CROSSOVER - PARTE 6
Andressa e Kenichi trancaram os portões do lugar a tempo de impedirem os mortos de nos alcançar. Os homens que acabaram de chegar abraçavam aliviados suas conhecidas Mônica, Marina e Andressa. Ficaram extremamente assustados quando olharam a menina Jacqueline em uma das macas. O Capitão Francisco, um homem alto e com uma postura que só podia ser de um militar, a examinava minuciosamente. Sua preocupação era nítida. Pela forma como ele olhava para ela, só podia ser a preocupação de um pai que acabara de descobrir que sua filha estava ferida.
– Minha menina. – ele afagou os cachos de Jacqueline e voltou sua atenção para o seu grupo. – Como isso aconteceu?
Marina, ainda abraçada a Kenichi, suspirou pesarosamente antes de responde-lo sem soltar o marido – Ela se feriu na explosão, veio escondida na carroceria do nosso carro. Ela tentou nos ajudar quando aquele cara – e apontou o Fred – tentou nos matar. Ela é uma garota forte, fora que é uma Mendes, osso duro de roer. Ela ficará bem. – Marina tentou descontrair o momento.
Henri e Pente Fino arrastaram Fred para uma das salas no fundo do posto de saúde e o amarraram em uma cadeira. Ele se debatia como um animal selvagem recém capturado. Várias pessoas chegaram de apoio e apontaram suas armas contra o inimigo. Mônica chegou afoita e esbarrou em Íris. Era como se não tivesse ninguém em sua frente a não ser o homem que feriu sua garotinha.
– Seu filho da puta! – Mônica avançou em sua direção e bateu na cara do homem com a coronha da arma. – Ela te mandou? Mandou matar a minha filha? – gritou furiosa.
O homem nem teve tempo de ver de onde veio a pancada, apenas a sentiu. Ele encarou a mulher que acabara de quebrar seu nariz e sorriu debochado.
– Nem sei quem é você, dona. O meu plano era matar o Benny, se você ou sua filha estavam junto não era nada mais do que efeito colateral. – ele escarrou aos pés dela.
Mônica olha para o sangue que ele acabara de cuspir, quase acertando-a, com um olhar de incredulidade pelo que acabara de ouvir – Efeito colateral? Você não faz ideia de com quem se meteu. – ela puxou seu facão do coldre, o que deixou a todos apreensivos.
Por mais que ela e todo o resto de nós quiséssemos mata-lo, ainda precisávamos dele vivo.
– Mônica, nós ainda precisamos dele. – Andressa dá alguns passos, cautelosa, em direção a cunhada. — Ele pode ter informações...
Mônica pegou um isqueiro e o acendeu, aquecendo a lâmina, atraindo a atenção de todos.
– Não se preocupem, não o matarei, apenas deixarei um efeito colateral de lembrança... – sorriu maliciosamente para o homem.
Ela esquentou a lâmina por um longo minuto, rodilhou a cadeira onde o homem estava sentado, e enterrou o ferro quente em sua coxa, fazendo-o gritar desesperado. A ação de Mônica surpreendeu a todos, ela seria capaz de coisas inimagináveis para proteger sua família.
E estava errada?
Vicente chegou correndo na sala – Precisamos ir, o portão não vai aguentar por muito mais tempo. Eles podem entrar a qualquer momento.
O grito excruciante de Fred só serviu para atiçar ainda mais os mortos lá fora. De onde estávamos dava para ouvir os uivos guturais do bando.
– Onde eles estão? – perguntou Mônica ao encarar o homem que urrava de dor, afundando a faca quente até o final da lâmina, ele sentia sua própria carne ser furada e queimada ao mesmo tempo. Ela aguardava impaciente pela resposta.
Marina segurou o ombro da irmã, parando-a – Temos que ir.
Mônica bufou raivosa e decepcionada por ter sido interrompida, puxou a faca que havia cravado na coxa do homem, sem nenhuma cerimônia, fazendo a perna dele minar sangue. Fred gritou novamente ainda mais alto.
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Diário De Um Apocalipse Zumbi - O Despertar Dos Mortos
HorrorAquela era para ser mais uma manhã pacata na vida de Melina Reis. Ela se preparava para uma entrevista de trabalho quando percebera que estava vivendo um Apocalipse Zumbi. As pessoas que ela costumava conhecer começaram a agir de forma irracional. S...