Queridos ''famintos'', quero dizer, amigos. Espero que vocês curtam o capítulo final do crossover com Brigada Dos Mortos, livro da minha querida amiga Cintia Lilian. Saibam que deu MUITO trabalho para nós duas escrevê-lo, mas adoramos o resultado do que criamos. Eu gostaria de agradecer a Cintia pela oportunidade de fazer parte do universo de BDM, foi incrível, amiga, seus personagens marcaram o meu livro. Obrigada pela parceria. Quem sabe não fazemos outra no futuro, né? kkkk.
Agora bota EXCLUSIVO, minha filha, porque deu trabalho pra fazer.
Minutos depois doutor Erik voltou trazendo o aparelho de ultrassonografia. Ele teve um pouco de dificuldade para liga-lo, o que me fez duvidar da sua capacidade para usá-lo.
– Deu certo? – ele sussurrou enquanto lambrecava minha barriga com uma gosma gelada e transparente.
Balancei a cabeça concordando. Não podíamos correr o risco dos guardas ouvirem nossa conversa. Ele sorriu aliviado. Deslizou o transdutor por todo o abdômen e seu semblante foi se endurecendo.
– Tem algo errado? – o questionei ao olhar a imagem no aparelho e não saber identificar nada.
Ele não respondeu de imediato. Ajustou os óculos no nariz e continuou a analisar a imagem à sua frente.
– Não ouço os batimentos... – por fim, ele disse.
Engoli em seco.
– Obstetrícia não é a minha especialidade, na verdade, não sou médico e sim biomédico, as pessoas confundem.
– Doutor Erik, – segurei sua mão livre – seja sincero comigo, você não ouve os batimentos do neném porque ele morreu, é isso?
Ele colocou o transdutor de volta no aparelho e segurou minha mão de forma terna.
– Vamos fazer um novo exame mais tarde, vou testar o aparelho em outra grávida, espero que tenha alguma por aqui. Além do mais, máquinas nunca são 100% confiáveis, elas falham quando mais precisamos delas.
Àquela altura, eu já estava chorando. Queria meu marido presente comigo naquele momento.
– Tem uma mulher, doutor, Manoela é o nome dela, ela está grávida. – um dos guardas disse.
– Tragam ela até mim, gostaria de examina-la. – ele pediu ao guarda. – Repouse, voltarei logo, logo para refazer a ultrassonografia.
Ele e o guarda arrastaram o aparelho até uma maca distante de onde eu estava e o doutor fechou o cortinado branco. Eu não conseguia enxergar nada dali.
– Não sei o que é pior: perder um filho ou não conseguir engravidar. – Íris disse, sua voz era pesarosa.
– O que está dizendo? – perguntei curiosa
– Não ligue para mim, só estava pensando alto. Sinto muito que isso esteja acontecendo com você.
Balancei a cabeça, aceitando as condolências.
– Eu quero pedir desculpas pelo que fiz a você no natal. Eu não deveria ter feito aquilo, mas o ciúme falou mais alto e estraguei tudo pra todo mundo.
– Como você descobriu sobre a minha gravidez?
– Ouvi você e o Lobo Selvagem conversando em uma das salas e vi que você não sabia como contar para a sua família.
– Eu não planejei ficar grávida, foi um descuido.
– É do Benny, não é?
Nos encaramos por um longo momento e quando estava prestes a responder um homem entrou na enfermaria. Era o próprio dito-cujo, Benny, ele estava acompanhado de alguns homens. Eles vieram ao nosso encontro.
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Diário De Um Apocalipse Zumbi - O Despertar Dos Mortos
TerrorAquela era para ser mais uma manhã pacata na vida de Melina Reis. Ela se preparava para uma entrevista de trabalho quando percebera que estava vivendo um Apocalipse Zumbi. As pessoas que ela costumava conhecer começaram a agir de forma irracional. S...