CP 33 - SOFRENDO...

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  Abro meus olhos com certa dificuldade, minha cabeça dá voltas, forço minha visão, mas ela está embaçada, e não enxergo bem as coisas a minha volta

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  Abro meus olhos com certa dificuldade, minha cabeça dá voltas, forço minha visão, mas ela está embaçada, e não enxergo bem as coisas a minha volta. Fecho os olhos com força e esfrego-os. Depois, os abro novamente, olhando em volta, parece que estou sozinha em um quarto, é a primeira coisa que constato. Me sento na cama esfregando mais os olhos e resolvo me levantar. Coloco os pés no chão e me levanto cambaleando da cama e vou até à porta. Tento abrir e nada, bato na porta e grito Noah, mas ele não responde. Não sei por quanto tempo permaneci apagada, o que me dá mais desespero. Coloco as mãos sobre minha barriga, respiro fundo. Preciso pensar, pelo meu bebê!

  Observo o local com calma e cautela, “preciso ser fria,” digo a todo momento para mim mesma, mas meu coração está batendo forte, o medo paira em mim.

  — Calma, Kaila, pense!

  Olho as paredes em busca de uma janela, vejo umas frestas do que, parecia uma janela, que agora está coberta por tábuas fortes. Noah pensou bastante antes de me trazer aqui. Com certeza não será fácil fugir, mas tenho que manter a sanidade ou, ao menos, tentar! Olho atentamente o quarto. Tem um banheiro muito pequeno e simples, corro até lá, procurando alguma janela, mas a única que há: é minúscula! Não passa nem minha cabeça.

  Subo no vaso com cuidado, observando com dificuldade através da janela suja e pequena. Parece que estou em um lugar cercado de árvores.

  — Droga! 

  Como sairei daqui! Não há saída. Volto para cama, me encolho pensando em como Noah está louco, o que ele pretende com isso?

  Lembro das reportagens que vejo sempre, de homens que matam suas companheiras, por não aceitarem o fim de seus relacionamentos. Meu coração gela no peito, penso no meu bebê.

  — Vou fazer de tudo para manter a situação sob controle, meu bebê. Por você! — Converso acariciando minha barriga.

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  Na manhã seguinte, acordo e vejo que há um prato com comida ao meu lado. Como sempre os enjoos matinais vem. Mas hoje está mais forte que nunca, deve ser o estresse e tudo que passei. Olho ao meu redor, e vejo Noah sentando numa cadeira, me assusto. O enjoo aumenta… Corro para o banheiro vomitando o líquido amarelo e amargo, mas não tão amargo quanto saber que estou sob domínio de Noah, ainda mais depois de tudo que houve.

  Quando termino de lavar a boca, saio do banheiro, encaro Noah ao lado da porta, encostado no batente. Sinto uma repulsa em vê-lo tão perto. Passo por ele desviando o olhar.

SOB DOMÍNIO DO AMOR - LIVRO 1 DA SÉRIE DOMÍNIO (EM REVISÃO SENDO REPOSTADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora