Capítulo 42 - Parte I: Mamãe de Anjo

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Queridos ''famintos'', quero dizer, amigos. Espero que vocês curtam o capítulo final do crossover com Brigada Dos Mortos, livro da minha querida amiga Cintia Lilian. Saibam que deu MUITO trabalho para nós duas escrevê-lo, mas adoramos o resultado do que criamos.  Eu gostaria de agradecer a Cintia pela oportunidade de fazer parte do universo de BDM, foi incrível, amiga, seus personagens marcaram o meu livro. Obrigada pela parceria. Quem sabe não fazemos outra no futuro, né? kkkk.

Agora bota EXCLUSIVO, minha filha, porque deu trabalho pra fazer.


Minutos depois doutor Erik voltou trazendo o aparelho de ultrassonografia. Ele teve um pouco de dificuldade para liga-lo, o que me fez duvidar da sua capacidade para usá-lo.

– Deu certo? – ele sussurrou enquanto lambrecava minha barriga com uma gosma gelada e transparente.

Balancei a cabeça concordando. Não podíamos correr o risco dos guardas ouvirem nossa conversa. Ele sorriu aliviado. Deslizou o transdutor por todo o abdômen e seu semblante foi se endurecendo.

– Tem algo errado? – o questionei ao olhar a imagem no aparelho e não saber identificar nada.

Ele não respondeu de imediato. Ajustou os óculos no nariz e continuou a analisar a imagem à sua frente.

– Não ouço os batimentos... – por fim, ele disse.

Engoli em seco.

– Obstetrícia não é a minha especialidade, na verdade, não sou médico e sim biomédico, as pessoas confundem.

– Doutor Erik, – segurei sua mão livre – seja sincero comigo, você não ouve os batimentos do neném porque ele morreu, é isso?

Ele colocou o transdutor de volta no aparelho e segurou minha mão de forma terna.

– Vamos fazer um novo exame mais tarde, vou testar o aparelho em outra grávida, espero que tenha alguma por aqui. Além do mais, máquinas nunca são 100% confiáveis, elas falham quando mais precisamos delas.

Àquela altura, eu já estava chorando. Queria meu marido presente comigo naquele momento.

– Tem uma mulher, doutor, Manoela é o nome dela, ela está grávida. – um dos guardas disse.

– Tragam ela até mim, gostaria de examina-la. – ele pediu ao guarda. – Repouse, voltarei logo, logo para refazer a ultrassonografia.

Ele e o guarda arrastaram o aparelho até uma maca distante de onde eu estava e o doutor fechou o cortinado branco. Eu não conseguia enxergar nada dali.

– Não sei o que é pior: perder um filho ou não conseguir engravidar. – Íris disse, sua voz era pesarosa.

– O que está dizendo? – perguntei curiosa

– Não ligue para mim, só estava pensando alto. Sinto muito que isso esteja acontecendo com você.

Balancei a cabeça, aceitando as condolências.

– Eu quero pedir desculpas pelo que fiz a você no natal. Eu não deveria ter feito aquilo, mas o ciúme falou mais alto e estraguei tudo pra todo mundo.

– Como você descobriu sobre a minha gravidez?

– Ouvi você e o Lobo Selvagem conversando em uma das salas e vi que você não sabia como contar para a sua família.

– Eu não planejei ficar grávida, foi um descuido.

– É do Benny, não é?

Nos encaramos por um longo momento e quando estava prestes a responder um homem entrou na enfermaria. Era o próprio dito-cujo, Benny, ele estava acompanhado de alguns homens. Eles vieram ao nosso encontro.

Diário De Um Apocalipse Zumbi - O Despertar Dos MortosOnde histórias criam vida. Descubra agora