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ANAYA
Ai gente, se tem uma coisa que eu tenho ódio é de passar vergonha. Não estava nem olhando para aquela ridícula e do nada já veio gritando comigo, não sou de arrumar confusão, pelo contrário prefiro evitar. Não porque não sei brigar, mas porque minha paz vale muito.
Tirou minha paz eu já evito e a primeira coisa que eu fiz foi ir embora daquele lugar, ainda mais quando aquele tal de Pitbull ficou me olhando feio. Euhem, se ele não tem uma mulher problemática o problema é todo dele.
Agora estou aqui indo para a pracinha pra comer alguma coisa, tô com uma fome que não é minha. Já era uma hora da manhã, mas sei que se eu chegar em casa vou ter que fazer janta e prefiro comer fora. Por isso minha mãe vive para me me gongar, só vivo na base de lanche.
Anaya: Boa noite, amor da minha vida. Pode fazer uma batata turbinada para mim? Ah, um açaí também.
Dolores: Claro, minha filha. Você sumiu, me abandonou e me deixou para escanteio. Sabe?
Dou um sorriso simpática para a dona Dolores, ela cuidou de mim quando eu era mais nova. Minha mãe precisava trabalhar e sempre me deixava com ela, são super amigas e eu amo ela de paixão.
Anaya: Para de graça, minha razão. Eu juro que venho aqui mais vezes.
Levanto o dedo mindinho e assim que ela encaixa no meu, dou um beijo em sua mão. Pergunto se a mesma precisa de ajuda e ela prontamente nega, muito cabeça dura mesmo.
Ergo meus braços em rendição e dou um sorriso largo em sua direção, ouço meu celular apitando e vejo mensagem da Maria falando que Aida estava lá mas já ia embora porque arrumou um boyzinho, balanço minha cabeça e logo respondo mandando ela aproveitar a noite.
Maria tem andado bem estranha, ela tem se afastando aos poucos por conta de outras amizades. Eu realmente não ligo de ela ter outras amizades, mas tem se desviado demais dos propósitos dela. Tudo bem sair uma vez ou outra, mas ela tem deixado de ir para a faculdade e até mesmo para o trabalho. Tem vivido para baile, se arrumar para ir em baile, traficante e isso tem me irritado demais.
Eu cresci com ela e ver a mesma se perdendo desse jeito me dá até um aperto no coração, ela é minha irmã de alma então acho que a partir dessa semana vou começar a puxar a orelha dela. Quero ver essa menina progredir, sempre fomos o tipo de amigas que não se falam o tempo todo, se ver a cada um mês mas sempre quando uma precisa a outra está lá para ajudar.
Agora não vai ser diferente, afasto meus pensamentos quando minha batata e meu açaí chegam, aí, sou apaixonada.
Começo a comer e agradeço a dona Dolores, ouço um barulho de moto e viro logo meu rosto porque meu espírito de fofoqueira fala mais alto. Vejo o L7 saindo da moto com uma cara nada boa, se bem que todas as vezes que vi ele, sempre estava com essa cara fechada.