Corpo e alma

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O coração de Hinata batia acelerado enquanto a boca de Naruto atacava a sua com fúria e paixão. Naquele momento não existia nada no mundo além deles. A atmosfera tensa esvaiu-se como fumaça, sendo varrida pela necessidade carnal que os invadiu.

Hinata sentiu os braços fortes de Naruto envolverem seu corpo, colocando-a em pé. Os lábios cálidos beijaram todo seu rosto: pálpebras, nariz, bochechas. Em seguida, a trilha quente e molhada desceu pelo maxilar da Hyuuga, chegando à sua garganta.

— Naruto... — Ela suspirou ao sentir a língua dele contra sua pele.

Com delicadeza, ele virou-a, colando o corpo delgado contra o seu peito. A morena ofegou ao sentir o membro excitado contra as suas nádegas. Com a lembrança dos acontecimentos passados, ela tentou se afastar; reação captada de pronto pelo loiro.

— Shiii... — as mãos grandes espalmaram-se sobre a barriga lisa dela, puxando-a para perto mais uma vez. Com sensualidade, Naruto lambeu toda a extensão do pescoço, enviando ondas diretas para a intimidade dela. Hinata gemeu baixinho. — Sinto muito por ter te machucado antes, Hime. Deixe-me compensá-la por minha estupidez.

Sem esperar uma resposta, o Uzumaki mordiscou a orelha dela. As mãos, antes paradas sobre o abdômen, seguiram rumos diferentes: a esquerda rumou aos seios e a direita para a...

— Naruto! — Ela gritou ao sentir o toque firme sobre a sua intimidade.

— Shiii! — Pediu silêncio mais uma vez. — Deixe-me te venerar do jeito que você merece.

Dito isso, a mão esquerda agarrou o seio correspondente àquela localização. Os dedos hábeis do loiro massagearam a carne firme da região, instigando cada centímetro de pele, exceto o lugar que Hinata mais aguardava... as pernas dele separaram as da morena. Os cabelos da Hyuuga caíam entre eles como uma cascata negra, atiçando ainda mais a luxúria adormecida em Naruto.

— Olhe para você. — O timbre do loiro era baixo e rouco, na medida certa para fazer as extremidades da lady estremecerem. — Olhe como você se torna uma obra de arte quando está com tesão.

A pulsação dela se acelerou com o elogio profano. Hinata amava cada uma das nuances de Naruto, mas quando ele era libertino... céus, não havia como resistir a um libertino e ela já estava cansada de fingir que conseguia. Ela observou-o tocar cada vez mais próximo ao bico rosado que clamava por atenção, desviando-se no último segundo. Oh, que tortura!

— Ah, noivinha, — a pele de alabastro se arrepiou quando o ar que ele expeliu junto com o apelido costumeiro roçou-lhe a pele — eu sei que você gosta desse tipo de perversão tanto quanto eu. Eu sei do prazer cru que te invade quando você me assiste te tocando... quando você observa o seu corpo arquear com as sensações que te varrem por inteiro.

Hinata tragou uma grande quantidade de ar, tentando levar o oxigênio que se perdeu no caminho até seus pulmões. Quando abriu os lábios à procura da substância tão essencial para a sobrevivência humana, somente um gemido escapou de si.

O hálito quente dele a fez arquejar quando Naruto sussurrou rente ao seu ouvido:

— Você sente tesão ao ver meus dedos entrarem nessa bocetinha gostosa, Hina. — Era possível chegar ao clímax somente com palavras? A Hyuuga se sentia muito próxima disso. Mordeu os lábios para evitar mais um gemido. — Não se negue esse prazer, Hime. Olhe para o espelho e contemple a deusa que você é, e como sou um mero súdito ao seu dispor.

Após falar isso, Naruto sugou a pele pálida do pescoço dela, fazendo a brancura se transformar em vermelhidão. Desejosa, Hinata empurrou o próprio corpo contra o dele, sentindo a dureza quente que ameaçava incendiá-la por inteiro. Sentia vergonha por estar naquele estado, dizia para si mesma que não queria aqueles desejos devassos que o loiro tanto a estimulava... contudo, era curiosa demais para deixar uma oportunidade como essa escapar.

Amando o inimigoOnde histórias criam vida. Descubra agora