Capítulo 11

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Estar aguentando aquela tensão sexual talvez estivesse sendo a tarefa mais difícil da sua vida desde que tentou desenhar dobras nas roupas de seus croquis.

Havia andado para trás, quase tropeçando em algumas algumas numa estante por não saber onde estava indo, e acabando por fazer Denki rir baixo quando notou claramente seu nervosismo. Precisou de alguns segundos para sacar o celular para fora e transferir o dinheiro, naquele momento, a atendente no caixa notando os produtos de bdsm que Denki pretendia levar, Sussurrou cuidadosamente para o mesmo;

— Nós também fazemos coleiras personalizadas com nome.

O sorriso que se formou nos lábios do rapaz não foram nada discretos, especialmente quando o mesmo olhou na direção de Shinsou, e o arroxeado franziu o cenho enquanto corava fortemente.

— Deixa pra próxima. — Ele respondeu piscando rapidamente, apesar da expressão decepcionado da atendente, a mesma assentiu antes de continuar com o pagamento.

Shinsou havia ficado um tanto constrangido, decepcionado para não dizer aliviado? Talvez os pensamentos lhe fizeram acreditar que Denki faria aquela coleira com o nome de Jirou.

Pois sinceramente ainda não estava acreditando que o loiro e a recém desconhecida da festa era sua irmã, e sim a namorada. E que Shinsou não passava de um amante. Deus.

Realizou o pagamento quase que as pressas, quando o corpo tremia de nervoso, tão suavemente Denki deslizava os dedos por sua cintura, acariciando afim de acalmá-lo. Mas claro, aquilo só servia para reagir sensivelmente, ficando com o coração batendo forte contra o peito e cada parte dos músculos estremeciam mais. Kaminari achou estar sendo cruel demais, apesar do desejo nos olhos ao ver a forma que as costas de Shinsou se arquearam discretamente para frente, os lábios pressionados e como o vermelho no rosto dele ficou aparente.

Tinham tudo na palma da mão para fazer aquilo acontecer, se não fosse as tentativas de Hitoshi em tente esquecer tudo incluindo o próprio passado, enquanto não via a barreira que Denki carregava e estava sempre entre eles.

Saíram do sexshop pouco tempo depois, o arroxeado escondeu os vibradores dentro da mochila, e por algum motivo estava sentindo muito calor e constrangimento em andar ao lado de Denki. O caminho fora silencioso, e até o loiro parecia não querer tocá-lo mesmo que fossem os mindinhos, sentia que se o fizesse enlouqueceria.

Chegaram no carro do Latino em pouco tempo, e o silêncio cornonou pairando sobre o ar, era como se ambos tivessem sobre algum efeito que os impedia de olharem um para o outro sem cometer algo considerado ilegal para fazer em público. Os olhares se voltaram um para o outro, lentamente, e acertando quando sentiram calor no corpo pelas Iris coloridas praticamente estarem bruscamente conectadas.

Se os vidros forem escuros, a mão do loiro conseguia cobrir facilmente os lábios de Shinsou, seus quadris movendo em sincronia, afobados enquanto tudo lá dentro ficava quente e o suor começasse a descer dos corpos.

Estavam pensando na mesma coisa, pensando até na possibilidade de usar as coisas que compraram, mas Hitoshi foi o primeiro a desviar o olhar para a janela do carro, quebrando o clima, e fazendo com que Denki respirasse fundo. Perigoso demais, tente esquecer essa atração e desejo.

— Vou te deixar em casa. — Kaminari anunciou baixo enquanto ligava o carro.

— E os remédios…? — Se arriscou a perguntar, não olhava para nada além da paisagem noturna lá fora.

— Você toma eles as dez, me encontre lá uns vinte minutos antes, ok? — Tocou superficialmente na coxa do arroxeado e apertou um pouco. Shinsou estremeceu por inteiro ao assentir devagar com a cabeça. Precisou colocar mais o rosto próxima a janela, tentando sentir algum frescor na face quente. — É até bom, vai ter tempo pra testar suas compras.

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