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Depois que os exames terminaram colocaram a medicação na minha veia e eu fiquei tentando assimilar as coisas, a medicação me deixava meio grogue

- Ela está medicada, mas em breve o efeito passa - ouvi a enfermeira falar com outra pessoa e me virei vendo Germano

Com outra roupa e cheirando a banho recente. Ele se sentou na poltrona ao lado da minha cama e a enfermeira saiu do quarto fechando a porta.

- Deita aqui comigo mor - pedi me sentindo zonza

- Essa cama não cabe nois dois maluca - falou me olhando

- Cabe sim, vem cá - chamei fechando os olhos

- Depois eu vou, você precisa descansar um pouco pro efeito do remédio sair - ele falou pegando o celular no bolso

- Você me odeia? - perguntei ainda com os olhos fechados

- Nunca - respondeu me olhando com uma cara engraçada

- Você compra bolo de chocolate pra mim? - perguntei me virando devagar para ver ele melhor

- Compro, assim que você melhorar e sair do hospital - ele respondeu se aproximando e beijando minha bochecha

- Beija a minha boca - resmunguei e ele riu baixo

- Deixa de mídia palhaça - falou e eu sorri me divertindo

Senti um sono e me deixei levar por ele.

(...)

Acordei meio perdida e vi Germano jogando um joguinho no celular

- Eu tô com sede - murmurei tentando me sentar na cama mas sentindo uma fisgada na perna

- Vou pegar água pra você, não faz esforço - falou se levantando e indo até um jarra

Ele encheu um copo de água e se aproximou de mim me dando um apoio para ficar com o corpo mais para cima.
Peguei o copo devagar e bebi, sentindo minha garganta arder.

- Acha que vou sair daqui inteira? - perguntei encarando ele que sorriu com deboche

- Claro que sim, logo você tá firme e forte perturbando minha saúde lá fora - falou pegando o copo assim que eu terminei

Sorri sem jeito

- Você sabe, se eles estão bem? - perguntei depois de uma pausa de silêncio

Ele respirou fundo

- Vicente foi o que mais se machucou, ele quebrou a clavícula, mas os dois estão em outro hospital - respondeu a contra gosto

- Eu lembrei de mais uma coisa - falei encarando ele que me observou - Vinícius tava fumando maconha, não sei se isso pode ter o atrapalhado a dirigir, ele pode ter ficado mais lento e por isso...- tentei falar sem me lembrar do momento do acidente

Mas era impossível.

- Mais um motivo pra eu quebrar a cara dele - Germano falou visivelmente irritado

- Ele me pareceu ser uma boa pessoa, não acho que tenha sido totalmente culpa dele - falei sem jeito sentindo minha cabeça doer

- Tudo bem, até que se prove o contrário vou ficar de olho nele - falou me olhando

- Vem deitar comigo, preciso de carinho - pedi mudando de assunto

- Não cabe nois dois nessa cama e você sabe disso - ele falou me olhando relaxando o rosto

- Por favor...- pedi chegando um pouco para o lado e abrindo um espaço para ele

Ele se levantou e se sentou ao meu lado tentando se ajeitar sem me machucar ou tirar nenhum acesso do meu braço, ele organizou tudo e me puxou me fazendo deitar a cabeça em seu peito ouvindo as batidas do seu coração.

- Minha cabeça tá doendo...- resmunguei manhosa e senti o sorriso dele mesmo sem estar vendo

- Estou aqui amor, pode descansar - falou beijando minha cabeça em seguida e eu concordei fechando os olhos.

Morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora