Dizer que Naruto estava duro, era um eufemismo. Seu pênis latejava a ponto de doer, mas isso não importa… ela importava. Ao seu lado, com os cabelos negros esparramados sobre os lençóis vermelhos de seda, nua como veio ao mundo, estava Hinata.
Ela estava de olhos fechados, como se estivesse presa em seu próprio mundo, flutuando. O loiro não pôde evitar o sorriso convencido que estocou-se em seus lábios e o pau voltou a pulsar com força. Por mais que evitasse pensar nisso, ele não era cego e o corpo esbelto da morena era algo impossível de não se contemplar.
Admirado com a beleza dela que, frequentemente, parecia aumentar, ele aninhou-a em seus braços. Era a saída mais fácil para evitar fazer amor com ela ali mesmo, pelo menos era isso que ele dizia a si mesmo. Ainda assim, não soube explicar o porquê de a ter beijado cadenciadamente, quase com ternura.
O corpo da noiva estava totalmente relaxado, perfeito para… Não pense nisso, Naruto! Mais do que nunca, ele queria se casar com ela. Em sua cama, mulher alguma serviria se não fosse essa pequena atrevida de língua afiada.
Separou-se dela por falta de ar, a megera poderia matá-lo a qualquer instante, roubando seu oxigênio. E assim o foi, quando os seus olhos celestes encontraram os lunares. Seu coração errou uma batida e as entranhas se reviraram. Alarmado, o loiro desviou o olhar para o grande espelho que ornamentava a sua parede. Foi um erro.
Se a Hyuuga era deliciosa de frente, de costas, era sinônimo de luxúria. Se era possível, seu membro endureceu ainda mais com a visão do bumbum arredondado da morena, com seu cabelo negrume roçando no topo. Era ridículo sentir ciúmes daquelas madeixas? Se sim, ele o era.
— Então, noivinha… — seus lábios não conseguiram conter o sorriso. — gostou de gozar?
A pele de alabastro tomou um tom escarlate quando ela ruborizou, assentindo. Era adorável quando ela perdia a fala. Ficaram em silêncio por um instante, enquanto Naruto usava a mão para acariciar as curvas dela, assistindo à cena através do espelho.
— Naruto. — Ela chamou-o baixinho, depois de um tempo.
— Sim, Hina? — Ele perguntou, sentindo que sua mente divagava para outro lugar, mais especificamente para as fantasias em que uma certa parte pulsante de seu corpo penetrava entre as nádegas avermelhadas dela.
— Eu g-gozei. — Ela constatou, gaguejando. — Mas você não. Não é verdade?
Ela era esperta o suficiente para descobrir, caso ele mentisse, por isso o lorde optou por ser sincero.
— Não. Não gozei. — Omitiu a parte que seu pau doía como se estivesse sendo arrancado. — Mas não tem problema, depois eu resolvo esse assunto.
Resolveria imaginando se enterrando fundo dentro dela. Ainda sentia a sensação úmida de penetrá-la com o dedo… os músculos internos se fechando ao redor dele… o vão tão estreito. Céus! Aqueles pensamentos eram deliciosamente torturantes.
— Como? — Ela indagou, seus olhos claros brilhavam de curiosidade. Por Deus, essa bendita curiosidade de Hinata ainda o levaria ao túmulo.
— Como o quê? — Ele rebateu.
— Como você vai resolver isso? — Para deixar claro, a morena apontou para o seu membro, desajeitadamente, fazendo a ponta do seu dedo indicador roçar na glande de Naruto. O loiro gemeu.
Em um impulso feroz, ele girou-a na cama, ficando por cima dela.
— Hinata, não me provoque ou você não sairá desta cama pelo restante do ano, até que eu esteja saciado de te possuir. E, acredite, eu não me saciarei rapidamente. — Ele rosnou, ameaçador.
Entretanto, a maldita desmiolada parecia ter perdido quaisquer resquícios de bom senso, pois enlaçou a sua cintura, como outrora. O tecido da roupa de baixo de Naruto era muito fino para refrear aquele calor molhado que emanava entre as pernas dela. Ela cravou os olhos no do lorde e abriu a boca para falar algo, contudo, o que quer que fosse, foi perdido quando alguém irrompeu a porta.
— Netinho, você não imagina quem…
— AAAAAH! — Naruto, Hinata e o intruso gritaram simultaneamente.
— Vovô! Feche já essa porta! — O loiro exclamou, irritado, enquanto tentava cobrir a noiva e a si mesmo.
O grisalho fechou-a, contudo, se manteve dentro do cômodo para o mais completo horror do neto. Lorde Jiraya nem tentou disfarçar o sorriso que brotou em seus lábios, muito menos a empolgação que corria em suas veias.
— Lady Hinata, — ele praticamente cantarolou — por acaso, meu netinho te deflorou? — Aquilo na voz de seu avô era… esperança? Não tinha jeito, Naruto seria obrigado a matar aquele velhote.
— Vovô, saía daqui agora! — O Uzumaki expulsou o velho conde, que nem ao menos se importou com a ira do rapaz.
— Não precisa ficar tímida, criança. — Ele continuou se referindo à Hinata, que tentava se esconder entre os braços de Naruto. — Diga-me, meu neto se saiu bem?
Deus, dai-me paciência. Naruto orou, desejoso de voar sobre a garganta do ancião. A Hyuuga parecia ficar mais rubra a cada frase que o conde proferia.
— Vovô, pelo amor de Deus, não diga mais nenhuma palavra! Se não percebe, o senhor está constrangendo a minha noiva. — O loiro suspirou, cansado. Não tenha mais idade, muito menos paciência, para lidar com o sempre energético Jiraya Uzumaki.
— Aaah, claro! — E lhe lançara uma piscadela exagerada.
Então um silêncio desconfortável se instalou no ambiente — pelo menos por parte do jovem casal de noivos —, pois o conde simplesmente não desviava o olhar da cama, parecendo estar muitíssimo orgulhoso.
— Vovô, saía agora! — Naruto rosnou.
— Ah, sim! — O grisalho anuiu. — É verdade… mas isso me lembra uma coisa.
— O quê? — O loiro indagou, com a paciência por um fio.
— O Lorde Hiashi está lá fora. — Anunciou tranquilamente. — Parece que ele estava parece que ele estava em uma prioridade aqui perto e decidiu passar aqui, para acompanhar as filhas de volta para casa.
Em sincronia, Naruto e Hinata se encararam com os olhos arregalados.
— Seu pai vai me matar!
— Vamos ser obrigados a nos casar!
Disseram em uníssono.
— Hinata, depois de tudo o que aconteceu entre nós, você acha mesmo que existe a possibilidade de você não se casar comigo?! — Naruto exclamou, exasperado.
— A esperança é a última que morre. — Ela deu de ombros.
— O que exatamente aconteceu entre vocês? — Lorde Jiraya perguntou, muito interessado. — Descrevam com detalhes, por favor.
Os noivos se voltaram para o ancião, com um olhar nada acolhedor.
— Ora, é normal tomar liberdade antes do casamento. — Justificou-se. — Como você acha que eu e sua avó fizemos o seu pai, netinho? Precisamos casar bem antes do previsto. — Gabou-se.
— Calado! — O Uzumaki e a Hyuuga exclamaram juntos.
— Naruto, como vamos sair dessa? — A morena inquiriu, apreensiva. Subitamente, o seu rosto se contorceu em uma expressão de puro horror. — O meu vestido ficou na outra sala.
— Hinata, quando o seu pai me matar, sabia que você está no meu testamento, tenha uma boa vida com os pertences que te deixei. — Informou, dramático.
— Você está louco?!
— Calma! — Jiraya gritou, chamando a atenção para si. — Nem tudo está perdido, crianças. Obrigado, meu Senhor, por ter me dado a graça desse dia chegar.
— Seu avô é louco. — Hinata constatou, esquecendo-se momentaneamente da situação em que se encontrava.
— Totalmente. — O loiro concordou.
— Netinha, vista-se. — Disse o lorde, virando-se contra a parede. O apelido não passou despercebido pela Hyuuga, ainda, ela obedeceu, cantando as poucas vestes que havia por ali.
— Vovô, se o senhor espiar a minha noiva pelo espelho, eu serei obrigado a arrancar seus olhos. — Naruto advertiu, fazendo Hinata se sobressaltar. Droga de velho tarado!
— Desculpa, netinho, não resisti.
O grisalho se encaminhou para a parede coberta com gravuras eróticas. Naruto observou as suas ações, o avô se abaixou e puxou o carpete que cobria o assoalho de madeira, então, ele içou uma portinhola, revelando uma passagem ali.
— C-como?!
— Ah, sendo você o meu neto, eu achei que uma hora iria precisar. — O conde deu de ombros.
— Estou pronta. — Hinata anunciou, usando a chemise e anáguas. Aquilo parecia errado para Naruto.
— Espere um segundo. — Ele pediu, indo em direção a ela com um lençol vermelho em mãos. Improvisadamente, ele cobriu o corpo da noiva com o tecido de seda. — Agora sim está melhor.
Antes que Hinata pudesse responder, o loiro beijou-a com ímpeto, simplesmente porque sentiu vontade.
— Vai dar tudo certo. — Ele assegurou. — Farei o seu vestido chegar até você e distraírei o seu pai nesse meio tempo. Confia em mim?
— Com a minha vida. — Ela sussurrou, olhando-o nos olhos, com sinceridade.
Então, ela se dirigiu à passagem, deixando-o para trás, com o estômago agitado e o coração descompassado, com uma sensação de estar muito, muito ferrado… e não era referente a Lorde Hiashi.

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Amando o inimigo
FanfictionLady Hinata Hyuuga é uma mulher calma, tímida e passiva... isso é o que a sociedade pensa. Por trás da fachada de boa moça, existe uma jovem sonhadora de língua afiada e que sonha, acima de tudo, em ser livre. Contudo, seus planos serão frustrados q...