum equilíbrio, pois sorria de canto. Ali estava outra faceta dela: a rata das cartas. Céus, por que aquela lady, que todos julgavam ser sem graça, tinha que ser deveras fascinante?
— Será um prazer, milorde. — Ela adotou uma expressão impassível.
Então, sorrateira do jeito que era, puxou um Valete e depositou no centro da mesa – carta que equivalia ao número dez –, erguendo uma sobrancelha em zombaria. Certo, ela tinha começado com uma carta muito alta. Metodicamente, ela pegou outra para repôr a que havia jogado e reassumiu a postura imperturbável.
— Uma aposta ousada, milady. — Ele sorriu de canto, escondendo a apreensão que sentia.
Decidido a arriscar, o loiro colocou o seu sete sobre o Valete dela, formando dezessete.
— Uma aposta ousada, milorde. — Ela devolveu as palavras.
Naruto puxou outra carta da reserva, encontrando um Ás. Talvez nem tudo estivesse perdido, com um pouco de sorte, ele conseguiria vencê-la. Só tinham jogado duas cartas até agora, mesmo que o número fosse alto, era praticamente impossível que ela conseguisse formar vinte e um. Ainda assim, os lábios pequenos pronunciaram as seguintes palavras ao escorregar um quatro sobre a mesa:
— Vinte e um. — A diabinha abriu o seu melhor sorriso, desarmando o Uzumaki completamente. — Olha, e eu que havia pensado que você representava algum perigo para mim. —  Ela teve a audácia de desdenhar do noivo.
Naruto tinha que admitir: ela era boa nisso. Até mesmo Shikamaru havia perdido para ela, certa vez. Aquela não era e nunca seria uma lady comum e poderia ser dele algum dia… céus, a perspectiva de casar nunca pareceu tentadora.
Embaralhou as cartas e as distribuiu mais uma vez. Para aliviar o clima, Naruto pegou a garrafa de whisky e dois copos que estavam sobre a mesa adjacente, deixada ali de propósito, e serviu o líquido âmbar para ambos.
— Não beba muito. — Ele instruiu. — Eu quero que você esteja totalmente sóbria para ver a minha vitória.
Apesar de suas palavras, a mão do jogo estava péssima para Naruto; só havia pego cartas baixas. Droga! Hinata, por outro lado, permanecia impassível, como se estivesse em um concerto enfadonho ou algo do tipo. Maldita! Como conseguia manter a compostura?
— Os perdedores primeiro, milorde. — Ela zombeteou, levando o copo à boca, sorvendo o líquido escuro, contorcendo o rosto pela falta de costume.
Gotículas da bebida ficaram em seus lábios, fazendo com que a morena usasse a língua rosada para absorver cada uma delas. O movimento sedutor fez o seu membro formigar. Se remexendo na cadeira, Naruto jogou a primeira carta que seus dedos envolveram e lançou à banca. Tarde demais, ele percebeu que era um cinco, sua carta mais alta até então.
— Começou bem, Naruto. — Hinata sorriu levemente, como se quisesse se vangloriar de algo.
— Você ainda não viu nada, Hina. — O loiro blefou.
Então, a Hyuuga jogou um oito, formando treze. Até mesmo a carta que Naruto usou para repor a que havia jogado, era fraca. Agora ele possuía um ás, um três e um quatro. Arriscando, ele jogou o jogou o três, somando dezesseis. Quais eram as probabilidades dela também ter pego um cinco?
— Vinte e um. — Ela declarou, sorrindo abertamente.
O Uzumaki tragou o Whisky de um gole só, enchendo o copo novamente. Certo, ele teria que tomar medidas drásticas. Passou o baralho para ela, observando os dedos pálidos e finos misturarem as cartas vermelhas. Subitamente, teve uma ideia diabólica para fazê-la perder. Naruto não sentia a menor vergonha em ter que trapacear para ganhar da noiva, afinal, ela era ótima nos jogos e merecia o devido crédito.
Ela dispôs três cartas para cada, como estava sendo desde o início. Seus movimentos eram ágeis e calmos, como se ela tivesse trabalhado de crupiê por vários anos. O loiro, por baixo da mesa, entendeu a perna, encontrando a barra do vestido. Olhou para a sua mão e sorriu internamente ao perceber que havia conseguido boas cartas para aquela rodada, agora só faltava a segunda parte de seu plano.
— Diga-me, noivinha, o que você conhece sobre sexo?
Hinata, que arrumava as próprias cartas, espantou-se com a pergunta, derrubando sobre o centro da mesa um às. Satisfeito, Naruto reprimiu a risada que brotou em seu peito, enquanto a morena o fuzilava com os olhos.
— Isso não valeu! — Ela indignou-se. — Que raios de pergunta é essa?!
— Você jogou uma carta, está na mesa, vai recuar agora? Humpf, noivinha, não sabia que você era do tipo voltava atrás com a palavra… — Ele provocou, sabendo o quanto a dama tinha um ego frágil.
— Que desatino! — Ela exclamou, com as bochechas coradas. — Eu poderia ganhar de você até mesmo de olhos fechados. Eu só não entendi o porquê de você querer conversar sobre… hã… isso que você falou.
Ora, ora, a Lady Nada Muda, de língua afiada, não conseguia pronunciar aquela palavra de quatro letras.
— Sobre o quê? — Ele instigou, lançando para ela um olhar sugestivo. — Sexo?
A pergunta feita em tom calmo fez com que a Hyuuga engasgasse levemente com o whisky que bebia naquele momento. Céus, ela realmente encarava aquela palavrinha como um tabu. Aproveitando a deixa, Naruto lançou sobre a banca o rei, somando onze.
— N-não fale dessas coisas como se não fossem nada! — Ela protestou, completamente escarlate pela vergonha.
— Que coisas? — Ele inquiriu, fingindo não saber do que se tratava, enquanto ela jogava um quatro sobre a mesa. Quinze. — Sexo, coito, transa, fodida…
— Pare! — Ela espalmou a mão sobre a mesa, derrubando um sete. — Não diga isso com tanta casualidade!
Cafajeste e sem nenhum remorso, Naruto se recostou na cadeira, cruzando os braços atrás da cabeça.
— Vinte e dois, milady. Você perdeu. — Ele apontou para a pequena pilha, assistindo a noiva ficar boquiaberta.
— Isso não vale! — Ela esbravejou, com o rosto afogueado. Se era pela cólera ou pela bebida, Naruto dificilmente saberia. — Você trapaceou.
— Ora, deixe de reclamar e passe a tirar a roupa. — O loiro ergueu uma única sobrancelha, divertido.
Irritada, Hinata retirou a luva que ainda restava e atirou sobre o rosto do Uzumaki, que desviou por pouco.
— Feroz. — O loiro levou a mão ao queixo, pensativo. — O tipo perfeito de mulher para foder com força.
Ele estendeu a mão para o baralho, enquanto Hinata ficava alarmantemente vermelha. Será que havia exagerado? Ela deixou-se cair na cadeira mais uma vez.
— Não fale dessa forma, eu já te pedi. — Era surpreendente como ela conseguia manter a austeridade em um momento tão adverso.
— Ah, já entendi. — Ele distribuiu as cartas novamente. — Você é do tipo romântico, que prefere fazer amor.
O lorde pronunciou essa sentença languidamente, notando cada movimento que a Hyuuga fazia por baixo da mesa. Ela havia acabado de cruzar as pernas com força, como se tivesse medo das próprias reações e foi ali que Naruto achou uma brecha.
Na mesa, o barulho já pontuava vinte, com cada um tendo jogado duas vezes e era a vez dela. Aproveitando-se das pernas cruzadas dela, o loiro levou o pé descalço até a panturrilha da noiva, acariciando sua pele macia suavemente, fazendo-a estremecer.
— Assim que eu puder, — ele murmurou, sedutor — vou fazer amor com você tantas vezes, que você não vai conseguir levantar da cama por uma semana inteira, por estar exaurida do quanto eu te fiz gozar.
Para pontuar a sua fala, o Uzumaki roçou o pé na coxa de Hinata, tão próximo do centro de seu ser, que podia sentir o calor excitado que emergia dela. Vinte e três. Ela perdeu mais uma vez.
— Faça as honras, milady. — Ele fez um gesto com as mãos, como se fizesse uma breve reverência.
Por incrível que parecesse, ela já não estava tão brava como antes. No seu vestido diurno branco e com as bochechas ruborizadas, Hinata parecia ter saído de uma pintura, feito um anjo. Nos olhos perolados, morava o intenso brilho que só significava uma coisa: ela estava curiosa.
Levantando-se outra vez, a moça levou a mão ao pescoço, para desabotoar o vestido, começando pela gola alta rendada. Ela desprendeu um por um, até a peça ficar desprendida o suficiente para escorregar pelos seus seios, deslizando lentamente pelo quadril, formando, enfim, uma nuvem de tecido aos pés da lady. Então ela só estava de chemise, espartilho, anáguas e as suas roupas de baixo.
Por um momento, Naruto esqueceu-se de respirar diante de tamanha beleza. A pele dela era tão clara pela falta de sol, constatando fortemente com os cabelos negrumes como a noite, os lábios rosados e as infinitas pintas que cobriam a pele exposta. Definitivamente, Hinata Hyuuga era um anjo. Seu anjo.
— Hum… Naruto…? — Ela chamou, hesitante.
— Sim, Hime? — O apelido carinhoso escapou pelos seus lábios antes que o loiro pudesse conter.
— Eu posso te fazer uma pergunta? — Ela se sentou, empertigada pelo desconforto de estar seminua.
— Claro. — Ele respondeu, muito sério, sentindo que era importante para ela, fosse o que fosse.
— O que é… hã… g-g-gozar? — A morena, ineditamente, gaguejou.
O coração do loiro disparou. Como era possível o corpo humano aguentar uma quantidade tão grande de sangue bombeado? Era um mistério que teria que esperar outra hora. Ela bebeu o restante do whisky, molhando os lábios tentadoramente como antes, entretanto, Naruto não permitiu que fosse a língua da Hyuuga a limpá-los. De um salto, ele se encontrava de frente para ela, agachado à sua altura.
— Para gozar, você começa assim.
Para ilustrar o que pretendia dizer, o Uzumaki mergulhou a sua boca naquele poço que representava a própria perdição. Varreu a boca de Hinata com a sua língua, sentindo o gosto ácido da bebida misturado com o gosto dela.
Escutava, extasiado, os gemidos delicados que escapavam da garganta da Hyuuga. Deus, queria perder-se para sempre nela. Se não fosse cauteloso, era ele quem acabaria gozando ali mesmo. Com esse pensamento alarmante em mente, Naruto se afastou, ofegante.
Como resposta à interrupção, Hinata pegou-o desprevenido, empurrando seu peito com o pé. O loiro caiu pela surpresa, ficando deitado sobre o tapete macio. A lady levantou-se da cadeira, ainda com o pé sobre seu peito, sua expressão zangada só a tornava ainda mais bonita. Se o deus da guerra fosse uma mulher, Naruto tinha certeza que a Hyuuga seria a sua personificação.
— Não brinque comigo, milorde. — Ela rosnou, com os olhos lunares brilhando em fúria. — Não ouse me subestimar. Você não pode me agarrar como bem entender.
A diabinha estava, literalmente, pisando-o mas o Uzumaki não conseguia pensar em outra coisa a não ser em como ela ficava sexy sendo tão mandona. Aquele era um jogo perigoso, mas ele queria experimentar cada nuance com ela.
Em um movimento rápido, o lorde puxou-a pela perna, forçando-a a cair sobre a sua virilha. Havia tão poucas peças de roupa entre eles que era impossível Hinata não sentir a sua rigidez, entretanto, para instigá-la ainda mais, o futuro conde ergueu o quadril, fazendo-a sentir a sua extensão na intimidade.
— Milady, nem em sonho eu ousaria subestimar você. Só quero te ensinar como um orgasmo pode ser.

Amando o inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora