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A tarde passou voando, muita gente na loja, vendemos a maioria das coisas que estavam expostas e agora, 17:53 estamos repondo as prateleiras, TH está aqui ajudando

- Minha coluna tá doendo já, vou ser remunerado por isso? - ele perguntou colocando a mão nas costas e fazendo careta

- Vai sim, confia - Renata falou irônica

- Trabalho escravo isso aí, vou correr atrás dos meus direitos - ele falou fazendo Renata rir baixo - Vou ligar pra minha advogada, um segundo...- estendeu o dedo discando alguns números e colocando o telefone no ouvido

Franzi a testa encarando ele e meu celular vibrou no bolso, peguei atendendo

- Alô advogada, estão tentando me fazer trabalhar sem me pagar nada por isso - dei risada no telefone

- Diga a eles que eles não podem fazer isso, é contra a lei 5452/43 - avisei e ele franziu a testa

- Isso realmente existe? - perguntou

- Eu sou advogada querido, não me questione - falei e ele concordou desligando o telefone e voltando a olhar a Renata

- Minha advogada disse que segundo a lei 54 sei lá o que, eu não posso trabalhar sem receber - Renata riu - Mas agora é sério, como sabe que é essa lei? - perguntou pra mim

- Aprendi algumas coisas com os meus pais - respondi tranquila

- Já pensou em seguir na profissão? - Renata perguntou

- Sim, quero prestar o vestibular agora no final do ano, com as notas que tenho na escola consigo entrar em uma boa faculdade, meus pais deixaram um dinheiro pra caso eu quisesse uma particular - expliquei e eles concordaram

Meu celular vibrou de novo

- Dessa vez não sou eu - TH levantou as mãos e eu ri

Ligação

Yelena: Oii, sou eu, estou aqui na entrada do morro, tem uns caras armados sinistros me olhando muito feio, to assustada

Eu: Nossa tinha me esquecido de você, desculpa Ye, vou mandar um amigo meu te buscar aí na porta, agora mesmo ele chega aí

Yelena: Tomara que seja um bem gostoso, aguardo aqui

Dei risada negando enquanto desligava o celular

- Tenho outro serviço pra você - olhei pra TH

- Lá vem, tenho cara de escravo mesmo, né possível - ele bufou me olhando

- Vai ficar reclamando? - olhei pra ele - Eu mando outro em - ele revirou os olhos

- Fala logo enjoada - sorri

- Minha amiga Yelena tá lá na entrada do morro, ela vai ficar pro baile, veio mais cedo pra gente se arrumar, busca ela lá pra mim - pedi e ele já se animou

- Ela é gostosa? - ele perguntou me olhando e arrumando a blusa Renata riu

- Se liga em garoto, é só pra ir buscar ela sem gracinha com ela - encarei ele séria e ele riu

- Eu tento gatinha, mas vamos ver se ela vai conseguir resistir ao moreninho mas gostoso desse morro - passou a mão no corpo dando um sorrisinho

- Meu olho tá queimando, me poupa! - Renata fez careta e ele deu um leve empurrão nela que riu

Ele saiu da loja e desceu o morro rapidamente, enquanto isso, eu e Renata terminamos de arrumar as coisas.

Morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora