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ANAYA
Sério, eu tô me tremendo igual um pinscher. Sai da boca virada no satanás, ok, eu reconheço que minha atitude foi equivocada mas pensem comigo. No lugar de vocês, não ficariam chateadas também? Eu fiquei bastante, porque se fosse uma pessoa qualquer eu nem bateria cabeça mas é a minha irmã, a pessoa que nasceu e foi criada comigo.
Agora tô aqui guardando minha roupa na bolsa para ir no estágio, sério, ultimamente tenho estado em um péssimo humor. Mas eu tenho que aprender a colocar minhas coisas a cima de tudo, porque a Maria tem tomado metade do meu tempo. Quando não estou pensando nela, tô pensando em como ajudá-la.
Terminei de arrumar tudo e dou bença para minha mãe, saio de casa e já começo a descer o morro. Eu que lute, né, mores? Nasci gostosa e não herdeira, então tenho que lutar para mimar a patricinha que vive dentro de mim.
Quando passo pela boca, vejo uma movimentação gigantesca, não tô brincando. Nunca vi tanto homem e fuzil reunidos no mesmo lugar, será que vai ter show da Ivete Sangalo e ninguém me avisou? Passada, mas nem fiquei encarando muito, porque os bofe tem tudo uma cara fechadissimos.
Mas juro que minha pressão despencou quando vi o Lennon com um corta vento e dois fuzis atravessados, sério, fiquei até com vergonha porque vacilei e quase tropecei. Que ódio, inferno de homem gostoso que me faz querer virar aquele fuzil só pra está grudada nele.
Jogo meu cabelo e ergo minha sobrancelha quando percebo que não sou a única que estava encarando, desviei o olhar e desci o morro indo para o mais longe possível.
XXX: Boa noite, pode me dá o prontuário dos animais que estavam internados? Preciso revisar e saber como reagiram a medicação.
Dou um sorriso simpático para a estagiária nova e já entrego o prontuário, a chamo para ir na sala e mostro cada um porque tenho que fazer isso já que por mais que tenha a descrição de cada um, fica mais fácil quando identificamos.
Alice: Muito obrigado, viu? Se não fosse você, eu estaria perdida até agora. Aliás, meu nome é Alice. Prazer!
Dou um sorriso de lado e seguro sua mão.
Anaya: Anaya, prazer é todo meu! Começou o estágio hoje?
Alice: Sim, tô aqui desde ontem. Mas já mudaram o prontuário. Bicha, você me desculpa, mas como se sente sendo a preferida de Deus? Num é possível ser bonita assim.
Anaya: Se manca, tu é linda também, mona.
Solto uma risada e coloco a luva para colher o exame de sangue de uma gatinha, faço um bico já querendo levar para casa.
Alice: Anaya, acho que estão te ligando, mulher. Tá com o ouvido no cu?
Anaya: Eu amo o conceito de conhecer hoje e já ter intimidade de falar: tá com o ouvido no cu?
Soltei uma gargalhada e junto com Alice, peguei o celular dentro do jaleco e vejo que era o Lennon. Ah, mereço. Coisa boa não é.
LIGAÇÃO ON
Embuste: Coe, já tá no estágio? Anaya: Tô sim, o que houve? Já tá com saudades? Embuste: Se liga hein, volta pro morro hoje não. Se puder fica em algum lugar, a upp tá brotando. Não vai subir e nem descer ninguém. Anaya: Você nem brinca com isso, Lennon. Vai ficar no meio disso? Você tem que sair daí, por favor. Eu sabia que ia acontecer alguma coisa. Embuste: Tem nem como, pô. Vou desligar aqui, quando tiver tudo tranquilo te aviso, preta.
LIGAÇÃO OF
Juro que comecei a me tremer da cabeça aos pés, o Lennon pode ser insuportável as vezes mas eu me preocupo igual. Não tem essa, vi a preocupação no rosto de Alice e já vejo ela vindo correndo com um copo de água, me sento um pouco e bebo a água.
Anaya: Olha, que inferno que é morar em morro. Sabia que ia acontecer alguma coisa, tinha uma movimentação muito estranha por lá. Muito homem bonito reunido no mesmo lugar nunca é boa coisa.
Alice: Homem bonito? Vem cá, me apresenta? Falou de homem gostoso, eu já fico com a perna arreganhada. Mas o que houve?
Anaya: Vai ter operação por lá, pelo visto não vai acabar tão cedo. E eu fico com um boyzinho que me ligou falando sobre isso, morro de medo de acontecer alguma coisa com ele, nem dei minha buceta direito pra ele. Não aceito que morra tão cedo!
Alice: Faz uma reza braba para Deus proteger ele, nega. Com sexo não se brinca, não pode morrer assim não.
Solto uma gargalhada alta e acabo me distraindo com a Alice, essa garota é terrível. Engraçada abessa, descobri que ela mora no jacarézinho. Fiquei até surpresa, porque jurava que ela era da pista.
Voltei a tirar sangue da gatinha e dei um beijinho nela, mandei mensagem para minha mãe e ela disse que já tinha começado a guerra por lá. Mas que ela acenderia uma vela para proteger o bonito, depois fala que eu só maltrato ele. Muito boa, melhor que isso só duas de mim.
Já estava na sala junto com uma das doutoras observando o atendimento e respondendo algumas perguntas sobre medicação e o organismo de um cachorro, enfim, coisas básicas que temos que aperfeiçoar porque minhas provas já esta o chegando e eu não vou precisar estudar isso já que entrou na minha cabeça de tanto que fico perto.
Mordo meu lábio indo para o almoxarifado, achando a bonita jogada no chão e comendo chocolate. Quando ela me ver, dá um salto que en dois tempo tá de pé.
Alice: Que susto, porra! Que ódio, cara. Tô me escondendo e você aparece do nada.
Anaya: Tem o que fazer não? Me ajuda a pegar a medicacao, mas antes me dá um pedacinho de chocolate? Tô louca.
Faço um biquinho e coloco a cabeça no ombro de Alice que contra gosto divide o chocolate, solta um sorriso satisfeito e já começo a comer. Porque se alguém entra aqui e ver a gente sem fazer nada, capaz de dá um fuzuê, xocotó.
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