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Fiquei o resto do tempo que fiquei no trabalho pensando no que a Bianca me disse, HR tinha me dito que não tinha tido nada com ela e que não via ela com outros olhos, mas ela me disse o contrário disso, sinceramente minha cabeça parece que vai explodir de tanto pensar nisso

Perto da hora do almoço a loja fechou e eu fui subindo pra casa devagar, o morro estava agitado por ser um bruto sábado de baile, mas algumas crianças brincavam tranquilas de bola na rua

Chego na porta de casa e comprimento o vapor que estava de guarda, vou entrando e vejo GR sentado no sofá assistindo televisão

- Eu amo o jeito que minha casa parece a casa da mãe Joana - falei colocando minha bolsa no sofá

Ele sorriu pra mim

- Oi gatinha - respondeu

- ao que devo a honra da sua ilustre presença na minha casa? - perguntou olhando pra ele

- minha mãe pediu pra eu te levar pra almoçar, era trampo do seu namoradinho mas ele é um mala e tá cheio de coisa pra fazer na boca, sobrou pra mim, vulgo moto táxi - falou me olhando

- seu irmão não é meu namoradinho - respondi e ele deu um sorrisinho besta - e eu vou tomar banho pra gente ir logo, to morrendo de fome moto táxi - subi correndo e ouvi ele reclamar

Tomei um banho gelado e bem rápido porque ouvi o GR bater umas 3 vezes na porta do meu quarto me acelerando, depois que sai vesti um short jeans, uma regata simples preta e calcei minhas havaianas

Desci as escadas rápido e vi GR batendo o pé devagar no chão enquanto olhava alguma coisa no celular e girava a chave da moto numa velocidade que se voasse no olho de alguém deixaria a pessoa cega

- to pronta - falei pegando meu celular perto da minha bolsa que eu tinha deixado no sofá

- Deus é bom o tempo todo - agradeceu fazendo graça e eu fiz careta, ele me entregou o capacete e nós saímos na direção da moto

Subimos o morro devagar porque GR diferente do irmão dele dirigia igual gente, tranquilo e sereno, quando chegamos desci da moto carregando o capacete e entramos na casa dele

- Maria Alice que bom que chegou - Dayane parecia estar esperando a gente chegar na sala

- oi Dayane, como você esta? - perguntei cumprimentando ela com um abraço

- estou ótima graças a Deus, e você? - perguntou

- estou bem também - sorri pra ela

- que bom, você gosta de lasanha? - ela perguntou me arrastando junto com ela enquanto eu concordava, lasanha é meu prato preferido - estou fazendo uma no capricho e quero que você seja a primeira a experimentar - entramos na cozinha

- eu amo a consideração que você tem pelos seu lindo filho que saiu diretamente de dentro de você - GR veio atrás da gente

- aí Gabriel você faz um drama que só por Deus, você não aprendeu isso comigo - ela falou olhando pra ele e fazendo careta

- claro que não dona "vocês não me amam mais é isso? Por isso não ficam tanto tempo em casa como antes?" - ele falou fazendo uma voizinha fina e eu gargalhei

Dayane jogou uma cebola na cabeça dele

- aí mãe - reclamou e ela fez careta e acabou gargalhando junto comigo

Morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora