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Acordei ouvindo o bendito celular do Germano tocar de novo, maluco não tem sossego. Cutuquei ele pra ele acordar mas não acordou, não sei como.

Peguei o celular e vi que era uma tal de Stefany, atendi de pirraça.

Ela perguntou o que eu tava fazendo com o celular do GN e eu disse que tava com ele socado no cu, pra ela ligar mais tarde que eu já teria devolvido, e aí desliguei.

Coloquei o celular na mesinha do lado da cama me assustando com o maluco me olhando com cara de doido

- Susto do cão em - falei colocando a mão no coração e vendo ele com a cara fechada de sempre

Humor dele é péssimo de manhã.

- Quem era? - perguntou se esticando devagar

- Uma tal de Stefany, pedi pra ela ligar mais tarde - falei tranquila

- Foi educada? - perguntou

- Sou sempre educada com as desfavorecidas amor - falei encarando ele que tentou dar um sorriso, apesar do humor

- Que horas são? - perguntou

- Nove e meia - respondi fechando o olho

- Será que seu pai já chegou? - ele perguntou irônico

- Deve estar lá em baixo te esperando armado - comentei brincando

- Certeza - concordou e eu ri

- Vamos levantar - falei me sentando na cama devagar

- Mais cinco minutos - ele pediu

- Nem dois filho, aqui né a casa da mãe Joana não, agora mesmo minha mãe vem gritar - falei e ele murmurou alguma coisa

Levantei indo pro meu banheiro e comecei a escovar os dentes, logo ele apareceu arrumando a roupa e se olhando no espelho

- Cadê minha escova? - perguntou olhando no pote

- Tava podre né, comprei outra - falei com dificuldade apontando pra gaveta

- Eu gostava da do homem aranha - ele brincou ainda com a cara fechada e eu ri quase cuspindo a pasta nele

Depois que terminamos descemos juntos as escadas

- Bom dia - falei me aproximando do meu pai que tava sério na cozinha

- Bom dia princesa - ele falou me olhando

- Bom dia padrinho lindo, como você está? - Germano fez mídia - Benção? - ele falou esticando a mão

- Sem benção pra você hoje - ele falou e eu ri, mas logo parei com a cara do meu pai

- Credo, que padrinho ingrato que fui arrumar - ele respondeu forçando meu pai a pegar na mão dele

- Já falei que não quero os dois dormindo juntos - meu pai falou encarando a gente

- Bom dia gente - minha mãe entrou na cozinha

- Bom dia madrinha, benção - ele falou se aproximando dela que sorriu

- Deus te abençoe meu bem - ela falou pegando na mão dele e lhe dando um abraço

- Tá vendo, ainda existe gente descente nesse mundo - ele provocou meu pai e eu neguei mandando ele calar a boca, mas tentando não rir é claro

- O Germano veio me fazer companhia ontem pai, as meninas me deram um bolo e o Ihan tava de plantão - me expliquei

- E aí o senhor achou que era uma ótima ideia vir se aproveitar do meu bebê? - meu pai encarou ele sério

Minha mãe riu sem filtro nenhum

- Claro que não sogrinho, quer dizer padrinho, eu disse pa dri nho, você que ouviu errado - ele se embananou nas palavras

- Aí péssimo, vocês dois são péssimos - quebrei o clima - Ninguém se aproveitou de ninguém pai, a porta tava aberta, só dormimos juntos, o senhor sabe, foi no meu quarto antes de dormir - falei com jeitinho pra não irritar a fera

- Tá de plantão hoje Germano? - meu pai perguntou sem me olhar

- Não senhor - ele respondeu bebendo um café

- Agora tá - meu pai respondeu - Se organiza aí pra descer pra barreira, já que dormiu bem tá ótimo pra ficar mais tempo acordado - ele respondeu se levantando

- Pai o senhor não vai fazer churrasco hoje? Os meninos sempre bebem no domingo - falei tentando ajudar o coitado

- Pode ir Germano, até mais tarde - meu pai fingiu que não tinha me ouvido

- Misericórdia, depois o meu humor que é terrível de manhã - ele falou se levantando - Eu vou voltar pra almoçar em - ele avisou

- Volta mesmo - minha mãe falou - E diz pra sua mãe pra trazer a maionese - ela pediu

- Digo sim madrinha, tchau gata - ele falou indo embora

- Tchau - respondi comendo um pedaço de bolo

Meu pai me encarou

- Só dormi pai, só dormi - reforcei minhas outras palavras e ele concordou em silêncio

- Germano é um bom menino, não seja tão duro com ele - minha mãe falou se aproximando do meu pai

- Eu sei, vou acender a churrasqueira - ele falou dando um selinho rápido em minha mãe e indo para o quintal

- Sem novidades? - ela perguntou me olhando

- Tudo exatamente igual mãe - falei olhando pra ela que sorriu pra mim

- Vocês são fofos - ela falou bebendo um gole de seu café

- Eu sei - sorri achando graça

Minha mãe é apaixonada por Germano desde sempre, ela vive dizendo que ele é um genro de milhões, mal sabe ela que ele é terrível.

Morro do alemãoOnde histórias criam vida. Descubra agora