Capítulo 19

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ANAYA

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ANAYA

Todas as vezes que eu tento falar com a Maria essa cachorra não me atende e não me responde, sério gente, não dá! Eu odeio pessoas descansadas. Eu gosto de gente correria, que você conversa com a pessoa e ela tá no 360 para resolver a vida.

Eu gosto de pessoas que quando você fala, ela te fala mil planos e todas as realizações. Antigamente eu via isso na Maria, hoje em dia se você perguntar por ela, tá bebendo, tá passando vergonha por causa de droga e fora que a bonita ainda trancou a faculdade falando que não precisa disso para ter um futuro.

Essa semana resolvi sair final de semana e encontrei ela, veio falando comigo para ficar com ela e as amigas dela. Deus me livre, as mona tudo mal encarada, fiquei 10 minutos perto e já senti a radiação de longe. Antes de sair de vez, esculachei a Maria.

Eu sou muito bem resolvida com meus estudos, com meu estágio, com minha vida amorosa. Só queria que ela fosse a mesma de antes, mas pelo jeito caiu na ilusão de colega e de bandido.

Falar em vida amorosa, esses dias discuti foi muito feio com o Lennon. O bonito acha que é meu cão de guarda ou que eu sou a cadela dele domesticada. Eu não nasci para me contentar com metades e nem migalhas.

Agora esse filho da puta tá aqui me enchendo o saco, ainda vem na porta da minha casa pra fazer alvoroço.

Anaya: Olha só, tá achando que minha casa é o quê? Pode indo embora, o que eu tinha pra falar contigo eu já falei e deixei tudo claro.

L7: Deixou o caralho, coe Anaya. Tu quer me tirar como otário no bagulho, já falei contigo que não é assim que se resolve as coisas não.

Anaya: Então é como? Você é muito engraçado, sumiu por quase uma semana. Fora as vezes que passava na rua e fingia que eu era um nada. Olha só, eu não sei como eram seus relacionamentos. Não sei como era com as cachorras que você pegava, mas eu não preciso beijar pé de homem nenhum. E outra coisas, seu canalha. Você tá vendo alguma aliança aqui?

Aponto para meu dedo e vejo ele já com a cara fechadíssima encarando minha mão.

Anaya: Eu tô falando contigo, bonito. Vai responder não? Eu gosto de fazer passar vergonha e pelo o que eu tô vendo tem muita gente na rua pra mim fazer um escândalo.

L7: Namoral, puta que pariu. Maldita hora que me envolvi contigo, sem neurose. Tô cheio de coisa pra resolver e perdendo tempo contigo, papo reto. Invés de ficar tudo tranquilo, você quer arrumar atrito comigo. Tá chutando cachorro morto, você. Tá certinha.

Anaya: Certa? Meu querido, eu sou a dona da razão e outra coisa. Tenho nada contigo não, tô solteira e muito livre na pista pra negócio. Tá achando ruim coloca uma aliança no meu dedo, caso contrário vai continuar me vendo ficar com quem EU quiser.

Olha, parece até que eu tinha falado uma coisa surreal, porque o bofe veio com tudo pra cima de mim. Até engoli saliva, porque a cara dele tava vermelha. O homem é preto gente, como que fica vermelho.

L7: Tá maluca, porra? Ai, papo reto. Tô perdendo a paciência já contigo. Fiquei a semana toda fazendo missão, com uma porrada de coisa pra resolver e quando voltei ainda tive que pegar plantão seguidos. Nem te ver eu vi, pô. Maldita do caralho, tô aqui falando purão contigo e tu aí falando de pegar outros. Cachorra.

Anaya: Cachorra não, bonito. Solteira! E me solta que eu não gosto de agarramento não, anda. Solta! Vou ficar pedindo toda hora não.

Ergo minha sobrancelha e cruzo logo os braços, quer vim dar um de maluco vai atrasar a vida dele mesmo. Porque vai ouvir o que não quer e além disso, a verdade. O bofe nem pra falar que ia para missão, ou sei lá. Volta como se nada tivesse acontecido e eu não ia ficar chupando dedo, como se fosse alguma emocionada de esperar ele voltar de algo que nem me avisou.

Não que ele tenha a obrigação, até porque não temos nada além de sexo. Mas seria o mínimo, né mores? A rua estava até que cheia, porque estava todo mundo olhando para o show que o Lennon tava dando na porta da minha casa.

L7: Cabou? Coe, preta tu só me despreza. Vamo ficar tranquilo, maior tempão que tu não fala comigo e me dispensa. Tô nem entendendo você, bora lá pra casa?

Olho bem para a fuça desse cara de pau e quando ele segura minha nuca já fico toda mole, ai gente, resisto não. Porém, minha cabeça tava gritando pra mim entrar pra casa e fingir que esse desgraçado nem apareceu aqui.

Anaya: Sai, praga. Você acha que eu tenho amnésia? Euhem, me solta que já falei que não gosto de grude.

Tu soltou? Nem ele, começou a beijar meu pescoço e segurar minha cintura. Quando mais eu afastava, mais ele grudava. Sinto o cheiro dele de Malbec e fecho até o olho sentindo os beijos em meu ombro, passo minha mão pelo cabelo dele recém cortado e balanço minha cabeça.

L7: Papo reto, Anaya. Bora lá pra casa, pô. Sou de insistir nós bagulho não, e tô aqui ainda mermo tu só me dispensando.

Anaya: Ih, tá. Vou trocar de roupa rapidinho, antes de você vim estava estudando e você já tirou minha paz mesmo.

Me afasto e vejo ele indo em direção a moto, subindo na mesma e eu correndo pra dentro de casa para trocar de roupa porque de banho tomado eu já estava mesmo e tá um calor do caramba, não aguento mais cara. Prefiro mil vezes o frio, minha pressão vive abaixando por causa disso.

Anaya: Mãe, vou sair. Daqui a pouco volto, tá bom velha? Vai ficar bem?

Luana: Garota, que gritaria era aquela no portão? Já tá se estranhando com o outro lá? Olha bem, hein. Não te criei pra deitar pra macho deitar não.

Anaya: Mais fácil eu deitar nele, né bonita. Porque aquele cachorro só late, vou trocar de roupa. Já volto.

Luana: Gosto assim, qualquer coisa tu me avisa que eu jogo a vassoura na cara dele logo. Depois traz ele pra me conhecer.

Afirmei com a cabeça mesmo sabendo que não traria ele nem tão cedo pra ela conhecer, Deus me livre. Bofe maluco e eu sou duas vezes pior.

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Termino de me arrumar e passo só um gloss na boca, pelo menos de feia não pode me chamar. Desliguei meu notebook e ouço o bonito buzinando abessa, e ainda escuto minha mãe gritando pra ele enfiar no cu a barulheira toda.

Ela é foda, incrível como eu me pareço com ela.

Saio do quarto e assim que cheguei na porta, pedi bença pra minha mãe e beijei sua mão. Saio de casa e encontro o bonito com aquela cara fechada dele em cima da moto ainda mexendo no celular. Merda de homem gostoso!

 Merda de homem gostoso!

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Vivaz (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora