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GR e HR resolveram que iam passar a noite na casa de TH tbm, antes de ficar eles foram na casa deles tomar banho. Depois de alguns minutos TH voltou com uma sacola de roupas da Renata, que foi tomar banho e eu fiquei olhando o que ele tinha trazido à procura de algo pra vestir

- você não trouxe nada confortável, só short jeans e cropped? - perguntei olhando pra TH

- aí gata imaginei que os pijamas ficavam junto com as calcinhas, peguei só o básico pra não entrar na privacidade dela - se explicou e GR riu sozinho olhando o celular

- esse short aqui é melhor que nada - falei pegando um short soltinho que encontrei dentro da sacola

- nada é uma boa opção...- GR brincou, HR jogou uma almofada com força no ferimento dele fazendo ele resmungar - brincadeira carai, eu hein deselegância - ri baixo

- tem alguma blusa pra me emprestar? - olhei pra TH

- você tem meio metro garota, vai ficar nos seus pés - TH falou virando a cara pra HR e rindo

- deixa de ser besta Thiago, vou fuçar no seu armário até encontrar alguma coisa pra mim - falei me levantando com o short na mão e indo na direção do quarto dele

Abri o guarda roupa e peguei uma blusa branca que tinha uns desenhos que eu não fazia a menor ideia do que era, Renata tava saindo do banheiro e eu fui tomar banho o mais rápido possível

Depois de limpar até minha alma e tentar colocar na minha cabeça que eu estava viva e isso era muito importante lembrando da situação do tiroteio, sai do banheiro já vestida e desci pra sala

Estava escura e tinha apenas um único ponto de luz, um abajur na mesa de centro, GR estava deitado em um sofá e HR no outro, tinha um colchão de casal no chão ao lado dos sofás, TH e Renata estavam deitados nele mas havia um espaço e imaginei que fosse pra mim

Me deitei devagar sem fazer muitos movimentos e puxei a coberta respirando fundo e tentando relaxar

- como você está? - ouvi, me virei pro sofá e vi que era HR

- estou levando...- falei e ele sorriu de olhos fechados

- você é forte ruivinha, logo vai esquecer isso e vai acabar se acostumando - respondeu se virando pra mim e me olhando

- não sei se vou me acostumar com isso, foi assustador Ítalo - olhei pra ele - ver todas aquelas pessoas correndo, todo mundo apavorado e com medo de ser atingido por alguma bala perdida, foi como estar dentro de um pesadelo e não conseguir acordar - ele olhou nos meus olhos

- você está bem não está? - continuou me olhando e eu assenti - isso que importa Maria, pessoas morrem todos os dias e infelizmente não podemos mudar isso, aqui o buraco é bem mais em baixo, não posso te garantir que você estará 100% segura todos os dias, mas vou tentar estar por perto pra ficar de olho em você - sorriu pra mim

- obrigada por isso - sorri meio sem jeito

- não precisa agradecer, agora relaxa, amanhã é outro dia...- falou respirando fundo e se arrumando no sofá

- posso pedir uma coisa? - perguntei e ele concordou com a cabeça - mexe no meu cabelo? - ele me olhou

- vai fazer você dormir? - perguntou e eu concordei - chega pra cá vai - sorri animada, arrastando meu corpo para mais perto do sofá

Ele mexeu no meu cabelo fazendo cafuné e eu não sei quanto tempo demorou, mas eu apaguei.

Morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora