tente esquecer

Capítulo 39

Querer tanto foder o alterego de Shinsou não era algo que sequer cogitou surgir em sua mente, por isso reconheceu estar cultivando pouca lucidez ao pedir aquilo.

Teve uma bendita gravata envolvendo seu pescoço, além do forte apreço que Purple possuía em vê-lo agindo como um animalzinho, fizera Denki ficar de quatro no meio daquele quarto.

O sorriso do mais novo sustentava no canto dos lábios, sua destra sendo responsável por segurar firmemente a gravata de Kaminari enquanto lhe olhava estando em pé. Aquela posição onde o latino de encontrava o deixava tão atraente, os olhos dourados faiscavam nervosismo em estar se submetendo, mas sua expressão não ocultava seu apreço perante a situação.

— Quão corajoso você é, cachorrinho? — A voz do cacheado soa curiosa, em meio ao silêncio Denki apenas Arqueou a sobrancelha num mudo questionamento. — Vai fazer tudo que seu dono mandar?

Temeu o significado da pergunta, e queria respondê-la com outra pergunta. Contudo não podia falar. Apenas fazer sinais em silêncio, visto que animais realmente não socializam como qualquer pessoa, Denki apenas assentiu minimamente, disposto a fazer de tudo apesar do receio.

Dado a resposta, purple estica o braço até a cômoda, onde pegou seu celular e começou a discar um número no mesmo. A confusão atinge todo o olhar do loiro, que não estava entendendo para quem ele estava ligando aquela altura do campeonato.

— É da recepção? — Purple perguntou suavemente antes de começar a andar, consequentemente puxando a gravata e forçando Kaminari a andar de quatro atrás de si. — Estamos com um problema no chuveiro da nossa suíte, quanto tempo vocês conseguem vir aqui para consertar?

Um certo pânico começa a se alastrar por cada parte corporal do loiro, ele estava sendo conduzido até a porta, e mesmo sabendo que na cobertura não haviam câmeras no corredor, foi exatamente aquele fato que lhe preocupou. Sem câmeras, sem perigo.

— Uns cinco minutos? — Continua a falar, desta vez abrindo a porta e olhando para ambos lados no extenso corredor, que também tinha a porta do elevador de frente para seu apartamento. — Okay, não demorem.

Ao desligar a chamada, Purple puxa rapidamente a gravata entre os dedos, fazendo com que Denki ficasse de pé com um grunhido deixando os lábios. Queria xingar a si mesmo por querer fode-lo, agora estavam ambos no meio do corredor, completamente sem roupas de frente para o elevador enquanto um funcionário do prédio chegaria em cinco minutos.

Encostando-se na parede, o cacheado traz Denki próximo o suficiente para ambos corpos ficarem colados, e como sempre seu sorriso ficava cada vez mais perverso nos lábios vermelhinhos.

— Cinco minutos, gracinha... — Sussurra abrindo lentamente os dois lados de suas pernas, o gesto levando as íris douradas diretamente para o meio dentre a meia arrastão do mais novo. — Acha que consegue?

Só podia ser brincadeira. Ele seria louco de concordar com aquilo, mas o nível de insanidade já havia ultrapassado os próprios limites quando sentira seu pau enrijecendo, justamente por estarem ali em público, e com as altas chances de serem vistos.

Num movimento rápido as mãos do loiro seguram nas coxas do garoto a sua frente, pressionando rudemente e o erguendo contra a parede. Purple sequer tivera tempo de despejar palavras acidas sobre Denki, dado que em questão de segundos o latino estava empurrando a extensão do membro para dentro de si ,com extrema força. A altura imposta no grito de Purple deveria ter sido ouvida em pelo menos três andares abaixo deles, contudo a dor momentânea não durou mais que dois segundos, visto que o sorriso ladino de satisfação tornou a surgir em seus lábios. 

Sempre conseguia emputecer o loiro com ações sutilmente pequenas, a destreza no olhar ardia em confiança e provocação, nunca largando a forte ligação nas íris douradas sempre tão carregadas de raiva. No entanto ele mesmo acabava admitindo que Denki não era carinhoso ou gentil, muito menos emitia delicadeza nas estocadas brutas o suficiente para faze-lo arrastar rapidamente as costas nuas na parede. Sequer existia trégua ate no jeito que Kaminari lhe encarava de forma provocante, os lábios estremecendo sarcasticamente num desejo de sorrir perante o estado sensível do arroxeado. Claro, o orgulho prevalecia forte o suficiente em cada um dos dois para não ceder em momento algum.