Durante os dois dias na República Dominicana, Denki mal teve acesso para falar com Shinsou. E quando perguntava para Eijirou o que estava acontecendo, ele só dizia que o arroxeado estava bem. Nada mais.
A angústia e incerteza o corroeu o tempo todo, isso até ele resolver recorrer ao tarot junto a meditação.
Ele soube com um aperto no peito e o coração batendo acelerado, uma onda de choque lhe consumindo quando descobriu exatamente o que havia acontecido.
No início quis matar Bakugou e Kirishima por não terem lhe contato, contudo foi apenas questão de tempo para ele tentar entender o lado dos dois naquela situação toda. Shinsou carregava uma onda de pavor pela pessoa que acreditava confiar, e seu subconsciente parecia disposto a dar inúmeras chances enquanto não existissem nenhuma prova concreta.
Shinsou continuaria sendo perseguido por todo o mal se aqui não fosse rapidamente rompido.
Já estava prestes a ter um ataque de pânico quando seu celular tocou, anunciando a chamada de alguém na qual o loiro não esperava. Toga.
— Oi vampira… — Murmurou ao atender, havia tempo que não falava com a amiga de infância e se sentia envergonhado naquele momento.
— Kami… — O timbre desesperado lhe assustou automaticamente, a ponto de parar de andar no aeroporto de Nova York. — O estúdio foi fechado!
— O que?! — Grita, chamando a atenção das pessoas passando ali perto e fazendo sua mãe franzir o cenho num semblante assustado. — Como assim?! O que aconteceu?
— Eu não sei! — Responde com a voz embargada. — Uns policiais chegaram aqui trazendo um mandato e simplesmente disseram que o estúdio estaria fechado permanentes.
— Não fode. — Grunhiu já sentindo a falta de força para de manter em pé. — Você perguntou quem chamou a porra da polícia pra um simples estúdio de tatuagem?!
— Sim… Uma tal de Ashido Mina…
Seus olhos se arregalaram, foi extremamente difícil continuar respirando direito. A mãe do rapaz foi as pressas numa extrema preocupação para ajudá-lo,
Kaminari definitivamente estava na merda da mira de uma psicopata.
Eri foi receosa até o quarto de seu irmão, as batidas silenciosas na porta antes de finalmente entrar no cômodo.
Acabou formando uma careta no rosto, estava uma bagunça. Roupas espalhadas pelo chão, embalagens de doces, alguns pratos sujos e até bitucas de cigarro.
Foi andando cuidadosamente até a cama, o quarto completamente escuro graças as cortinas fechadas que dificultava achar a cama. Que era onde Shinsou estava, debaixo do edredom. Odiava vê-lo daquele jeito, lhe partia o coração e ela ainda não sabia o que fazer para deixar seu irmão melhor.
Passou a mão sobre o edredom, acariciando as costas do rapaz que se encolheu lentamente diante daquele toque.
— Shin… — O chama num sussurro. — Você não pode continuar assim, seu atestado pra faculdade logo vai acabar e precisa se recuperar.
Não obteve respostas. Pois além do desânimo para sequer sair debaixo do edredom, queria evitar que Eri visse os hematomas sobre sua pele.
Devia o pequeno agradecimento a Ojiro, num ataque de fúria onde o loiro lhe encheu de socos e tapas quando soube que Shinsou ainda tinha contato com Kaminari. Sentia-se um lixo, nem poderia buscar o Latino no aeroporto, tinha medo de ser descoberto por Ojiro. Ou talvez a dor no corpo fosse o real motivo de não conseguir se levantar.
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tente esquecer
FanficShinsou tem um problema para lidar com pessoas, e seu considerado maior erro foi transar bêbado com Denki Kaminari numa festa. Desesperado para evitá-lo, sua melhor amiga Mina o instrui a tentar esquecer, mas Denki o bagunçaria de todas as formas qu...